17 Maio 2017
Quem acessou a internet nos últimos dias já está ciente do que é o WannaCry e do tamanho do problema que o vírus vem causando mundo afora. O software malicioso do tipo "ransomware", obriga o usuário afetado a pagar U$ 300 (~R$ 935) em Bitcoins para ter as suas máquinas pessoais desbloqueadas.
Apesar do problema ter atingido diversas regiões, incluindo o Brasil, uma companhia de segurança digital da Finlândia revelou que os mais afetados foram a Rússia e a China. O motivo? A grande porcentagem do uso de software pirata.
Vale destacar que a Microsoft já lançou patches específicos de segurança em março deste ano, nem o finado Windows XP ficou de fora dos updates mesmo sem contar com suporte oficial desde 2014. Porém, o grande problema é que no caso dos sistema piratas, essas correções não podem ser instaladas, o que na prática acaba deixando milhares de PCs desprotegidos.
Os números mostram que até o fim de 2016, cerca de 70% dos computadores da China estavam rodando software pirata. A Rússia não ficou nada atrás, com uma fatia expressiva de 64% de PCs com Windows sem licença original.
Na China, o problema é tão grave que até mesmo instituições de ensino e grandes empresas optam por usar alguma versão do sistema operacional da Microsoft sem licenciamento em suas máquinas. O resultado dessa prática fez com que o "WannaCry" conseguisse se propagar sem grande dificuldade, atingindo diretamente 40 mil instituições locais.
O alto nível de propagação do problema nessas regiões mostra o perigo de usar softwares desatualizados - a Microsoft inclusive alertou os governos para os perigos dessa prática. Porém, segundo o jornal norte-americano "New York Times", optar por programas piratas e a falta do costume de pagar por software já está integrado em algumas culturas, sendo assim problemas desse tipo podem continuar acontecendo.
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