Depois de o Facebook comprar o WhatsApp por 19 bilhões de dólares, muito passou a ser esperado da plataforma. Por enquanto a rede social manteve a sua promessa de que o serviço continuará como está, mantendo sua marca em separado. No entanto, essa questão se tornou o centro de um intenso debate na conferência F8 da empresa para desenvolvedores.

Durante o painel de discussões com outros executivos do Facebook, o fundador do Whatsapp, Brian Acton foi perguntado se o serviço iria oferecer ferramentas de conexão com outros programas. Isso é algo bem comum no mundo da tecnologia, e o próprio Facebook é uma das plataformas mais abertas para desenvolvedores externos da atualidade.

Um dos membros do auditório fez um discurso passional sobre como seria importante criar estas ferramentas para que o seu aplicativo pudesse utilizar o Whatsapp como meio de alcançar as centenas de milhões de usuários pelo mundo. O pedido foi impulsionado por muitas palmas e entusiasmo.

A resposta do desenvolvedor não poderia ser mais fria: “É uma coisa muito difícil o que eu tenho que dizer, mas não, nós não temos planos para abrir o Whatsapp nesse momento.” Acton explicou que não quer que os usuários do seu serviço sejam inundados de joguinhos, mensagens e outras distrações, alegando que o Whatsapp é um serviço de mensagens pessoais.

Muitos desenvolvedores presentes não ficaram satisfeitos com essa resposta e optaram por deixar o auditório. A cultura do Vale do Silício é, em grande parte, uma cultura de compartilhamento. Uma pessoa pode ter um celular da Apple, mas ainda poderá ter acesso a todos os aplicativos principais do Google, e assim por diante.

Apesar disso, a impressão geral de que o Whatsapp não é um aplicativo que pretende se tornar uma plataforma para outros programas é bem útil e interessante. Sua única preocupação é continuar sendo o mais rápido e mais funcional comunicador pessoal de mensagens.