Tech 07 Jul
Os cigarros eletrônicos possuem uma substância parecida com anfetamina em sua composição. Essa descoberta foi feita por Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ao encontrarem a chamada octodrina, que acabou sendo detectada em 10 amostras de três marcas diferentes do objeto.
Para ficar mais claro, essa substância encontrada nos itens é capaz de aumentar o potencial do vício do vape. Além disso, as embalagens dos produtos não mencionam a presença da substância, o que significa que os usuários consomem o cigarro sem saber que ele leva octodrina em sua composição.
Essa substância, em geral, faz parte da mesma família da anfetamina e possui seus mesmos efeitos. Camila Marchioni, pesquisadora da UFSC, explicou à Agência Brasil sobre o assunto:
Existe uma grande diversidade de substâncias no grupo das anfetaminas. O fato é que todas agem de forma semelhante no sistema nervoso central: deixando o indivíduo mais agitado, mais animado, mais excitado. Por outro lado, também pode causar dano no coração.
Outro detalhe importante é que não se sabe a quantidade exata da substância nos produtos. Entretanto, não dá para dizer que é pouco devido à detecção nos testes feitos com as amostras. Inclusive, existe a possibilidade de que outras substâncias tóxicas estejam presentes nos vapes.
Em outras palavras, o uso desse tipo de produto se torna ainda mais arriscado para os seus usuários. Algumas das substâncias mais comuns nesses cigarros eletrônicos são acetona, propilenoglicol, acetaldeído, nicotina, formaldeído, acroleína e glicerol. Esse item tem venda proibida no Brasil, mas levantamentos apontam que 2 milhões de pessoas fazem uso do produto.
Vale destacar que essa não é a primeira vez que o cigarro eletrônico é mencionado com aspectos negativos. Um estudo publicado em 2023 mostrou que o modelo com sabor de menta causa mais danos aos pulmões, enquanto outro de 2022 sugeriu que os usuários de vape podem desenvolver câncer mais cedo em comparação com fumantes comuns.
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