Planos 05 Jan
No final do ano passado a Oi deu pequenos sinais de que estava se recuperando da grave crise em que foi obrigada a solicitar recuperação judicial, mas, ao que tudo indica, os efeitos disso foram mínimos para saldar a grande dívida acumulada de aproximadamente R$ 65 bilhões.
Apesar do governo poder repassar a quantia de R$ 20 bilhões para ajudar as empresas de telefonia, isso ainda não é o suficiente para salvar a quarta maior teleoperadora do país, cujos serviços de telefonia fixa estão presentes em mais 5.000 municípios do Brasil.
Segundo revela Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a maior solução deve ser a mais óbvia: a venda da companhia telefônica.
A Oi precisa ter recursos. Precisa ter um parceiro forte. Ao que me parece, junto com os integrantes aqui do ministério e da Anatel, a nossa sensibilidade diz que esse empresário egípcio [Naguib Sawiris] e os fundos americanos estão mais próximos de apresentar algo concreto, declarou o ministro em entrevista ao Poder360 nesta semana.
E se ninguém quiser?
Por mais que hajam interessados em adquirir a Oi, existe a possibilidade das negociações não avançarem. E, neste acaso, caberá ao governo juntamente da Anatel arrumar uma solução, ou melhor, arcar com os prejuízos:
O governo está preparado para fazer a intervenção. Tanto é que, por conta do momento tenso nas reuniões do conselho da Oi, a Anatel fez uma leve intervenção. Impôs a presença de um observador da Anatel, que continua até hoje, para acompanhar as reuniões", explica Kassab.
Ou seja, leitor, não importa se você é cliente da Oi ou não, no final - literalmente - das contas o prejuízo é seu.
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