08 Abril 2015
Os formatos de arquivos abertos são o único meio viável para que a humanidade possa preservar sua história na era digital, segundo o CIO da Vatican Library Luciano Ammenti, que falou durante uma seção de imprensa na EMC World.
Para Ammenti, a Biblioteca do Vaticano é um acervo de conservação que visa preservar a nossa história. A instituição procurou expandir o número de salas de leitura para as pessoas que desejam conferir o acervo, que conta com cerca de 82.000 manuscritos. Porém, ele afirma que as salas nunca são o suficiente. A quantidade de manuscritos é tão grande, que apenas 20% do acervo pode ser lido na biblioteca.
Para contornar o problema, nos últimos anos eles focaram na conservação dos manuscritos em formato digital. E a principal decisão, antes de iniciar o projeto, foi qual opção de formato deveriam adotar para os documentos. Para garantir a durabilidade para os anos futuros, era necessário um tipo de arquivo que pudesse ser aberto e lido nos próximos 50 anos, segundo Ammenti. A solução para manter a legibilidade para as próximas décadas, foi um formato open source.
Através de ferramentas de código aberto, que não requerem uma plataforma de proprietário, a equipe optou por salvar os documentos em imagens. "Você não depende do Power Point ou Word", afirma Ammenti. "Normalmente as pessoas procuram usar o formato TIFF. Isso tem sérios problemas. Ele não é open source e não é atualizado. A última vez foi em 1998". Além disso, Ammente ressalta que o TIFF é de 32-bit, o que limita a capacidade de informação que pode preservar.
Por isso, o formato escolhido foi o FITTS. Este é um tipo de arquivo de código aberto, 64-bit, que recebe atualizações regularmente e é capaz de armazenar informações 3D, para todo tipo de dados que se deseja arquivar na imagem.
Ammenti acrescentou ainda que a Vatican Library está utilizando a mesma abordagem em seus modelos de análises e distribuição e utilizando tecnologias ViRP da EMC.
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