10 Dezembro 2015
Vários rumores tem aparecido sobre uma possível fusão entre a TIM e a Oi. Recentemente, o presidente da Telecom Italia, Marco Patuano, falou muito sobre mudanças necessárias ao marco regulatório da telefonia fixa no país para que qualquer coisa aconteça.
"Qualquer oportunidade com telefonia fixa implica investimentos grandes, precisa de marco regulatório atualizado. É certo que o marco regulatório vai mudar. Acredito que será em 2016, pois é importante (essa mudança) para favorecer investimentos em telefonia fixa." Ao falar sobre a fusão com a Oi ele foi pragmático: "Tudo o que tínhamos que dizer está no fato relevante, o resultado da atualização (do marco regulatório da telefonia fixa) é o que pode viabilizar a possibilidade de convergência" entre as dua empresas.
"No modelo atual, há algumas incertezas, em particular a reversibilidade dos ativos em 2025, se tivermos que fazer alguns bilhões de reais em investimento é delicado", disse Patuano. Ele fala aqui sobre os bens públicos, como ativos de redes e imóveis, que foram concedidos às operadoras de telefonia fixa quando da assinatura dos contratos de concessão em 2005. Pelas regras atuais, eles precisam ser devolvidos à União no fim dos contratos, por isso seu temor de uma fusão maior, perder justamente o que ele queria comprar.
"Haverá aceleração dos investimentos da TIM no Brasil", afirmou Patuano, colocando o país como um investimento importante para a Telecom Italia "Não há problema que não se pode enfrentar. Podemos ver pelo outro lado, o real está barato para investidores em euro."
A Oi encontra-se hoje em dia com um endividamento de 34,6 bilhões de reais, ou seja, o montante total de investimentos necessários para que ela volte a funcionar será muito grande. "Então, ter solidez financeira é importante. A TIM tem dívida muito baixa, então acho que isso tem que ser avaliado na situação global da Oi."
A TIM encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de 2,65 bilhões de reais, uma das menores do ramo da telefonia.
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