O evento Google for Brasil foi realizado recentemente e contou com a apresentação de um modelo avançado de Inteligência Artificial de código aberto aprimorado para o português do Brasil. Batizado como GAIA, ele chega como resultado da colaboração inédita entre:

• Associação Brasileira de Inteligência Artificial (ABRIA);
• Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (CEIA-UFC);
• Amadeus AI;
• Nama.

Não apenas isso, como os professores Celso Camilo e Sávio Teles ficaram com a coordenação da iniciativa pela parte da ABRIA e universidade. A princípio, o projeto é desenvolvido a partir do Gemma 3, um modelo de IA generativa de código aberto do Google e que usa a mesma tecnologia do Gemini.

Celso Camilo, professor do CEIA-UFG, comentou sobre a novidade:

O desenvolvimento de um modelo melhor adaptado para o português do Brasil atende à necessidade de soluções de IA que sejam aprimoradas com nuances linguísticas do Brasil. Espera-se que o GAIA beneficie indústrias e o desenvolvimento de tecnologia no país, permitindo que organizações brasileiras apliquem IA de acordo com suas necessidades específicas.

Em geral, o GAIA é tido como um modelo de enorme potencial, focado em levar inovação em diferentes aplicações do dia a dia. Por exemplo, ele pode usado em áreas como IA conversacional, tradução e geração de textos, influenciando setores como educação, saúde e serviços públicos.

Luciano Martins, líder técnico do time de relacionamento com desenvolvedores da DeepMind, comentou sobre o assunto:

Ao lado de pesquisadores e dos nossos parceiros brasileiros, queremos ajudar a democratizar o acesso à IA de alta qualidade e capacitar desenvolvedores e organizações em mercados-chave como o Brasil para criar a próxima geração de aplicações de IA.

Testes e parceiros estratégicos

Vale destacar que o GAIA passará por uma fase de testes com Tribunal de Contas (TCE) de Goiás para detectar similaridade de processos e outros parceiros estratégicos como:

• Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) para ajudar na extração de informações e fiscalização de editais;
• Unimed Fesp para validar diagnósticos de discopatia nos prontuários;
• BeNest para desenvolver chatbots conversacionais;
• BHub para aplicações de apoio ao cliente;
• Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR) na área de educação.

O modelo está disponível gratuitamente na plataforma Hugging Face.

Confira também: a pesquisa que falou sobre a frequência do uso de IA pelos brasileiros e o memorando assinado por Brasil e Chile com foco em criar modelo latino-americano.