Dados do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) apontam para um aumento nos testes positivos para Covid-19 no Brasil nas últimas semanas. A elevação dos registros pode ter relação com a contaminação pela nova subvariante da ômicron, a BQ.1.

Segundo informações divulgadas pela BBC News Brasil, os exames positivos constatados em laboratórios particulares no país passaram de 3% para 17% em menos de um mês, uma elevação de 566%, o que acendeu um alerta para uma nova onda.

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) informou que de 14.970 testes feitos de 17 a 23 de outubro, 2.320 (15,5%) apresentaram resultado positivo para a Covid-19. Na semana anterior, a taxa havia sido de 9,36%.

São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso se destacam com os maiores aumentos do país. Informações do Jornal Folha de São Paulo indicam, ainda, que internações em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) por Covid-19 também aumentaram.

Entre os dias 17 e 31 de outubro, as hospitalizações do estado aumentaram 46%, na região metropolitana de São Paulo cresceram 73,7% no mesmo período, a taxa é 40% maior do que a registrada há duas semanas na mesma região.

Os especialistas apontam que, além da retirada de alguns protocolos de segurança, como o uso de máscaras, o período de eleições e a volta ao trabalho e eventos presenciais podem estar colaborando para a disseminação.

O alerta aumenta com a chegada do fim do ano, que pode contribuir ainda mais para uma disparada dos casos, o que pode levar a um aumento das hospitalizações e mortes, mesmo estando em uma “situação de possível controle” da pandemia.

Por fim, vale citar que, apesar de quase 80% da população brasileira ter recebido duas doses da vacina contra a covid-19, conforme dados do Ministério da Saúde, menos de 50% foram imunizados com uma ou duas doses de reforço, fundamental para o processo de imunização.