26 Dezembro 2017
Um post oficial no blog "insights.ubuntu.com" de ninguém menos do que o fundador do Ubuntu, Mark Shuttleworth, anunciou no fim da tarde desta quarta-feita (5) o fim dos investimentos da Canonical na interface de usuário Unity 8.
Depois de praticamente sete anos de desenvolvimento, a interface Unity, amado por muitos e odiada por outros, está deixando de vez o Ubuntu. A mudança radical mostra que o sistema vai seguir novos rumos para um futuro longe do mobile.
A futura interface renovada de uma das distribuições Linux mais famosas do mercado, marcaria a transição do sistema para a chamada convergência entre a versão disponível para desktop e o sistema oferecido nos dispositivos móveis como tablets e smartphones. Algo similar ao conceito da Microsoft com o Windows 10.
A notícia marca ainda a despedida oficial do sistema Ubuntu Phone para smartphones e tablets, já que o investimento na interface Unity 8 era justamente voltada para o seguimento móvel: "Estou escrevendo para que todos saibam que estamos encerrando o investimento no Unity 8, na telefonia e na shell de convergência". Declarou Mark.
Outra mudança drástica fica por conta da interface gráfica da próxima versão do Ubuntu para desktops, a Canonical anunciou a volta oficial do GNOME: "Vamos trocar o desktop tradicional do Ubuntu de volta para o GNOME no Ubuntu 18.04 LTS".
O que vem por aí?
Ainda sobre o futuro do sistema, Mark fez questão de tranquilizar os usuários do Ubuntu. Segundo o Fundador da Canonical, a companhia vai continuar trabalhando no Ubuntu para desktop de forma a manter o padrão tradicional de lançamento de versões estáveis de suporte estendido conhecidas como LTS (Long Term Support).
Além disso, Mark ressaltou que sua companhia vai continuar buscando parceiros comerciais para distribuir PCs, e oferecer suporte corporativo para seus clientes e os milhões de profissionais e usuários comuns que usam o Ubuntu como sistema operacional padrão.
Aparentemente, a falta de interesse pelo sistema móvel fez com que a Canonical acabasse abandonando o barco, voltando os seus esforços para onde dá mais lucro, ou seja: servidores e internet das coisas (IoT). Assim como fazem outras gigantes do mercado open source como a Red Hat e SUSE. Após anos de investimento sem muito retorno, Mark desistiu de apostar em algo que ainda levaria anos para ser funcional ou chamar a atenção de um segmento completamente dominado pelo Android e iOS.
Como a notícia oficial foi liberada no fim da tarde de hoje, novas informações devem surgir em breve. Por enquanto, mais uma plataforma móvel vai se despedindo no mercado de dispositivos móveis.
Comentários