Um novo vírus foi descoberto no Peru pelas autoridades sanitárias do país. Atualmente, os possíveis vetores e reservatórios estão em investigação e tiveram início após um jovem de 20 anos ter apresentado sintomas de doenças tropicais, como é o caso de malária e dengue. O caso foi descrito em um artigo publicado em setembro no periódico Emerging Infectious Diseases.

O paciente em questão reclamou de mal-estar, calafrios, febre, dores musculares sistêmicas, sonolência, magreza, rigidez nas articulações, sensibilidade intensa à luz, dor nos olhos e dor de cabeça generalizada. Sua temperatura corporal media 39º e ele trabalhava em uma construção civil e foi internado em 2019.

Esse vírus, a princípio, era desconhecido, mas alguns testes laboratoriais de amostras de sangue foram executados. A partir disso, foi possível identificar que o paciente contraiu uma nova variante do vírus Echarate. No entanto, o phlebovírus do qual ele adquiriu genes em recombinação genética ainda não foi identificado.

O gênero Phlebbovirus, por sua vez, possui 66 espécies diferentes, de acordo com o Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV). Eles estão distribuídos ao redor do mundo e podem ser transmitidos por flebotomíneos, que para quem não sabe, são insetos como o mosquito-palha. Porém, outros carrapatos e mosquitos podem transmitir também.

No caso, os pesquisadores destacam que é preciso ter uma “biovigilância contínua” da doença febril aguda para detectar patógenos emergentes. Essa recomendação se faz necessária devido aos sintomas da infecção serem o mesmo de outras condições tropicais comuns na região, as já mencionadas dengue e malária.

De acordo com os cientistas que estudam o caso, a nova variante está circulando na selva do centro do Peru. Por fim, confira a nova variante da covid-19 que foi detectada em vários países e como o Ministério da Saúde tem lidado com situações assim no Brasil.