01 Dezembro 2015
A Google admitiu, dando sequência a um tópico no Reddit sobre vigilância do governo, que não criptografa as conversas do Hangouts e que a própria empresa pode grampear estas sessões se por acaso uma ordem judicial for emitida com exigências do governo. Isto entra em contraste com a criptografia end-to-end de outros serviços similares como o FaceTime da Apple, que a empresa garante segurança e sigilo máximo aos usuários.
A Motherboard destacou que a Google sempre foi muito vaga quando se trata do nível de criptografia oferecido pelo Hangouts e que, quando foi pressionada pelo principal tecnólogo do American Civil Liberties Union, Cristopher Soghoian, a empresa apenas disse que as mensagens eram criptografadas enquanto enviadas.
Em contato com a Google, a empresa confirmou que a criptografia end-to-end não está inclusa no seu serviço.
"Um porta-voz confirmou que o Hangouts não usa criptografia end-to-end", citou Lorenzo Fanceschi-Bicchierai, repórter da Motherboard. "Isso faz com que, tecnicamente, a Google possa grampar a conversas a pedidos de agentes de aplicação da lei mesmo quando você ativa o recurso 'não gravar', que na realidade só evita que as conversas não apareçam no seu histórico", completa.
O Relatório de Transparência da Google revela que a empresa recebeu 26 pedidos de escuta do governo dos EUA por 18 meses consecutivos contando do início de 2013. A empresa não identificou quantos destes, se houverem casos, foram diretamente ligadas para o Hangouts.
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