Economia e mercado 07 Jul
Cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos Estados Unidos, divulgaram um novo marco em busca de fontes limpas e renováveis de energia. Conforme anunciado no domingo (06), os especialistas conseguiram um bom rendimento de energia gerada por fusão nuclear, superando o recorde anterior registrado em dezembro de 2022.
A fusão nuclear requer a aplicação de energia para fundir dois átomos que, no processo, liberam sua própria energia. Para obter um rendimento, é necessário que a fusão dos átomos libere mais energia que a quantidade consumida no processo.
O laboratório norte-americano havia obtido ganho de energia em um experimento de fusão no final do último ano. Os cientistas focaram a energia de um laser em um alvo de combustível para fundir dois átomos em um mais denso, liberando 3,15 megajoules de energia; o laser, em si, havia consumido 2,05 megajoules.
Segundo os especialistas, isso é um “grande avanço científico que abrirá o caminho para avanços na defesa nacional e no futuro da energia limpa”. Na busca de soluções mais limpas e sustentáveis para suprir a demanda energética da população, essa poderia ser uma das fontes mais eficientes e com menor impacto no meio ambiente.
Um porta-voz do Departamento de Energia do Lawrence Livermore afirma que os resultados ainda estão sendo analisados, mas realizarão uma conferência para divulgar os dados do último experiência em breve.
A fusão nuclear é um processo que ocorre quando dois núcleos atômicos se combinam para formar um núcleo mais pesado. Isso libera uma grande quantidade de energia, na forma de luz e calor. Esse é o mesmo fenômeno que ocorre nas estrelas, incluindo o nosso Sol.
A temperatura e pressão extrema no núcleo do Sol — sua parte mais quente — permitem que os átomos de hidrogênio se combinem para formar hélio. Essa reação libera uma grande quantidade de energia que mantém nossa estrela hospedeira brilhando e possibilita a vida na Terra, além de servir como uma das principais matrizes energéticas do mundo.
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