Durante a última edição da Brasil Game Show, a Intel se reuniu com grandes parceiros da indústria de tecnologia para trazer aos jornalistas o primeiro Gaming Garage, um espaço com prévias das principais novidades que seriam apresentadas ao longo da BGS, onde pudemos ver um pouco destes anúncios sem a euforia do evento principal.

O TudoCelular teve a chance de visitar o local e conversar com Yuri Daglian, engenheiro de aplicações da Intel, onde discutimos um pouco sobre a chegada dos novos processadores da marca, assim como a expansão das GPUs ARC.

Acho importante pontuar que por 15 ou 20 anos, ou até mais, não havia um terceiro player nesse mercado de GPUs.

Então, a Intel entrando, na verdade, no final do ano passado, com as suas GPUs, isso é uma grande notícia pro consumidor.

O consumidor vai ter mais opções, tanto de variedade quanto de preço, pra poder adquirir GPUs. Isso ajuda muito a democratizar a tecnologia pro consumidor final.



Mesmo que a Intel ainda seja um player relativamente novo nesse mercado, ela trouxe uma série de tecnologias de ponta.
Então, por exemplo, as nossas GPUs Intel ARC, elas trazem suporte a Ray Tracing de última geração, uma performance muito grande, além de suporte via hardware pra AV1, que é um codec muito comum, assim como uma tecnologia de upscaling via inteligência artificial, o XeSS.

Então, mesmo sendo um player novo, a Intel conseguiu entrar no mercado com muita propriedade, trazendo tecnologias muito inovadoras e produtos competitivos em relação ao seu custo, o que acaba ajudando muito o gamer, principalmente o gamer brasileiro que busca custo-benefício.

A Intel tem trabalhando em parcerias com as desenvolvedoras pra trazer jogos otimizados pro XeSS. Nós já temos atualmente mais de 50 jogos otimizados com o uso do Intel XSS,

A proposta do XeSS e ressalta a filosofia da Intel, permitindo que ele funcione em GPUs de todos os fabricantes, não somente da Intel.

É claro que a Intel gosta de desenvolver, de trazer a inovação pro mercado, mas ela também abre essa tecnologia pra outros fabricantes, não sendo algo restritivo.

É importante a gente destacar que a Intel desenvolve gráficos integrados nos seus processadores há décadas. Ela tem uma extensa expertise nesse tipo de tecnologia embarcada nos seus processadores.

Mas aí, voltando mais pra sua pergunta, pensando nessa questão do gaming portátil, a gente precisa de uma capacidade gráfica mais elevada.

Isso a gente vai ter em Meteor Lake. Quando ele for lançado em 14 de dezembro, que foi a data que a gente anunciou no evento Intel Innovation, teremos um gráfico integrado da linha ARC também, então, a gente espera uma performance muito grande sem precisar de uma GPU dedicada.

Isso vai permitir com que uma série de projetos e produtos de consoles portáteis sejam habilitados com o produto da Intel.

É interessante notar que Meteor Lake é, na verdade, o Core Ultra.

Esse talvez seja o produto mais inovador que a Intel lançou nos últimos anos, nas últimas décadas talvez.

A Meteor Lake traz uma série de inovações que a gente poderia ficar aqui muito tempo falando, mas de forma resumida, uma delas eu já mencionei, que é o gráfico integrado ARC.

Então, a gente vai ter um salto muito grande de performance no gráfico em Meteor Lake versus o que nós temos atualmente.



Além disso, eu gostaria de destacar mais dois para tentar resumir um pouco mais.

Um deles é a questão da litografia, a litografia é a tecnologia de fabricação dos transistores do processador. Então quanto mais avançada essa litografia, mais performance eu consigo ter no processador, consumindo menos energia.

O que é legal de Meteor Lake é que ele vai ser fabricado com a tecnologia Intel 4, que é um avanço nessa litografia que a Intel desenvolve, permitindo que ele tenha um consumo de bateria muito melhor do que o que nós temos atualmente. Ou seja, ele vai ser um processador muito mais eficiente energeticamente, mas muito mais econômico.

O terceiro fator de destaque de Meteor Lake é a NPU. A NPU, a Narrow Processing Unit, ou unidade de processamento neural, é uma unidade do processador voltada exclusivamente para a inteligência artificial.

O Meteor Lake vai democratizar o uso da inteligência artificial em milhões de computadores globalmente.

Já a questão do resfriamento ou arrefecimento de um processador é bastante complexa porque ela passa por uma série de fatores.

Um dos principais fatores é a dissipação térmica devido ao consumo energético. Se a gente for voltar nas aulas atuais do Efeito Joule, quando a gente passa uma corrente elétrica no produto, ele esquenta. Então isso significa que se o produto é mais eficiente energeticamente, ele tende a esquentar menos.

Então se a gente for pensar no que eu mencionei antes da questão da litografia do Meteor Lake ser mais avançada e dele ser mais eficiente energeticamente, a gente pode entender que ele vai ser um produto que não vai ter uma maior dificuldade de arrefecimento. Ele vai ser um produto bastante sólido nessa questão de arrefecimento.

Eu gostaria de mencionar que a Intel está num ritmo muito acelerado de inovação em uma série de frentes.

Eu mencionei alguma questão de processadores, mencionei GPUs. Um exemplo que nós lançamos ontem, uma versão da GPU ARC A580, que é uma placa intermediária voltada mais para um custo-benefício mais agressivo.

Então a Intel está com esse ritmo muito acelerado de inovação e a gente pretende continuar trazendo inteligência artificial, gráficos de qualidade, mais eficiência energética para o público daqui para frente. Então obrigado pelo espaço e obrigado pela oportunidade.

E aí, o que achou das novidades?