O número de casos do fungo Candida auris está crescendo nos Estados Unidos. A informação vem do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que publicou um relatório sobre o cenário envolvendo o fungo que é conhecido por ter uma alta taxa de letalidade. Ele leva o paciente a óbito de 30% a 60% dos casos.

Para se ter uma ideia, foram 756 diagnósticos feitos da infecção por esse fungo no ano de 2020. Já no ano seguinte, esse número quase dobrou e atingiu 1.471 registros. Vale lembrar que esse fungo é resistente a maioria dos medicamentos e o CDC o considera como uma "séria ameaça à saúde global".

De acordo com o CDC, há três motivos para que esse fungo seja tido como uma ameaça tão séria. O primeiro deles é o fato de que esse fungo é multirresistente, já que consegue persistir mesmo com o uso de boa parte dos antifúngicos disponíveis no mercado atual.

O segundo motivo é que não é fácil identificar um paciente doente por essa infecção, sendo algo que requer a operação de laboratórios especializados. Por fim, o terceiro fator é que quando ocorre um diagnóstico, geralmente ele vem acompanhado de um surto em ambientes hospitalares.

Mesmo assim, é preciso ressaltar que as pessoas que contraem o fungo já são pacientes que possuem o sistema imunológico debilitado. Ou seja, pessoas como hospitalizados, portadores de dispositivos médicos como cateteres e idosos correm mais risco. Já pessoas saudáveis podem ter uma taxa de letalidade diferente.

O fungo já identificado em vários países do mundo, inclusive no Brasil. O surto mais recente aconteceu no período entre dezembro de 2021 e março de 2022. Foram nove pacientes identificados e quatro acabaram falecendo, infelizmente.

Mais sobre fungos: veja o uso da ameaça em que The Last of Us se baseia como condutor em PC e além disso, o primeiro caso de meningoencefalite causado por um tipo diferente de fungo identificado no Brasil.