Não é só o número de linhas fixas que segue em queda no Brasil. Conforme balanço recente divulgado pela Anatel, que está fazendo mudanças em seu alto escalão, o setor de telefonia móvel está encolhendo desde do ano passado, quando coincidentemente a crise política e econômica foi declarada. Com isso, as operadoras tem perdido milhões de clientes mês após mês. Nesse cenário, a Vivo continua líder, seguido da Claro, que ampliou ainda mais sua vantagem contra a TIM, seguidamente da Oi, que nem está mais sendo considerada pelo governo como um dos grandes grupos.

De acordo com o relatório, no mês de julho eram 252,57 milhões de chips ativos, número esse que diminuiu em 834 mil comparado ao mês anterior. Para se ter uma ideia melhor do encolhimento do mercado, somado os sete primeiros meses do ano se chega ao número de 5,22 milhões de linhas a menos ativas no país. Em relação ao ano de 2015, são 31,5 milhões de linhas que simplesmente se tornaram inativas. A queda vem sendo registrada desde maio do ano passado.

Em virtude disso e uma série de investimentos em infraestrutura e publicidade, houve uma dança das cadeiras nas posições. A Vivo, mesmo perdendo 9,7 milhões de clientes, se manteve intacta em primeiro lugar com os mesmos 29% de participação no mercado. Antes em terceiro e agora em segundo figura a Claro, que perdeu 7,9 milhões de clientes, seguidamente da TIM, que viu sua base de clientes diminuir drasticamente em 12,2 milhões e sua participação cair de 27% para 25%.

Enquanto isso, a Oi, que está à beira da falência, foi a que menos perdeu clientes, porém mesmo assim com um número alto de 4,2 milhões a menos e participação de 18,5% para 17,7%. Lembrando que a companhia está mostrando sinais de recuperação e além de lançar novos planos no mercado, tem investido em infraestrutura. Caso continue em curva crescente e sua principal concorrente, a TIM, continue no sentido contrário, é capaz de termos em breve uma nova mudança nas posições.

Diante isso tudo, além da crise que o país enfrenta, uma série de outros fatores, como por exemplo, o aumento de tarifas e planos de voz interessantes para operadoras diferentes tem influenciado essa redução. Contudo, isso não significa que o lucro das empresas estejam diminuindo.