
24 Junho 2014
Pouco tempo após o lançamento do smartphone Optimus G Pro no Brasil, a empresa sul-coreana trouxe uma versão mais econômica e menos parruda do dispositivo para terras tupiniquins, com o Lite em seu sufixo. O Optimus G Pro Lite é uma versão que lembra exatamente os smartphones Mini ou Lite que a Samsung faz. Por aqui, encontramos um processador Mediatek MT6577 que roda dois núcleos a 1 GHz, acompanhado de 1 GB de memória RAM, 8 GB de memória interna (com apenas 4,76 GB livres para o usuário) e uma tela com 5,5 polegadas e resolução de 540 x 960 pixels.
A caixa segue a linha de smartphones L, ou seja, menos qualidade no papelão e menor organização dos acessórios, com uma embalagem mais colorida e chamativa. Por dentro encontramos o celular deitado em um apoio que não sai do corpo de papelão de toda a caixa, manual de instruções, fones de ouvio com controle para atender ligações, cabo microUSB e um carregador de tomada com porta USB. Todos os itens soltos, sem separação física do lado de dentro.
Olhando de fora, o G Pro Lite conta com um design que lembra muito o G Pro ou até um smartphone da linha Galaxy, da Samsung, com diferença gritante para o botão que volta para a tela inicial e que funciona como indicador do LED de notificações - assim como acontece na segunda geração da linha L da mesma empresa. Na parte da frente encontramos uma tela de 5,5 polegadas e resolução de 540 x 960 pixels, densidade de pixels de 200 pixels por polegada, câmera frontal de 1.3 megapixel, sensores de luz (que não funcionam para o brilho automático da tela, que não existe) e botões do Android.
Do lado direito há o botão liga/desliga e uma alça para remover a tampa da bateria.
Em seu lado oposto, há um botão exclusivo para o QuickMemo e outros dois para controle de volume.
Acima de tudo, a LG instalou uma porta para comunicação infra vermelho (para o controle remoto universal), saída do fone de ouvido no padrão de 3,5 milímetros e um microfone secundário que também funciona como segundo microfone para captura de áudio nas gravações de vídeo - ele filma com som estéreo.
Ainda por aqui, está escondida uma caneta Stylus que não é tão funcional quanto a utilizada na linha Note da Samsung. Ela é uma caneta com ponta borrachuda, daquelas simples para qualquer tela capacitiva.
Abaixo há dois alto-falantes que reproduzem qualquer áudio em som estéreo, entrada para cabo microUSB e o microfone principal.
Nas costas, há apenas a câmera de 8 megapixels que filma em apenas 720p e um flash LED.
Abrindo a tampa, encontramos a bateria de 3.040mAh, entrada para cartão de memória de até 32 GB e chip da operadora no tamanho convencional.
O G Pro Lite segue as linhas de design que a LG escolheu para o G Pro original, com algumas pequeninas mudanças. Ele, assim como os mais recentes lançamentos da indústria do Android, é um phablet e dos bem grandes. Suas medidas são: 150,2 milímetros de altura, por 76,9 milímetros de largura e 9,4 milímetros de espessura. Tudo isso somado com 161 gramas, já com a bateria instalada, carregada e com a canetinha Stylus dentro do compartimento que a comporta.
Estes números deixam claro que não estamos olhando para um aparelho pequeno, mas que ele ainda assim não deixa muito volume no bolso da calça jeans mais justa. Isto ocorre por conta de sua pequena espessura e das bordas com uma ligeira curvatura, que também funciona como uma ótima forma de encaixar o gadget nas mãos - mesmo que ele traga uma traseira extremamente escorregadia.
A versão do Android que a LG escolheu para instalar no G Pro Lite foi o Jelly Bean 4.1.2, com uma grande quantidade de modificações que aumentam a produtividade do aparelho e não deixa a experiência pesada - alô Samsung e TouchWiz! - ou travada. Para fazer melhor uso da enorme tela, a imagem de bloqueio do dispositivo apresenta números grandes e a data ocupando quase que um terço do display, liberando certo espaço para notificações e outros recursos.
Ao todo são sete telas iniciais que podem ser recheadas de widgets e atalhos, mas que não podem ser excluídas ou então adicionadas - você fica com as sete que vê e nada mais, ou menos. Assim como em outros aparelhos da mesma marca, a LG trouxe algumas abas para o conteúdo que podem ser inseridas na tela inicial, separando apps baixados, daqueles que estão no aparelho de fábrica e de widgets. Tudo simples e de fácil aprendizado.
Da área de notificações, é possível habilitar um recurso chamado de QSlide. Com ele, é possível até duas janelas ao mesmo tempo e manter tudo visível, como se fosse a área de trabalho do seu computador. Como a tela é grande, esta funcionalidade é bastante interessante, pois há espaço para visualizar tudo que está no display - além de poder aumentar ou diminuir a transparência das janelas, para ajudar na visualização do que está na frente de que.
O QuickMemo é um app já manjado da LG e que pode ser acionado do mesmo local, ou de um botão específico que fica na parte esquerda do dispositivo. Este app funciona como uma forma de anotar algo em uma tela salva do smartphone, como desenhar o caminho que alguém deve percorrer em uma tela salva do Google Maps. O QuickMemo não é novidade, já marcou presença em outros dispositivos da empresa.
Há também o app QuickRemote, que permite o controle de praticamente qualquer aparelho eletrônico que utilize um controle remoto. Em nossos testes, controlamos uma TV da LG sem muitos passos na hora de configurar os comandos e botões. Com testes de três botões, o app já configurou todo o restante do controle remoto universal.
O controle funciona com praticamente qualquer marca de aparelho de TV já lançado, independente da marca. O problema é que há um atalho para os botões do controle remoto, na tela de notificações. Eles, junto dos atalhos de configurações e também no QSlide, tomam quase que toda a tela. Isso significa que qualquer notificação ficará para baixo, longe da visualização automática que temos ao baixar sua respectiva área. Outro ponto negativo, junto da área de notificações, é que não há opção para brilho automático da tela, independente da existência de sensores de luz na parte frontal.
Além destes apps, a LG já trouxe de fábrica um administrador de arquivos instalados, assistente de atualização do Android, gravador de voz, app de notas, tradutor instantâneo, assistente para auxílio remoto e um ótimo visualizador de textos, planilhas e apresentações, chamado de Polaris Viewr. Infelizmente apenas o visualizador está presente, onde não é possível criar e editar algum documento do documento do Word, planilha do Excel, apresentação em PowerPoint ou documento em PDF.
O navegador é o Chrome, que traz ferramentas como a sincronia de abas abertas, histórico e outros dados entre computadores, tablets e smartphones. A navegação é fluída e sem nenhum engasgo. Nesta hora, a tela grande de alta resolução mostra que é possível ler um site até mesmo quando ele está com o mínimo de zoom possível.
A LG economizou no hardware deste aparelho e isso leva pra longe o poder de fogo do seu irmão mais musculoso e mais velho, o G Pro original. Mesmo assim, ainda é possível rodar um game pesado sem - muitos - engasgos, como é o caso do nada leve Asphalt 8, da Gameloft. O jogo não rodou com o banho de texturas e gráficos extremamente detalhados, mas esta limitação permitiu que o jogo rodasse bem, sem queda brusca de frames. Jogos mais simples, como Jetpack Joyride, rodaram perfeitamente no aparelho.
O player de música é bastante competente. Faz o que promete e, finalmente LG, exibe a capa do álbum que está salva no arquivo MP3. A partir do reprodutor, é possível definir a música como toque do smartphone, apagar o MP3, ou procurar a música que está ouvindo no site do YouTube.
Já o vídeo, permite a reprodução de arquivos em até HD, ou seja, 720p (vídeos com até 1280 x 720 pixels de resolução). O player permite a inserção manual de legendas, alterar a velocidade da reprodução e até recortar um trecho do clipe, ou filme.
Junto da economia de hardware, há uma bela economia de qualidade nas imagens produzidas pelo sensor capaz de registrar fotos de até 8 megapixels. Elas são bacanas e com reprodução de cores mediana em boa quantidade de luz, mas com muito granulado e pouca quantidade de brilho entrando quando a foto é tirada com o modo noturno, sem flash.
Os vídeos seguem o padrão de qualidade das fotos. É possível gravar em até 720p, com quatro vezes de zoom digital e a qualidade da captação de áudio é bem mediana - é ok para o preço sugerido. A reprodução de cores é levemente superior aos phablets de custo médio da concorrência.
Pontos fortes
Pontos fracos
Se a ideia é de comprar um phablet que não custe muito, é a melhor escolha
Embalagem poderia vir com mais qualidade
É um phablet, dos grandes. Porém, há um bom aproveitamento de tela para não deixar o corpo tão grande assim.
A LG explica muito do que há, com dicas em quase todo o aparelho
Finalmente o aparelho reproduziu a arte do álbum. O vídeo poderia se reproduzido de forma mais fluida
Vale como um phablet que não custa muito, mas é abaixo de outros aparelhos concorrentes - mas menores.
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o LG G Pro Lite