Tech 27 Dez
O módulo Odysseus, desenvolvido pela Intuitive Machines, com sede em Houston, Texas, alcançou um marco significativo ao se tornar o primeiro veículo privado a realizar um pouso suave na Lua após uma jornada de quase oito dias. Este feito histórico, até então alcançado apenas por agências espaciais de cinco países (incluindo Rússia, Estados Unidos, China, Índia e Japão) marca não apenas o primeiro pouso americano desde a missão Apollo 17 em 1972, mas também a mais próxima do polo sul lunar.
O local de pouso, a cratera Malapert A, a apenas 300 km do polo sul, é estrategicamente importante devido à detecção de água no interior de crateras nessa região, onde a luz solar nunca alcança.
Isso tem despertado grande interesse na exploração lunar, especialmente com a proximidade de potenciais sítios de pouso da missão tripulada Artemis 3, planejada pela NASA para esta década, e os planos chineses de estabelecer uma base no polo sul até o final da década.
O sucesso da missão Odysseus valida a estratégia da NASA de contratar empresas privadas para o transporte de carga lunar, como parte de seu programa de exploração lunar.
O módulo, parte da classe Nova-C, transportou seis instrumentos da agência, visando estudar fontes astronômicas, o ambiente de plasma lunar e realizar medições de distância e velocidade, entre outras funções. Além disso, a missão também incluiu cargas despachadas por entidades privadas, como coberturas térmicas e uma câmera para fotografar o pouso em perspectiva.
Iniciada com o lançamento do foguete Falcon 9 da SpaceX, a missão Odysseus utilizou uma inovação em seu projeto, um motor movido a metano e oxigênio criogênicos, para alcançar rapidamente a Lua. Essa abordagem, embora ofereça maior potência, também apresenta desafios, como o risco de "boil-off", onde os propelentes evaporam gradualmente dos tanques.
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