Vivo 30 Ago
A nova rede 5G no Brasil já é uma realidade, apesar de ainda estar baseada na tecnologia DSS, estabelecida na infraestrutura do 4G, com cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre já contando com a novidade em algumas localidades. Ainda assim, discussões a respeito da "verdadeira" conexão 5G, que deverá usar frequências significativamente mais altas, seguem a todo vapor, com operadoras e fabricantes buscando por soluções aos obstáculos atuais.
Nesta semana, a Anatel se reuniu com alguns dos principais nomes do mercado de tecnologia e telecomunicações para propor tecnologias visando a otimização das bandas utilizadas no 5G brasileiro. A primeira delas prevê o uso da chamada White Space, faixa de frequência sem uso que abrange os espectros VHF e UHF. De acordo com a agência, os aspectos técnicos ainda devem ser definidos mediante contribuições das operadoras e companhias.
Outro ponto tratado pela Anatel abrange o Sistema de Transporte Inteligente, ou ITS, que permitirá o uso da rede 5G na comunicação entre veículos. A tecnologia será adicionada ao leilão de frequências marcado para o ano que vem, com faixas dedicadas ao sistema e até mesmo a radares implementados em automóveis e outros meios de transporte.
O encontro contou ainda com comentários de gigantes como TIM, Ericsson, Cisco e Qualcomm, que citaram alguns dos pontos cruciais a serem considerados na implementação da conexão no país. Marco di Constanzo, diretor de engenharia da TIM, destacou a importância do uso da banda de 3,5GHz, presente globalmente, além da implantação de mais de um espectro.
Já Paulo Bernardocki, diretor de soluções e tecnologia da Ericsson, comentou do crescimento do 5G no Brasil, puxado pela implementação do 5G mmWave. Segundo ele, “com a chegada do 5G ano que vem, teremos uma quantidade de espectro boa na faixa de 3,5 GHz, em ondas milimétricas, esse espectro vai ser capaz de escoar todo o tráfego de 5G daqui a dois anos”. O executivo também destacou a participação da empresa na liberação da faixa de 6GHz à nova rede.
Por fim, Giuseppe Marrara, diretor de relações governamentais da Cisco, citou o uso da faixa de 1.200MHz para o Wi-Fi 6E e para o 5G juntos, uma das preocupações da Anatel, citando o crescimento massivo da rede sem fio durante a pandemia. Para ele, a utilização conjunta deve potencializar o uso da faixa, posicionamento apoiado por Milene Pereira, gerente de relações governamentais da Qualcomm.
Comentários