Tech 22 Dez
O James Webb é um dos maiores avanços da ciência astronômica em anos, e para reiterar esse título, o telescópio captura várias imagens de corpos distantes com níveis impressionantes de detalhes. Na quinta-feira (05), a Universidade do Texas divulgou uma nova fotografia registrada pelos sensores infravermelhos do observatório da NASA.
A imagem abaixo exibe uma galáxia primitiva — catalogada como “EGS 23205” — capturada pelo telescópio Hubble (à esquerda) e James Webb (à direita). A evolução na qualidade da imagem é significativa, uma vez que os astrônomos conseguiram pela primeira vez observar mais detalhes de seu aglomerado de estrelas. Confira:
A fotografia produzida com tecnologia infravermelha mostra como a galáxia era há 11 bilhões de anos. Para haver noção cronológica, lembre-se que os cientistas estimam que o Universo tem cerca de 13,7 bilhões de anos. Apesar dessa idade avançada, teoriza-se que a galáxia mais antiga seja GLASS-z12, que teria existido cerca de 350 milhões de anos após o Big Bang.
Segundo os especialistas, a imagem mais nítida capturada pelo telescópio James Webb permite extrair mais informações sobre a EGS 23205, que parecia ter uma formação similar à Via Láctea devido às suas grandes barreiras estelares que levam gás em direção ao núcleo, estimulando a formação de estrelas e alimentando seu buraco negro central.
“As barreiras dificilmente visíveis nos dados do Hubble acabaram de aparecer na imagem do James Webb, mostrando o tremendo poder do telescópio para ver a estrutura subjacente nas galáxias”, comenta Shardha Jogee, astrônoma da universidade e coautora da pesquisa que analisou a formação da galáxia primitiva.
O James Webb deve seguir sua incrível jornada de descobertas em 2023. O telescópio é considerado uma “nova era da astronomia” por revelar dados que o Hubble, lançado há mais de três décadas e ainda em atividade, não conseguia fornecer.
Comentários