A sonda Parker Solar Probe da NASA tem conquistado feitos notáveis nos últimos dois anos, tornando-se uma pioneira na exploração do Sol ao penetrar na coroa do astro em 2021.

Agora, a sonda alcançou outro marco ao atravessar uma ejeção de massa coronal (EMC), um evento de extrema magnitude desencadeado pela acumulação excessiva de energia no interior do Sol, resultando na liberação explosiva de matéria e radiação.

As EMCs estão, por exemplo, por trás das tempestades geomagnéticas na Terra e, embora sejam semelhantes às erupções solares, são aspectos diferentes.

O feito da Parker é notável, pois a sonda permaneceu dentro da ejeção por cerca de 48 horas, aproximando-se a uma distância de cerca de 9,3 milhões de quilômetros da superfície solar. Essa proximidade é ainda mais surpreendente quando se considera que a sonda está mais próxima do Sol que o próprio planeta Mercúrio, que fica a 37 milhões de quilômetros dali.

Recentemente, um novo artigo científico revelou imagens incríveis a bordo da sonda durante sua ousada incursão na EMC. Essas imagens foram compartilhadas com o público por meio do YouTube:

Trata-se e uma observação sem precedentes de um evento solar assim de forma tão próxima. Cientista do projeto Parker Solar Probe no Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins, Nour Raouafi destacou a complexidade e a relevância dessa observação.

Essa missão ilustra a notável engenharia por trás da sonda, que demonstrou sua robustez ao enfrentar condições solares extremas e emergir em pleno funcionamento.

Além disso, promete avanços significativos na compreensão do Sol e seu impacto no espaço interplanetário, contribuindo para nossa capacidade de prever e mitigar os efeitos das tempestades solares na Terra.