Nos dias de hoje é muito comum que pessoas utilizem seus smartphones para lembra-los de eventos, fazer buscas na internet, encontrar rotas para lugares que não conhecem, registrar visitas a museus e pontos turísticos, dentre muitos outros.

Ao mesmo tempo que tudo isso acaba facilitando nossa vida, pois libera o estresse do nosso cérebro de ter que lidar com todas essas informações, aos poucos esses hábitos estão afetando o uso de nossa memória cognitiva.

Evan Risko e Dr. Sam Gilbert, Professores da Universidade de Waterloo e Universidade College London, revelam vários estudos para descobrir como a tecnologia afetava nossa memória, e chegaram a conclusões interessantes.

Calendários virtuais, por exemplo, ajudam nossa mente programando nossas vidas diárias, “liberando espaço” no nosso cérebro, fazendo com que ele se foque apenas nas coisas necessários em vez das insignificantes; e o mesmo acontece com listas de compras, pois esses não são os exemplos mais efetivos do uso de recursos cognitivos — ‘ser lembrado de coisas’ faz com que a mente se concentre em diversas outras mais essenciais.

Por outro lado, pessoas que tendem a utilizar mais satélites de navegação ou GPS tem lembrado cada vez menos de seu percurso, e sentido mais dificuldade de completa-lo sem algum tipo de auxílio.

Outro estudo também comentou que indivíduos que visitam museus ou exposições e fotografam toda a experiência, tendem a lembrar de menos detalhes do que aqueles que não o fizeram.

Essas descobertas fizeram com que Dr. Gilbert publicasse um artigo no jornal Trends in Cognitive Sciences pedindo para que pesquisadores realizem mais estudos nessa área, para que possamos ter uma noção das consequências à longo prazo do uso de gadgets em nossas vidas.

Pelo visto, os portáteis não estão atrapalhando apenas nas relações sexuais, e namoros, mas pelo menos já sabemos que ele s poderiam ser utilizados para ajudar a diagnosticar depressão e Alzheimer.