A Nebulosa do Anel é uma das formações estelares mais famosas e hoje uma nova foto dela capturada pelo Telescópio Espacial James Webb revelou detalhes inéditos da sua estrutura. A foto foi capturada por uma equipe internacional de astrônomos do Reino Unido, França, Canadá, EUA, Suécia, Espanha, Brasil, Irlanda e Bélgica.

A Nebulosa do Anel conhecida entre os astrônomos como Messier 57 é composta por diversas estrelas que já estão no fim das suas vidas, liberando grande parte da sua massa na formação e gerando a estrutura brilhante que se tornou a favorita de astrônomos no mundo todo.

Jan Cami, membro do núcleo do JWST Ring Nebula Imaging Project, diz que os detalhes revelados hoje podem ajudar a entender mais sobre a morte dessas estrelas e a lógica por trás da sua vida no universo:

Cientificamente, estou muito interessado em aprender como uma estrela transforma seu envelope gasoso nessa mistura de moléculas simples e complexas e grãos de poeira, e essas novas observações nos ajudarão a descobrir isso.

Mike Barlow, professor emérito de física e astronomia da University College London e cientista co-líder do JWST Ring Nebula Imaging Project, afirma que observar a Nebulosa do Anel pode ajudar a entender como ela nasceu.

Estamos testemunhando os capítulos finais da vida de uma estrela, uma prévia do futuro distante do Sol, por assim dizer, e as observações do JWST abriram uma nova janela para entender esses eventos cósmicos inspiradores. Podemos usar a Nebulosa do Anel como nosso laboratório para estudar como as nebulosas planetárias se formam e evoluem.

O que torna estas nebulosas tão interessantes é a sua diversidade de formas, pois elas podem ser delicados anéis brilhantes ou nuvens gigantes criadas a partir de processos físicos que ainda não são bem compreendidos pelos cientistas.

Els Peeters é uma das astrônomas que analisou a espectroscopia da formação. Segundo ela, certas moléculas presentes na nebulosa desafiam certas leis da ciência:

Além do tesouro morfológico, também há muita informação sobre a composição química do gás e da poeira nessas observações. Até encontramos grandes moléculas carbonáceas nesse objeto, e ainda não temos ideia clara de como elas chegaram lá.

A imagem completa da Nebulosa do Anel capturada pelos astrônomos usando o James Webb pode ser acessada pelo link abaixo:

• Site oficial do JWST Ring Nebula Imaging Project — acessar

E vale lembrar que esta não é a primeira grande observação feita pelo James Webb, que iniciou suas operações há mais de um ano, revelando cliques incríveis de Saturno, buracos negros supermassivos, 25 mil galáxias e fotos incríveis que se tornaram papéis de parede fantásticos para celular.