O iPhone 16 chega com pequenas mudanças no design e algumas melhorias internas para continuar conquistando o público adepto de celulares mais compactos ou que não estão dispostos a pagar muito caro pelas versões Pro do celular da Maçã. Nesta análise do TudoCelular vamos conferir tudo o que mudou e se vale a pena comprar o novo iPhone.

O iPhone 16 vem na mesma caixa pequena do seu antecessor e continua devendo em acessórios:

• Cabo no padrão USB-C em ambas as pontas
• Chavinha para a gaveta do SIM card
• Guia básico de uso

A primeira mudança que notará no design do novo iPhone é o seu bloco de câmeras na traseira que está menor, simétrico e mais adequado à proposta de um smartphone compacto. Em termos de tamanho e peso, não há mudanças consideráveis.

Ainda temos apenas duas câmeras, porém agora elas são alinhadas verticalmente e não mais na diagonal como antes. O corpo continua de alumínio, deixando o titânio para os modelos mais caros. A traseira é feita em vidro fosco e pode ser encontrada em cinco opções de cores: azul, verde, rosa, branco e preto.

As laterais planas possuem acabamento fosco e a parte frontal é protegida pelo Ceramic Shield, mesma versão encontrada nas variantes Pro. De acordo com a Apple, ele é duas vezes mais resistente que o vidro dos outros smartphones.

O iPhone 16 tem classificação IP68 para resistência à poeira e à água, mas vai além do mínimo especificado pelo padrão. A Apple selou todos os iPhones o suficiente para sobreviver a até 6m de profundidade por no máximo 30 minutos.

A frente do aparelho apresenta bordas mais largas que os modelos mais caros da Apple e traz o famigerado entalhe em formato de pílula que abriga a câmera selfie e os sensores do Face ID. Na lateral esquerda encontramos o Botão de Ação, enquanto do outro lado há o novo botão dedicado para a câmera.

Na parte de conectividade temos de novidade o suporte a Wi-Fi de sétima geração. O Bluetooth segue na versão 5.3, há NFC e 5G. O carregamento sem fio teve um pequeno upgrade e agora vai até 25W de potência com acessórios MagSafe.

Para quem esperava uma tela de 120 Hz no iPhone mais básico, aqui vai a primeira decepção: a Apple manteve o painel Super Retina XDR OLED de 6,1 polegadas com taxa de atualização de 60 Hz da geração passada.

É inaceitável um celular tão caro com uma tela de baixa velocidade chegando ao mercado em 2024. Mas é inegável que ainda temos um bom painel que alcança brilho forte para boa experiência fora de casa e tem suporte a HDR10 e Dolby Vision para aproveitar ao máximo os serviços de streaming.

Outra limitação é que o iPhone 16 não suporta a função de Tela Sempre Ativa, como os modelos mais caros por conta do seu painel mais limitado. Pelo menos o nível mínimo de brilho é bastante baixo, tornando o básico da Apple uma opção agradável de ser usado no escuro. Em termos de cores temos uma calibragem exemplar, assim como amplo ângulo de visão.

Há som estéreo, graças ao alto-falante de chamadas que atua como canal secundário. Ambas as saídas de som entregam o mesmo nível de potência sem distorção com o volume no máximo.

Há bom equilíbrio entre graves, médios e agudos. O novo traz um pequeno reforço de graves e brilha menos nos agudos que o modelo anterior, mas é uma diferença sutil.

O iPhone 16 traz o novo chipset A18 que está duas gerações à frente do A16 presente no iPhone 15. Além de ser mais potente, ele também é mais econômico por conta do processo de fabricação mais refinado em 3nm.

A Apple promete um ganho de 30% em processamento e até 40% de ganho em poder gráfico comparado ao modelo anterior. Aqui temos 8 GB de RAM para lidar com o multitarefas e o novo iPhone tem desempenho exemplar ao segurar tudo aberto em segundo plano e ser mais ágil no uso com vários apps.

Em benchmarks temos um ganho sutil nas pontuações, mas nada próximo do que é prometido pela empresa. No AnTuTu conseguimos uma média de 1 milhão e 500 mil pontos.

A nova GPU tem fôlego de sobra para lidar com qualquer jogo para iOS na qualidade máxima entregando os 60 fps que a tela permite. Também testamos jogos como Assassin’s Creed e Resident Evil, além de títulos mais tradicionais como PUBG e Call of Duty Mobile e tudo rodou suave.

O iPhone 16 vem com bateria de 3.561 mAh, um pequeno ganho de 200 mAh entre gerações. Com a adoção de um chip mais eficiente era esperado ver um ganho na autonomia, mas não foi bem isso que aconteceu em nosso teste.

O novo celular da Maçã rendeu 23 horas em uso moderado com alguns jogos, ficando quase 2 horas abaixo do seu antecessor. Ele também acaba perdendo para muito celular topo de linha da concorrência.

A Apple continua evitando carregador na caixa com seus celulares e usamos um compatível que precisou de 1 hora e 40 minutos para encher totalmente a bateria. Uma carga rápida é capaz de recuperar 60% da carga, o que garante pelo menos 10 horas de uso moderado.

Parte do conjunto fotográfico é o mesmo da geração anterior. O sensor principal tem resolução de 48 MP e conta com estabilização do tipo óptica. A frontal também é a mesma de antes com seu sensor de 12 MP para selfies. A novidade fica para a ultra-wide, que apesar de manter a resolução de 12 MP, traz maior abertura focal e agora adota foco automático para maior flexibilidade ao fotografar.

O iPhone mais básico continua fazendo fotos tão boas quanto antes. Ele captura bastante detalhes com imagens limpas, tem ótima faixa dinâmica, com sombras e vegetação sem perda nítida de qualidade. As cores saem mais neutras, como é padrão da Apple, mas é possível escolher entre perfis para tons mais saturados.

Principal | Ultra-wide

Assim como na geração anterior, o iPhone 16 também possui modo 24 MP para capturar mais detalhes sem pesar tanto no armazenamento. É possível usar a resolução máxima, mas o pouco ganho de nitidez não compensa o espaço extra ocupado.

Na falta de uma câmera dedicada para zoom, como há nos modelos mais caros, aqui ficamos limitados a usar o zoom digital com o sensor principal. Com o zoom em 2x, ainda temos boas imagens com pouca perda de nitidez. No entanto, ao fotografar algo muito distante terá fotos borradas e com poucos detalhes.

Zoom

A ultra-wide agrada no geral. Essa câmera registra bastante detalhes com poucos ruídos e mantendo o tom de cores da principal, assim como o mesmo nível de contraste e exposição. A melhor parte é ter foco automático, o que permite usar a ultra-wide para capturar macros com muitos detalhes registrados de pequenos objetos.

As fotos noturnas agradam, apesar de não impressionarem para a categoria. Os ruídos são contidos e o contraste poderia ser um pouco maior. As cores tendem para tons neutros como visto antes, mas o zoom digital fica mais limitado em locais com pouca luz, deixando as falhas mais aparentes.

Noturno

O iPhone 16 registra selfies tão nítidas quanto antes. As cores agradam, há faixa dinâmica ampla e tom de pele acertado garantem ótimas fotos em qualquer situação. Ele também faz boas selfies à noite, mas tende a reduzir a qualidade quando o desfoque de fundo é ativado.

Selfies

A filmadora grava em 4K a 60 fps com todas as câmeras. A qualidade é tão boa quanto a das fotos e temos estabilização que está sempre ativa e ajuda a eliminar grande parte dos tremidos. O foco é ágil e a captura de som é limpa e não sofre com excesso de ruídos de vento.

Assim como os outros lançamentos da marca em 2024, o modelo mais básico da linha também vem com iOS 18 e suporte a atualizações por cinco anos.

O novo sistema da Apple traz melhorias na customização da tela de bloqueio, Central de Controle repaginada com mais espaço para atalhos e widgets, além de maior poder de personalização dos ícones dos aplicativos.

A Ilha Dinâmica ganhou novas animações e exibe mais informações em aplicativos compatíveis. Apps nativos receberam atualização de design e outros como Calculadora e Mapas ganharam novos recursos.

A maior novidade fica para o botão dedicado para a câmera na lateral do iPhone. Ele serve como atalho e responde tanto por toque quanto por gestos. Você pode usar este botão para abrir rapidamente a câmera ou mesmo registrar uma foto espontânea.

Ao tocar duas vezes com o app de câmera aberto, surge um menu deslizante onde você tem acesso a algumas funções como Exposição, Profundidade, Zoom, Alternar entre câmeras, Estilos e outros. Para selecionar uma das opções para fazer os ajustes necessários, basta deslizar para os lados.

Comprar o iPhone 16 ou economizar e pegar o Galaxy S24? O da Samsung traz medidas similares, porém com tela um pouco maior e com taxa de atualização de 120 Hz. O iPhone é mais ágil no uso com vários apps e roda alguns jogos de console. O Galaxy ganha na autonomia de bateria e tempo de recarga, além de receber atualizações por mais tempo. Os dois competem bem em fotos e vídeos, com o S24 se destacando na filmadora que grava em 8K.

Que tal um celular compacto, mas com tela grande? O Galaxy Z Flip 6 supre bem essa necessidade com o diferencial de ser um aparelho dobrável. Ele possui tela muito maior com taxa de atualização de 120 Hz, além de tela externa com vários recursos bacanas. Seu desempenho multitarefas é inferior, mas a bateria dura mais. Ele tem câmera ultra-wide mais limitada e perde para o iPhone em selfies.

Pontos fortes

• Design minimalista para as câmeras
• Ótima experiência multimídia
• Desempenho ágil
• Ótimas câmeras

Pontos fracos

• Tela com taxa de atualização de 60 Hz
• Bateria poderia durar mais
• Tempo de recarga
• Preço salgado para poucas mudanças