Economia e mercado 29 Dez
A Algar Telecom foi ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para se tornar um “terceiro interessado” no processo que estuda o compartilhamento de rede firmado entre Vivo e Claro.
A operadora mineira se posiciona de forma contrária ao acordo entre as rivais, por entender que poderia afetar a concorrência, influenciar os preços dos serviços e até ampliar oportunidades de trocas de informações sensíveis entre ambas.
Segundo a Algar, o Cade também precisa estudar quais seriam os potenciais impactos do acordo das operadoras de grande porte sobre os provedores regionais – visto que a distância entre as empresas ficaria ainda maior.
Caso seja aprovado, o projeto de RAN sharing consistiria em a Claro utilizar as frequências de 850 MHz e/ou 2,1 GHz da Vivo, assim como 81 estações radiobase presentes em rodovias e municípios com menos de 30 mil habitantes.
No dia 15 de janeiro, o Cade chegou a negar a aprovação sumária do acordo e solicitou mais detalhes sobre o negócio por meio de instrução complementar. Vivo e Claro têm um prazo até o final deste mês de janeiro para fornecer as informações.
Vale lembrar que a Claro chegou a fazer a mesma reclamação em uma parceria anterior entre Vivo e TIM, mas foi recusada pelo Cade e pela Anatel.
O projeto de compartilhamento unilateral de rede surge em meio à venda da Oi Móvel pelo consórcio composto por Claro, TIM e Vivo – outro assunto que passará por avaliação do órgão público.
E para você, a Algar está correta na sua solicitação? Relate a sua opinião para a gente no espaço abaixo.
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