Tech 01 Mai
Lançada no Brasil no final do último mês de julho, a Huawei Band 7 chegou sob a perspectiva de manter a boa reputação construída por suas antecessoras, além de ser uma adversária à altura frente à forte concorrência estabelecida por marcas como Xiaomi, Amazfit e Samsung.
Mas será que a nova versão da smartband tem o que é necessário para atender a todos esses requisitos enquanto preenche as expectativas do público? É isso que você descobre a seguir na nossa análise completa.
Para quem já possui uma Huawei Band 6, saiba: tirando alguns poucos detalhes – que podem pesar mais ou menos a depender do usuário – a Band 7 é bastante parecida com sua antecessora, munida do mesmo corpo leve construído em silicone, plástico e vidro, com resistência a água e bom acabamento.
Sendo pouca coisa maior, mais fina e 2 gramas mais leve, a nova versão é comercializada nas cores vermelho, verde, rosa e preto, mas pode ser encontrada mais facilmente no varejo nacional nas duas últimas variantes.
Apesar de manter o tamanho de tela, apostando mais uma vez em um display AMOLED de 1,47 polegadas, o visor parece ser um pouco mais largo se comparado a Band 6, mas nada muito significativo. As cores exibidas são vivas, com pretos realmente pretos, e a resolução de 194x368 pixels entrega uma ótima aparência para as informações exibidas, tornando impossível ver os pixels.
O nível de brilho continua o mesmo, sendo ajustável entre 5 intensidades diferentes. Infelizmente, ainda não há um sensor de luminosidade para regular o brilho automaticamente, mas quem sabe na próxima geração.
Pelo menos, como evolução em relação à geração anterior, a nova pulseira conta com o modo Always On Display, que permite manter a tela ligada, exibindo as horas, durante todo o tempo. No entanto, algumas melhorias nesse aspecto seriam muito bem-vindas.
Diferente da Mi Band 7 – só para citar uma concorrente direta, as telas do Always On não refletem o mostrador configurado para o momento. Na verdade, o usuário terá que decidir entre apenas 5 mostradores através dos menus da pulseira, mas se não gostar de nenhum, ficará a ver navios; ou a tela completamente preta da smartband.
Partindo para a construção, temos aqui quase que um repeteco da edição passada. O vidro da tela se encaixa de forma suave no corpo de plástico e a pulseira de silicone traz a ótima qualidade que já estamos acostumados a ver nos produtos da marca.
Mas há uma pequena diferença! Aqui, temos uma clara tentativa da Huawei de tentar melhorar o esquema de troca das pulseiras. Lamentavelmente, a tentativa não é das melhores e, apesar de ser mais fácil trocar a pulseira da Band 7 do que da Band 6, os pinos reservados à troca somam negativamente ao design do produto, dando um aspecto mal-acabado.
Além disso, como dito, a troca não é das mais simples. Apesar de ser mais intuitivo, o processo pode ser um pouco trabalhoso para quem não tem costume. Como crítica construtiva, seria ótimo ver a marca adotar por aqui o mesmo mecanismo que vimos no Huawei Fit 2.
De qualquer forma, as impressões sobre o visual da Band 7 são exatamente as mesmas dadas a Band 6. Seu design sóbrio e minimalista, alinhado à boa construção, garantem à pulseira a possibilidade de se encaixar em praticamente qualquer ambiente ou situação, dando a ela um score positivo neste tópico.
Mostrando fazer parte da nova geração de vestíveis da Huawei, a Band 7 abandona o sistema visto na última geração, o Lite OS, para dar lugar ao Harmony OS em sua versão 2.0 – assim como vemos em outros dispositivos mais parrudos da marca. No entanto, a mudança não traz nenhuma diferença significativa no visual, já que tudo aparenta estar igual.
A fluidez e os caminhos do sistema são exatamente os mesmos, e as mudanças nesse aspecto estão reservadas a leve mudança de alguns ícones e o acréscimo de algumas poucas – mas importantes – funcionalidades.
Quando conectada a um dispositivo Android, é possível configurar a pulseira para dar respostas rápidas às suas notificações. Fora isso, algumas opções reservadas às atividades físicas podem somar a experiência de quem busca a Band 7 como companheira para suas sessões de exercício.
Além dos 96 modos de treino, que vão de corrida ao ar livre e ciclismo a levantamento de peso e ioga, a pulseira conta com menu dedicado aos status dos seus treinos, com mostradores para níveis de VO2Max e carga de treinamento, e uma seção “Vida Saudável”, que mostra os índices diários para que o usuário tenha hábitos mais positivos.
Apesar das novidades, ainda não é essa a geração responsável por trazer um GPS embutido; então, se quiser monitorar a rota percorrida em uma corrida ou caminhada, ainda terá que levar o celular a tiracolo.
Aqui, temos a possibilidade de registro dos mesmos índices corporais vistos em outros vestíveis do tipo, sendo possível monitorar seus batimentos cardíacos, níveis de oxigenação do sangue, estresse e fases do sono; além de poder acompanhar o seu ciclo menstrual. No entanto, por vezes notamos uma certa dificuldade no registro de índices como SPO2 e estresse, mesmo com o braço totalmente imóvel e apoiado sobre uma superfície.
Dificuldades à parte, todas essas informações podem ser visualizadas através da tela da própria pulseira, porém, tudo pode ser melhor acompanhado através do Huawei Health, no celular.
Huawei Health
Disponível para Android e iOS, de forma geral, o Huawei Health funciona de forma bastante semelhante ao visto em outros aplicativos como os do Google, Samsung e Apple, e tenta reunir em apenas um lugar todos os dados coletados sobre a saúde do usuário, mantendo, inclusive, um histórico completo.
Com o vestível devidamente conectado via Bluetooth ao smartphone, o app apresenta a descrição integral dos passos dados, atividades físicas realizadas, batimentos cardíacos, índices de oxigenação e estresse, e registros de sono – incluindo cochilos. Além disso, permite realizar ajustes mais avançados no que envolve as medições, ajustes de alarmes e a escolha de mostradores para a pulseira.
Fora os 9 mostradores disponíveis por padrão através da própria Band 7, é possível escolher e sincronizar um novo mostrador a partir do Huawei Health. Além de poder escolher uma foto para exibir na tela, é possível optar entre uma centena de mostradores diferentes através da galeria do app. Porém, é válido destacar que a grande maioria é paga, com valores que vão de R$ 1,99 a R$ 20.
Apesar de prometer a mesma autonomia de bateria da geração passada, a realidade observada é bastante diferente.
Em nossos testes, com o modo Always On ligado durante todo o tempo, medições automáticas constantes de batimentos, níveis de oxigenação e estresse, fora eventuais sessões de atividades físicas, a bateria foi capaz de resistir por pouco mais de 3 dias inteiros.
Essa marca passa muito longe do valor prometido pela Huawei, que divulga 14 dias de autonomia para o uso típico e até 10 dias para uso intenso.
Aparentemente, tal discrepância pode ser graças a tela ligada durante todo o tempo, uma vez que em nossos testes, sem o recurso, a estimativa é que a autonomia pularia para algo próximo aos 10 dias prometidos pela marca.
No entanto, isso não pode ser utilizado como desculpa. Se o recurso está presente e é amplamente divulgado, a expectativa de quem compra é que poderá utilizar todo o potencial do vestível enquanto desfruta da autonomia prometida.
Pelo menos, utilizando o cabo do carregador que vem na caixa – que é igual ao da geração passada – a pulseira é capaz de ter sua bateria completamente preenchida em 1 hora. Ainda assim, ponto negativo para a Huawei.
Mas então, a Huawei Band 7 vale a pena ou não? Apesar de ser a sucessora direta de uma excelente smartband, dar esse adjetivo a nova geração pode ser algo não muito justo. Isso, pois apesar de manter alguns pontos fortes da geração passada, a pulseira acaba deixando a desejar em aspectos importantes.
Aqui, temos a mesma boa tela e a mesma ótima qualidade de construção, com o acréscimo bem-vindo de recursos como o Always On Display, novos menus de acompanhamento dos índices de saúde do usuário e a chegada do HarmonyOS – que apesar de não trazer grandes mudanças agora, pode ser um aliado poderoso no futuro, trazendo funcionalidades para a pulseira.
Mas como dito, nem tudo é festa. A tentativa da Huawei de alterar o mecanismo de troca das pulseiras, além de não ser exatamente boa, tira a possibilidade de retro compatibilidade com os acessórios da geração passada.
Fora isso, para quem escolher usar todos os recursos do vestível – algo que é mais do que justo, terá que conviver com uma autonomia que passa longe do aceitável para esse tipo de dispositivo. Claro que uma atualização do sistema pode corrigir isso no futuro, mas não temos como adivinhar.
Com todos os pontos na mesa, para quem faz questão de um dispositivo da marca, talvez seja melhor economizar pouco mais de R$ 100 e comprar a Band 6 – que soltamos a análise no ano passado. Afinal, com exceção do AOD, as diferenças são mínimas.
Para quem quer evitar apostas e faz questão da tela sempre ligada, talvez seja melhor investir mais um pouco e comprar um Huawei Watch Fit 2 ou manter a mesma faixa de preço e ir para modelos de outras marcas, como a Xiaomi Mi Band 7.
Pontos positivos e negativos
Mas e você, o que achou da nova smartband da Huawei? Conta para a gente aqui nos comentários! Como de costume, os melhores preços para a Band 7 você confere nos cartões abaixo! Um abraço e até a próxima!
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