12 Setembro 2014
O Xperia C entra em um leque de produtos que proporciona uma experiência de phablet, sem cobrar muito do usuário. Mesmo com uma pegada mais simples e de custo médio, o desempenho do phablet está longe de desapontar. Por dentro, a Sony trouxe um processador Mediatek MT6589 que roda quatro núcleos a 1.2 GHz, acompanhado de 1 GB de memória RAM e 4 GB de espaço interno. Junto disso, há uma GPU PowerVR SGX544, que dá conta de jogos mais pesados, sem reclamar. A embalagem segue o padrão de smartphones topo de linha da fabricante japonesa, ou seja, você encontra um papelão largo e fino, com os acessórios separados por partes distintas.
Caixa fina e larga
Dentro dela encontramos o celular, cabo microUSB, carregador de tomada com porta USB e um fone de ouvido no padrão de 3,5 milímetros e com plugue P3. O fone é bem simples, simples demais para um aparelho que não é de baixo custo - digo não somente na qualidade do material de construção, mas na qualidade sonora dele.
Fone de ouvido poderia ser melhor
Mesmo com tamanho grande de um phablet, o Xperia C não apresenta uma estrutura que é desconfortável nas mãos. O corpo é de plástico fosco e que não apresenta reflexo. Na frente, temos uma tela TFT de 5 polegadas e resolução de 540 x 960 pixels, que dá aproximadamente 220 pixels por polegada. Ainda na frente, estão os sensores de luz, proximidade e a câmera frontal de resolução VGA (640 x 480 pixels).
Tela de 5 polegadas
Do lado direito estão os botões de volume, liga/desliga e o responsável pelo acionamento da câmera.
Lateral com botões
Do outro lado a Sony instalou uma entrada microUSB.
Outra lateral, apenas com uma entrada
Em cima vemos apenas uma entrada para fone de ouvido, que aceita fones no padrão de 3,5 milímetros e plugues P3. Na parte de baixo, não há qualquer conector ou botão.
Entrada para fone de ouvido
Atrás, a tampa da bateria é fosca e sem brilho, o que ajuda na hora de dificultar que impressões digitais fiquem por ali. Nela, temos um alto-falante, flash LED e uma câmera de 8 megapixels, que filma em 1080p, ou Full HD.
Câmera de 8 megapixels
Atrás da tampa, estão as entradas para os dois chips de operadora que o modelo aceita, uma entrada para cartões microSD de até 32 GB e a bateria, que não pode ser removida.
Bateria não é acessível
A carga da bateria é de 2.390 mAh, que com certa economia e dentro do modo de economia de energia do app que a própria Sony traz, promete durar por mais de um dia.
O tamanho de tela, com suas cinco polegadas, pode assustar na hora de segurar nas mãos. Porém, mesmo com corpo de phablet, o gadget encaixa bem na palma. Outro ponto que ajuda na sensação de robustez e segurança, está na tampa da bateria que não deixa fresta ou qualquer parte móvel que possa ficar solta. Suas dimensões são de 141 milímetros de altura, por 74 milímetros de largura e 8,9 milímetros de espessura. Tudo isso somado aos 153 gramas de peso total, já com a bateria instalada.
Pegada confortável, mesmo com aparelho grande
A pegada é bastante firme e, como a pintura é fosca e ligeiramente áspera, o aparelho passa uma grande sensação de segurança ao portá-lo nas mãos. O volume do smartphone não fica evidente em bolsas pequenas, mas em bolso apertado de calça jeans a situação é oposta.
Apenas 8,9 milímetros de espessura
O Android que a Sony colocou no Xperia C traz uma interface bastante alterada, mas que não compromete o desempenho geral do dispositivo - algo comum no TouchWiz, da Samsung. Abaixo da modificação da fabricante, o sistema operacional móvel do Google trabalha na versão 4.2.2, que não é a mais recente lançada pelo gigante das buscas, mas que aceita todos os apps e jogos que estão disponíveis no Google Play. Por dentro da carcaça temos um processador Mediatek MT6589 que roda quatro núcleos a 1.2 GHz, acompanhado de 1 GB de memória RAM e uma GPU PowerVR SGX544. Poder de fogo suficiente para qualquer atividade, da mais leve até a mais pesada.
Tela inicial
Logo de cara, o Xperia C apresenta cinco telas iniciais que podem ser recheadas com widgets e atalhos, sem limite para a adição de novas telas ou a remoção de algumas delas - o que pode ajudar na hora de não paginar muitas telas iniciais, para quem não usa muitos atalhos ou widgets. A memória interna do dispositivo é bastante limitada, com apenas 1,2 GB livres dos 4 GB que a Sony coloca no gadget. Espaço insuficiente para muitos games e apps maiores, como é o caso dos 1,5 GB necessários apenas para o Asphalt 8.
Atalhos que aparecem ao puxar com dois dedos
A barra de notificações, quando puxada com um dedo, apresenta quatro atalhos para funções do aparelho. Porém, quando puxada com dois dedos ao mesmo tempo na tela, a barra apresenta mais funções, como acionar os dados da operadora, definir perfil de usuário e controlar o tempo que a tela ficará acesa, antes que desligue para a economia de energia.
Menu de apps pode ser personalizado
O menu de aplicativos permite a inserção de pastas, algo que não acontece com os Androids concorrentes. Além disso, é possível alternar a ordem de exibição dos ícones, deixando em uma ordem pessoal, ou ordenando de acordo com as letras do alfabeto, por apps mais usados ou então os instalados recentemente.
TrackID
De fábrica a Sony traz alguns apps, como um pequeno editor de víeos e fotos, o OfficeSuite (que visualiza documentos do Word, Excel PowerPoint e também documentos em PDF), versões alteradas para a galeria de imagens, tocador de música, vídeo, leitor de código QR, calculadora científica, rádio FM e o McAfee Mobile que funciona como solução para conter a entrada de vírus e malwares. O destaque fica por conta do TrackID, que identifica músicas que estão tocando na proximidade e entrega informações como nome do artista, nome da música e qual álbum contém a canção.
Navegador rodando acima de outras funções
Outro recurso, exclusivo da Sony, permite que uma janela flutuante fique com algum app rodando, acima dos outros. Esta experiência lembra muito como o computador trabalha, com janelas soltas e umas acima das outras. O número de apps que pode ficar nesta janela é pequeno e inclui a agenda, o navegador de internet, o Gmail, gravador de voz e o app de notas. Por limitações de hardware, apenas uma janela fica visível ao mesmo tempo - no Xperia Z Ultra, por exemplo, podem ficar mais de três janelas ao mesmo tempo.
Chrome
O navegador é o Chrome, que conta com as mesmas opções de recursos que o Chrome de outros Androids ou no iOS. Com ele você pode sincronizar abas, senhas, históricos e gerenciar downloads e o cache do browser. A navegação é bastante fluída e a renderização da página é bem veloz.
O Xperia C não traz a GPU mais poderosa do mercado e seu poequenino espaço interno limita as possibilidades em jogos. Não é possível instalar os pesados Asphalt 8 ou Real Racing 3, mas testamos o - nem tão pesado assim - Minion Rush. O jogo rodou bem, sem reclamações em todo o momento, mas com alguns engasgos no começo - quando há muitos Minions na tela. Em geral, todos os apps e jogops vão rodar bem, se puderem ser instalados.
Minion Rush
O player de música é exclusivo da Sony e leva a marca que ficou famosa com os tocadores de fitas, nos anos 80 e 90: Walkman. Ele traz uma interface semelhante ao que existe no Windows Phone, com linhas finas e poucos detalhes. É bastante bonito e reproduz qualquer MP3 inserida, além de contar com um visualizador no estilo Windows Media Player.
Tocador de música
O reprodutor de vídeos também é modificado pela marca nipônica, com um recurso interessante: ele busca informações sobre o vídeo na internet e exibe uma prévia do vídeo que foi exibido por último. Traz sinopse, atores envolvidos e até uma arte do vídeo, que é o pôster do filme ou da série. O aparelho foi capaz de reproduzir qualquer vídeo em até 1080p, sem engasgar. Além disso, ele recebeu um redesenho quando comparamos com a versão do ano passado. Está mais limpo e mais minimalista.
Player de vídeo
A Sony instalou um sensor de 8 megapixels no Xperia C, que consegue fotografar e salvar imagens de até 3264 x 2448 pixels, trabalha com foco automático, conta com HDR e tem um LED para funcionar como flash. As fotos com boa condição de luz, trazem ótima reprodução de cores, pouco ruído visível e detalhes perceptíveis ao olho nu. Já em fotos noturnas, a qualidade cai muito, com foco defeituoso e pouquíssimo brilho entrando - o que resulta em péssimas fotos noturnas, mesmo com flash acionado.
Foto com boa luminosidade
Já para vídeos, os arquivos podem ser gerados com resolução de até 1080p e a qualidade segue o padrão das fotos, com a captação de áudio pelo microfone ligeiramente abafada.
Foto noturna
Pontos fortes
- Dual chip
- Bom desempenho
- Câmera de boa qualidade
- Ótima construção
Pontos fracos
- Pouquíssimo espaço interno
- Tela de TFT
- Tampa traseira de difícil remoção
- Fotos noturnas de baixa qualidade
Ótimo preço para um phablet de desempenho mediano.
Embalagem bem organizada e com ótimo acabamento.
Aparelho é firme, mas as bordas não passam uma pegada confortável.
Android que a Sony coloca, modificado, não apresenta dificuldades até para os menos geeks.
Rodou tudo que testamos.
Se você procura um phablet barato e com cara bonita, é uma ótima pedida. Apenas peca na memória interna, que é quase inexistente.
Onde Comprar
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