Além de manifestações e passeatas em todo o país, o decreto do presidente Donald Trump de proibir a entrada de cidadãos e refugidos de nações de maioria muçulmana nos Estados Unidos está provocando uma série de críticas e ações de companhias tecnológicas norte-americanas.

Os exemplos são vários. Aqui vão dois: o Google, comandado por um indiano, anunciou doação milionária para entidades que ajudam estrangeiros, como ACNUR. O CEO do Facebook, neto de imigrantes e casado com uma filha de refugiados, se posicionou contra a restrição considerada autoritária e non-sense.

A novidade é que a Microsft, cujo principal executivo Satya Nadella é de fora dos EUA, também se posicionou contra o decreto assinado por Trump. Informa a Reuters que a empresa fundada por Bill Gates está cooperando com a promotoria de Washington, que está movendo processo federal contra medida do presidente republicano.

O porta-voz Pete Wootton disse o seguinte em comunicado:

E ficaríamos felizes em testemunhar mais, se necessário.

A companhia responsável pelo sistema Windows também classificou o decreto de Trump como "equivocado e um passo fundamental de retrocesso".

O site MS Power User levanta um debate interessante: seriam as empresas de tecnologia daquele país tão influentes e grande sem a influência de milhares de estrangeiros, de cargos operacionais a CEOS, colaborando para visões diferenciadas de negócios e tecnologia?

Resta saber se os EUA podem permanecer competitivos sem o influxo de talentos do exterior e quais os efeitos a longo prazo de tal política.