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Motorola Edge Plus 2020

Review
Custo - benefício
Embalagem e características
Comodidade
Facilidade de uso
Multimídia
Votação Geral

Fazia muito tempo que a Motorola não lançava um verdadeiro celular top de linha. O último da marca foi o Moto Z2 Force lançado em 2017 e desde então a empresa veio focando apenas no segmento de entrada e intermediário. E por que ter a Motorola de volta brigando no alto segmento é importante? Porque este é o primeiro celular com Snapdragon 865 lançado no Brasil. Mas ele tem um grande ponto negativo: o seu exorbitante preço de R$ 8 mil. Vale a pena? É isso que você vai descobrir nesta análise completa do TudoCelular.

Acessórios

O Edge Plus vem em embalagem escura com o nome do aparelho grafado em prateado, dando um ar mais elegante do que temos nas linhas Moto G e Motorola One.. Além do celular você encontrará:

  • Carregador TurboPower de 18W de potência
  • Cabo USB no padrão C
  • Fone de ouvido padrão da linha Moto G
  • Capinha de silicone
  • Chavinha para abrir gaveta do SIM
  • Guia do usuário
Design e construção

O Edge Plus não é o primeiro celular lançado no Brasil custando R$ 8 mil e muito menos será o último. Samsung e Apple já chegaram pedindo este valor em seus flagships mais recentes, mas será que a Motorola consegue brigar no mesmo patamar?

O que você espera de um top de linha? Corpo de metal com vidro? Ele tem. Tecnologia de carregamento sem fio? Também presente. Resistência à água? Há apenas a usual resistência básica contra respingos, comum nos celulares da marca, então nada de certificação IP.

Ele possui entrada padrão para fones de ouvido que foi removida nos rivais da Samsung e Apple. Por outro lado, o Edge Plus não tem slot microSD. Pelo menos a versão nacional vem com 256 GB de armazenamento, o que deve ser suficiente para a maioria.

A parte superior e inferior é praticamente plana, o que permite deixar o celular em pé facilmente. Já as laterais são bastante curvas, com a tela encostando na parte de metal e eliminando praticamente as bordas. A sua curvatura é maior do que vimos em recentes lançamentos da Samsung.

Por um lado, isso dá elegância ao celular, mas vai atrapalhar ao usá-lo fora de casa com a forte incidência de reflexos no vidro. Na traseira há três câmeras com design que foge do bloco escuro saltado que tomou conta dos recentes lançamentos de outras marcas. É inegável que o Edge Plus tenha sua própria identidade e no geral o resultado é positivo.

Tela e som

A tela OLED de 6,7 polegadas possui um pequeno furo do lado esquerdo. Há leitor biométrico integrado ao painel que responde bem. O painel escolhido pela Motorola tem ótima qualidade, bom nível de brilho e taxa de atualização de 90 Hz, mas não compete com a tela Dynamic AMOLED da Samsung que entrega brilho mais forte.

A calibração padrão de cores tende para tons mais saturados. Se não curte pode mudar para o perfil Natural para ter cores mais equilibradas. De qualquer forma, sua tela sempre tende para tons frios o que deixa o branco azulado, especialmente na parte curva da tela. Há suporte a HDR10+ compatível com Amazon Prime e também HDR padrão para ver vídeos no YouTube. E o mais interessante é que quando você assiste conteúdos em HDR, o azulado do branco some.

Motorola é uma das poucas que investem em som estéreo nos seus intermediários e não poderia ser diferente em um top de linha da marca. O Edge Plus tem duas saídas de som que entregam boa potência sonora, ficando no mesmo nível dos rivais da Samsung e Apple.

O fone de ouvido que acompanha o aparelho é o mesmo da linha Moto G8, o que é decepcionante levando em consideração o preço que a Motorola pede no Edge Plus. Pelo menos há entrada P2 para que você use qualquer outro fone que possua.

Desempenho

Se você ficou decepcionado por Samsung não ter trazido a linha S20 com Snapdragon 865, esta é a sua chance de ter o mais poderoso chip da Qualcomm. O Motorola Edge Plus é mais rápido que os outros flagships que testamos? Bom... deveria. Ele não apenas ficou atrás do Exynos 990 em nosso teste padronizado de velocidade como também comeu poeira para modelos mais antigos com Snapdragon 855.

Já testamos vários celulares da Motorola com problema de otimização de software e pelo visto o Edge Plus é mais uma vítima. E olhe que estamos falando de uma empresa que altera pouco o sistema do Google para entregar uma experiência mais limpa e mesmo assim fica atrás de interfaces altamente modificadas.


Em benchmarks é onde vemos todo o poder bruto do Snapdragon 865 ao alcançar pontuações altas e atropelar os rivais. Se você fica excitado com números grandes, então vai pirar com o Motorola Edge Plus.

Em jogos temos ótimo desempenho com qualquer título para Android. A tela de 90 Hz ajuda a entregar fluidez superior e até a curvatura tem sua utilidade. O software permite configurar os gatilhos L e R para a borda, o que ajuda bastante em jogos de tiros como PUBG. E o Edge Plus não apresenta queda de desempenho mesmo que você jogue por horas, diferente de alguns outros flagships que testamos.

Câmeras

O Edge Plus traz câmera de 108 MP com sensor ISOCELL da Samsung, mas diferente daquele que equipa o S20 Ultra, aqui temos a tecnologia Tetracell que comprime quatro pixels em um ao invés de nove. Então a qualidade fotográfica é inferior ao top de linha da coreana? Longe disso.

Sensor de altíssima resolução aliado ao Snapdragon 865 resulta em imagens ricas em detalhes, cores vibrantes, alcance dinâmico amplo que dispensa uso de HDR e imagens limpas que realmente impressionam.

Vale a pena usar a resolução máxima do sensor? Bem, você terá nitidez superior em coisas que estejam distantes, mas só perceberá isso ao ampliar bastante a foto. Em troca terá que abrir mão do HDR, o que resulta em fotos com pior equilíbrio entre luz e cores. Sem falar que pode acabar perdendo mais de 20 MB de espaço por foto e lembre-se que o Edge Plus não tem slot microSD para expandir seu armazenamento.

Padrão | 108 MP




A câmera grande-angular também registra fotos com ótima qualidade. As imagens perdem um pouco de cores e nitidez em troca de uma área maior para fotografar, mas vale muito a pena se aventurar com esta câmera. O seu único ponto fraco é sofrer bastante à noite com fotos escuras e não há modo noturno disponível para a grande-angular, o que é uma pena.

O melhor da grande-angular é que ela tem foco automático e usa zoom para simular uma câmera macro. Pode parecer uma gambiarra sem sentido, mas as fotos ficam realmente boas, até melhores que muitos celulares com câmera macro dedicada.

Principal | Ultra-wide




Por fim, há uma teleobjetiva com zoom óptico de 3x e híbrido de 6x. A qualidade é boa e não apresenta tantos ruídos quando você tenta capturar algo que está distante. Esta câmera serve para fazer o desfoque de fundo de cenários e funciona bem com pessoas e objetos.

Há modo noturno para a câmera principal que ajuda a salvar as fotos devoradas pela escuridão. Ele prolonga a exposição para tentar capturar o máximo de luz possível com o mínimo de ruídos e faz bem o seu trabalho. Porém peca nas cores e isso fica nítido ao comparar com o Galaxy Note 10 Plus, que é o nosso campeão em fotos.

Macro




Edge Plus | Galaxy Note 10 Plus



Outro ponto que o Edge Plus também perde para o modelo coreano é na câmera frontal. Selfies nunca foram o forte da Samsung, mas a Motorola peca ainda mais nisso. O Edge Plus é até capaz de registrar ótimas selfies em locais abertos, mas deixa o fundo estourado quando usamos o modo retrato. O efeito de desfoque é bacana e apresenta poucas falhas.

Chegamos ao ponto mais polêmico no Edge Plus: sua filmadora. O Snapdragon 865 é capaz de gravar vídeos na resolução 8K, mas a Motorola decidiu limitar seu flagship a filmar apenas em 6K a 30 fps. E não é possível gravar vídeos em 4K a 60 fps como qualquer top de linha atual faz. Por que isso acontece? Provavelmente para evitar que o celular esquente muito. Se for filmar com a grande-angular ou teleobjetiva, terá que se contentar com a resolução Full HD.

Selfies | Retrato



Vale a pena filmar em 6K? Na verdade, não. Você não ganha mais nitidez e o contraste é inferior ao modo 4K. Na resolução mais baixa você terá menos tremidos devido à estabilização eletrônica, além de ocupar menos espaço na memória interna. A qualidade de filmagem com a grande-angular, teleobjetiva e frontal também é boa. O foco automático é um pouco lerdo e o áudio capturado é alto e limpo.

Bateria

A bateria também é um ponto forte. Os 5.000 mAh conseguem dar conta do hardware potente e da tela de 90 Hz por um dia inteiro e ainda sobra um pouco de carga para o dia seguinte. Você pode fazer a bateria durar ainda mais ao mudar para o modo 60 Hz.


Já o tempo de recarga poderia ser melhor. É comum vermos celulares top de linha e até intermediários com carregador com 30W ou até mais de potência. A Motorola, por outro lado, ainda mantém o mesmo TurboPower de 18W da linha Moto G e isso faz com que o Edge Plus demore quase três horas para recarregar, enquanto rivais da Samsung recarregam quase três vezes mais rápido.

Software

Ele sai da caixa com Android 10 e a mesma interface limpa da Motorola que estamos acostumados. Você encontra no app Moto algumas configurações. Com os tradicionais gestos que temos na linha Moto G e também nos da família One.

É possível alterar o tamanho e formato dos ícones da tela inicial, mudar a fonte do sistema, e escolher uma cor de destaque para os atalhos do Android na tela de notificações. Não há nada de exclusivo ou revolucionário, mas é interessante ver a Motorola reunir isso em um só lugar e tornar a usabilidade mais amigável.

O diferencial fica para as customização da borda. Você pode adicionar atalhos para apps e recursos que usa com frequência ou criar efeitos luminosos para quando receber uma notificação. É algo muito parecido com o que temos na linha Galaxy.

Rivais

Como deu para perceber, o novo flagship da Motorola tem mais altos do que baixos, mas o seu grande ponto fraco é o preço de lançamento de R$ 8 mil. É o mesmo valor que vimos no Galaxy S20 Ultra e iPhone 11 Pro Max, mas ambos são mais rápidos e entregam conjunto mais completo com resistência à água, melhor tela e estão mais baratos atualmente. Sem falar que o iPhone entrega muito mais bateria e, por incrível que pareça, ainda recarrega mais rápido.

O Zenfone 6 custa um terço do valor e tem melhor desempenho, bateria dura mais, passa menos tempo na tomada e registra melhores selfies. O G8s é outro com Snapdragon 855 que consegue ser mais rápido que o Edge Plus.

Pontos positivos e negativos

Pontos positivos

  • Tela AMOLED 90 Hz de qualidade
  • Boa autonomia em modo 90 Hz
  • Ótima qualidade de fotos
  • Tela curva tem utilidade em jogos

Pontos negativos

  • Sem certificação IP68
  • Desempenho poderia ser melhor
  • Tempo de carga lento
  • Não grava em 8K
  • Preço surreal pelo que entrega
Avaliação final do Tudocelular
Custo - benefício

Há opções melhores e mais baratas no mercado nacional

Embalagem e características

Embalagem vem com fone e carregador simples, mas traz capinha de proteção

Comodidade

Edge Plus é um celular grande, pesado e com traseira escorregadia

Facilidade de uso

É o mesmo Android quase puro de antes, mas agora com alguns extras para a borda curva

Multimídia

Tela OLED de boa qualidade e som estéreo garantem boa experiência multimídia

Votação Geral

O Motorola Edge Plus é um bom celular, mas que deveria ser melhor pelo preço cobrado

Video

Onde Comprar

As melhoras ofertas para o Motorola Edge Plus 2020

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