29 Julho 2015
Uma comunicação oficial do governo anunciou o lançamento de uma nova plataforma para fabricação de dispositivos celulares com a finalidade de diminuir as despesas com o processo de fabricação, garantir melhor desempenho e menor consumo de bateria; além de reduzir o preço do aparelho para o cliente.
A iniciativa foi criada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; através de uma consulta pública da proposta de fixação do Processo Produtivo Básico (PPB) para o desenvolvimento de dispositivo inteligente no Brasil, baseado em chip de 200 componentes.
O uso do “chipão”, nome provisório da plataforma, ainda não começou em outras partes do mundo, porém, pelo menos duas fabricantes já demonstraram interesse em adotar a tecnologia, sabemos que a Qualcomm será uma delas. A iniciativa visa criar celulares mais baratos com preços bem abaixo dos praticados pelo mercado, sem perder tanto a qualidade de um smartphone moderno.
No Brasil, o recurso foi criado através da parceria entre os Ministérios do Desenvolvimento, das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com a Qualcomm há pouco mais de um ano. Além disso, o projeto tem a participação do BNDES e Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
De acordo com MCTI, a tecnologia não é exclusiva da empresa americana e por se tratar de um projeto piloto terá validade até 2016. O texto do PPB, por sua vez, ficará disponível para consulta até meados de agosto. O governo acredita que o período de consulta popular será importante para atrair mais empresas para o projeto.
O relatório final prevê que a montagem e a soldagem de todos os componentes nas placas de circuito impresso e a integração das placas de circuito impresso, subconjuntos e das partes elétricas e mecânicas na formação do produto final sejam feitas no Brasil, enquanto o desenvolvimento de cartão de memória poderá ser de 20% e 25% para circuitos integrados de memória.
Além disso, o smartphone com “chipão” será produzido com os benefícios da Lei da Informática, que isenta o pagamento de impostos na venda a varejo, o que colocará seu preço lá embaixo, forçando o barateamento de uma indústria de luxo que atualmente trabalha com margens gigantescas de lucro no Brasil. Várias empresas poderão criar operações de baixo-custo no país ao adotar a nova proposta, que se for bem aceita poderá receber ainda mais incentivos em 2017.
Para saber mais sobre ela, leia o documento laçado para o público.
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