Tech 31 Ago
A era dos plásticos “duros” está chegando ao fim no interior dos carros. Pelo menos, é o que deve acontecer nos modelos produzidos pela Volkswagen, segundo afirmações dos chefes de design da marca, Andy Mindt e Christian Schreiber, durante uma entrevista concedida à revista britânica Top Gear.
Segundo eles, a ideia da montadora é simplificar o processo de produzir e aderir a soluções mais sustentáveis. Dessa forma, os carros podem cabines mais práticas e sem firulas, usando tecido para obter esse resultado, além de diferenciar seus produtos. Um exemplo citou o painel da porta.
No caso, essa parte é atualmente feita em três peças de plásticos. Ao fazer a troca, o componente seria produzido com apenas uma peça de tecido. Nesse sentido, o conceito ID.2all parece ser um dos modelos que implementará essa tendência. É o que podemos notar com as fotos divulgadas recentemente.
O carro tem vários elementos como painel, portas e console, todos cobertos por tecido. Dessa maneira, a empresa pode tornar o interior dos seus compactos mais aconchegante. A Volvo é outra marca que parece interessada em aderir a soluções mais sustentáveis, como podemos notar pelo novo EX30.
Esse exemplar de automóvel se destaca por ter origem em garrafas PET, tecidos e jeans reutilizados. Como resultado, o modelo não passa a impressão de simplicidade, o que pode ser interessante para quem quer um carro que não pareça barato demais. A Volskwagen, por sua vez, tem planos de melhorar a sua imagem após o escândalo Dieselgate.
O que é o Dieselgate?
De forma resumida, o escândalo veio à tona em 2015 e trata de falsificações de resultados de emissões de poluentes em motores a diesel. A montadora admitiu o uso de um programa de computador em 11 milhões de carros em todo o mundo para burlar as inspeções. O ex-CEO da empresa, Martin Winterkorn, teve seu julgamento iniciado no começo deste mês.
Carros “fofos”?
Outra novidade envolvendo a Volkswagen é que ela quer um design menos agressivo em seus carros. Na mesma entrevista para a Top Gear, Andy Mindt afirmou não ver problema em um visual mais amigável nos veículos:
Acredito que a maioria das pessoas não quer ser a mais descolada ou parecer agressiva em público. Elas querem ter um terno e uma boa aparência externa e, ao mesmo tempo, serem felizes e otimistas. Qual é a necessidade de ser agressivo? Nossa essência é esta: ser os caras legais.
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