04 Fevereiro 2015
Com a evolução dos smartphones, vimos processadores irem de simples single-core para configurações altas como o octa-core, e houveram mesmo vários dispositivos Android que empurraram os limites da RAM até 3GB. Outras áreas de inovação incluíram tamanhos de tela e resoluções cada vez mais altas, e até novos sensores vão sendo incluídos na lista. Porém, uma área em que a inovação parece ter morrido é na duração das baterias.
Já falamos mais de uma vez sobre as novas tecnologias e materiais que esperamos que nos dê a capacidade de saltar à frente quando se trata de vida útil da bateria, como o grafeno, ou mesmo um eletrodo de íon de lítio que, aparentemente, vai permitir que as baterias de íon-lítio convencionais tenham um ganho de 10 vezes em sua autonomia. E aqui está mais um método potencial, onde um novo material que você provavelmente não teria pensado duas vezes: o cânhamo.
O cânhamo industrial, primo não-psicoativo da maconha, é geralmente utilizado para a criação de cera, papel e corda, mas ontem no encontro nacional da American Chemical Soceity uma equipe liderada por David Mitlin, professor de engenharia na Universidade Clarkson, esquentou fibras de cânhamo em um processo em duas fases que permite, essencialmente, a criação de supercapacitores, que são capazes de armazenar tanta energia como grafeno, ou mesmo talvez um pouco mais. Ainda mais importante, o processo é significativamente mais barato do que a utilização de grafeno.
Ainda pode parecer cedo para as ‘supercaps ', mas Mitlin e outros acreditam que a novidade tem um lugar na tecnologia de bateria da próxima geração. Na verdade, o professor por trás do projeto comenta que já foi iniciada uma empresa chamada de Alta Supercaps na esperança de comercializar o esforço e expandi-lo para novas áreas. Embora ainda remoto, os nossos próximos dispositivos móveis poderão ser alimentados com o cânhamo.
Comentários