Economia e mercado 24 Nov
A Airbus apresentou na última semana um novo motor de célula de combustível movido a hidrogênio. A iniciativa faz parte do plano da fabricante de aviões para produzir aeronaves com emissão de carbono zero, previstos para 2035.
O sistema de propulsão consegue gerar eletricidade através de reação eletroquímica, em vez de combustão, e começará a ser testado em solo e voo na aeronave de testes A380 MSN1 da Airbus, que está sendo modificada para receber o motor.
De acordo com a Airbus, o hidrogênio pode ser usado de duas formas para produzir energia para a propulsão de aeronaves, sendo através da combustão do elemento em uma turbina a gás ou com células de combustível para converter o hidrogênio em eletricidade.
Uma estrutura híbrida-elétrica pode combinar uma turbina a gás de hidrogênio acoplada a células de combustível. Além de não emitir dióxido de carbono, a nova tecnologia tem como produtos apenas o calor e a água.
As células de combustível de hidrogênio ainda permitem a escalabilidade de poderem ser empilhadas juntas, para alavancar a potência. As pilhas são combinadas em diversos canais para atingir os níveis de megawatts requeridos por um avião.
Os motores de célula de combustível podem ser capazes de alimentar uma aeronave de cem passageiros com um alcance de aproximadamente 1,85 mil quilômetros, afirmou a Airbus. A estimativa é que a aeronave ZEROe seja lançada entre 2027 e 2028.
Vale citar que há poucos dias a Rolls-Royce testou um motor de avião movido a hidrogênio e obteve resultados promissores. A ideia também chegou aos carros e a Hyundai já apresentou um carro-conceito que usa o mesmo princípio de tecnologia.
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