O Brasil sempre teve conexões móveis deficientes; desde o 2G, passando pelo nosso fraco 3G. A conexão 4G LTE, por sua vez, apesar da ter uma cobertura ainda diminuta, preservam alguma qualidade. Possivelmente, essa estabilidade desta última deva-se ao fato de ele ainda não ter sido massificada. No quadro geral, no entanto, não somos bem servidos em cobertura, preço e banda com esses serviços. É por esse motivo que uma ondinha de sinal Wi-Fi que seja já faz o dia de qualquer geek feliz. E esse padrão está prestes a evoluir.

O padrão mais popular no Brasil é o 802.11n, capaz de transportar 150Mbps. Já ao redor do mundo, a melhor solução atual é o 802.11 ac, capaz de transportar 1.3 Gbps. Popular e bastante difundido, este último padrão está disponível desde aparelhos de médio custo a dispositivo high-end. Uma evolução desse modelo de Wi-Fi, no entanto, está prestes a entrar no mercado, e visa disponibilizar, ao menos teoricamente, uma velocidade de transmissão de incríveis 10 GBps. O maior entrave para esse progresso, no entanto, é o órgão internacional que regulariza esse tipo de tecnologia, o IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers).

O instituto citado pede vários anos de muitos testes extenuantes para aprovar a solução tecnológica. O atual padrão de Wi-Fi, por exemplo, levou 5 anos para receber todos os certificados possíveis. Muitas fabricantes, no entanto, não estão dispostas a esperar tanto tempo. Afinal, o mercado clama por inovação, e oferecer um produto que atenda a essa velocidade pode ser um novo diferencial no mercado.

O mercado e órgãos reguladores precisam entrar em comum acordo. Ademais, essas ondas não deixam de ser um tipo de radiação que deve ser estudado com muito cuidado para preservar a nossa segurança. Afinal, a tecnologia deve primordialmente facilitar a nossa vida, não ser fonte de nova preocupação. E você, leitor? Que lado escolhe nessa queda de braços de gigantes? [PC World]