
07 Julho 2024
A Oppo é mais uma fabricante chinesa que chegou oficialmente ao mercado brasileiro e o seu primeiro smartphone a desembarcar por aqui é o Reno 7. Ele é um modelo intermediário que briga no segmento mais acirrado ao disputar com várias fabricantes pelo melhor custo-benefício. Será que ele garante um preço mais justo pelo conjunto que alternativas na Samsung, Motorola e realme? Vamos descobrir.
O Oppo Reno 7 vem em caixa de duas cores, sendo verde por fora e preta por dentro. Além do aparelho, você encontrará os seguintes acessórios:
A Oppo decidiu apostar em design clássico para o Reno 7 ao trazer um celular com traseira plana e laterais retas. O bloco de câmeras é mais quadrado com duas delas em destaque na parte que combina com a cor do aparelho, enquanto há uma faixa preta mais fina que abriga a terceira câmera e o flash em LED.
Disponível nas cores Azul Aurora e Preto Cósmico, o Reno 7 conta com acabamento feito em plástico fosco de boa qualidade. Ele não chega a acumular marcas de dedo com facilidade e apresenta um pouco de brilho quando exposto sob luz forte para dar um apelo mais chamativo.
A Oppo faz questão de promover a resistência à água do Reno 7, mas aqui temos uma certificação mais simples, a IPX4, que garante apenas proteção contra respingos. Um diferencial bacana fica para a Luz Orbital, um aro em LED ao redor da câmera secundária que acende para informar sobre notificações e chamadas perdidas.
O Reno 7 é um aparelho fino e leve que traz leitor biométrico do tipo óptico integrado à tela. Ele fica em posição mais baixa que o ideal, mas responde bem ao mais leve toque no sensor. A moldura frontal não é das mais finas da categoria e a borda inferior possui o triplo da espessura das demais. Há entalhe em formato de furo para a câmera de selfies, ficando localizado no canto esquerdo.
Na lateral direita do Reno 7 temos o botão de energia; ficando o de controle de volume do lado oposto, onde também encontramos a gaveta tripla para dois chips e cartão microSD. Há conector para fones de ouvido na parte inferior, assim como entrada USB-C, alto-falante e microfone de chamadas. No topo temos apenas um segundo mic para captura de som estéreo.
O Reno 7 não possui conectividade 5G e nem NFC. Aqui temos um intermediário mais simples com suporte a Wi-Fi AC para redes 5 GHz e Bluetooth 5.1.
O intermediário da Oppo traz tela de 6,43 polegadas com painel OLED com resolução Full HD+ e taxa de atualização de 90 Hz. É uma boa configuração para o segmento ao qual se posiciona e ainda consegue alcançar até 180 Hz de resposta de toque da tela para aprimorar a experiência com jogos.
Um dos detalhes da tela do Reno 7 é o seu nível de brilho máximo que fica no mesmo patamar de alguns intermediários premium. O que fica devendo é suporte a HDR10 para aproveitar mais de serviços de streaming e a calibração de cores que tende para branco azulado independente de qual modo escolher.
A taxa de atualização se comporta de forma automática ao alternar a velocidade a depender do uso. Basicamente, em apps, interface e alguns jogos terá 90 Hz, enquanto ao usar a câmera, Google Maps ou reprodutores de vídeo terá 60 Hz. Também é possível travar a tela na velocidade mais baixa para economizar bateria.
Como temos apenas uma saída de som na parte inferior, ficamos limitados a áudio mono. Ele não é dos mais potentes, mas garante bom equilíbrio entre graves, médios e agudos.
O Reno 7 vem com Snapdragon 680 aliado a 6 GB de RAM. O modelo vendido no Brasil possui 128 GB de armazenamento, um tamanho comum entre intermediários e suficiente para garantir muito espaço sem precisar recorrer a cartões de memória.
O Snapdragon 680 é um hardware comum no segmento presente em aparelhos como o realme 9 e Moto G52. É possível usar parte do armazenamento para estender a RAM, mas ainda assim não foi suficiente para o Reno 7 entregar boa experiência multitarefas. Ele tende a recarregar alguns apps abertos em segundo plano, especialmente jogos.
Em benchmarks temos resultados mistos. Ele supera o Moto G52 no AnTuTu, mas fica abaixo do realme 9. E jogos? Call of Duty rodou liso na qualidade muito alta com taxa de quadros no médio e recursos extras ativados. O PUBG entregou boa fluidez com gráficos no balanceado e extras habilitados.
Enquanto celulares intermediários trazem bateria de 5.000 mAh, o Reno 7 tem apenas 4.500 mAh por conta do perfil mais fino. A boa notícia é que a boa otimização feita pela Oppo garante ao aparelho autonomia superior comparado a outros celulares com baterias maiores.
Em nosso teste padronizado chegamos perto de 30 horas de uso moderado, o que é suficiente para um dia inteiro longe de tomadas mesmo em uso mais pesado. A Oppo manda um carregador de 33W com o aparelho que demora pouco mais de uma hora para encher totalmente a bateria.
Há também tempo de recarga ágil em recargas curtas. Com 15 minutos na tomada terá um terço da bateria para usar e mais da metade com meia hora.
O conjunto fotográfico é formado por câmera principal de 64 MP, uma de desfoque com resolução de 2 MP e uma microscópica com mesma resolução. A Oppo achou melhor deixar a ultra-wide de lado e apostar em câmera capaz de capturar os pequenos detalhes. Já na parte frontal temos uma câmera com resolução de 32 MP e foco fixo.
O Reno 7 registra boas fotos com cores vibrantes, sem saturação excessiva e amplo alcance dinâmico. É possível notar um pouco de ruído nas fotos, mas é apenas perceptível quando se amplia as imagens e verá a granulação em sombras.
A boa notícia é que o modo 64 MP resolve o problema e temos imagens mais limpas, por mais que a nitidez não seja ampliada com o ganho de resolução. Há atalho para zoom de 2x que captura imagens com alta qualidade e pouca perda; realmente impressiona para um aparelho intermediário sem zoom óptico.
O Reno 7 não se destaca em locais com pouca luz. Há queda acentuada na nitidez, enquanto os ruídos ficam ainda mais evidentes. O excesso de contraste deixa as sombras muito escuras, matando seus detalhes. O modo 64 MP não chega a fazer tanta diferença, apesar de dar uma suavizada no granulado.
A câmera de desfoque faz um bom trabalho e até supera vários intermediários no efeito bem aplicado em cenários mais complexos. A câmera microscópica é interessante para quem curte registrar pequenos detalhes, mas é preciso ter paciência para acertar a distância correta e não pode tremer a mão pois a foto sai borrada facilmente.
A frontal registra boas selfies e tem desfoque bacana, apesar do modo retrato deixar algumas falhas evidentes. Selfies noturnas possuem bastante ruídos, mas será possível capturar boas fotos se ficar próximo de uma fonte de luz.
A filmadora grava a no máximo Full HD a 30 fps, seja com a traseira ou frontal. Os vídeos apresentam boa qualidade em locais bem iluminados, apesar das cores não terem a mesma saturação vista nas fotos. Há estabilização eletrônica que lida bem com tremidos e o foco é bastante ágil. A captura de som é estéreo e apresenta boa clareza e muitos detalhes.
O Reno 7 vem com Android 12 modificado pela ColorOS 12.1. O sistema flui bem e traz alguns recursos interessantes, mas não vem com uma tonelada de funcionalidades como é visto em celulares da Samsung ou Xiaomi.
Você encontrará um menu onde pode ativar o LED na traseira do aparelho, escolhendo se ele deve alertar apenas sobre ligações perdidas ou também notificações no geral. Também é possível deixar o LED ligado enquanto o celular é recarregado. Se não quiser ser incomodado pelo brilho do LED durante a noite, basta selecionar o horário em que o recurso deve ficar ativo.
É possível customizar a interface e alterar os ícones, fontes, formatos dos atalhos, animações do leitor biométrico e Always-on display. Há um menu flutuante com atalhos para vários apps, assim com aplicativos da própria Oppo que substituem os nativos do Android. Também há um gerenciador de jogos com a opção de desativar notificações para não atrapalhar sua jogatina.
O Reno 7 tem seus pontos fortes, mas chegou ao Brasil custando R$ 3 mil, o que compromete seu custo-benefício. Quais alternativas mais baratas temos no mercado nacional atualmente?
O realme 9 é uma ótima alternativa chinesa que vem com o mesmo hardware e foi até mais ágil em nosso teste de velocidade e ainda tem bateria que dura mais. Ele possui câmera de 108 MP que captura fotos mais nítidas e também possui tela AMOLED de 90 Hz com alto brilho.
Da Samsung há o Galaxy A53, que também vem com câmera de 64 MP, mas traz ultra-wide e registra melhores fotos noturnas. O modelo coreano também tem tela AMOLED com brilho forte com taxa de atualização de 120 Hz para fluidez superior, sem esquecer do som estéreo que aprimora a experiência multimídia. Ele vem equipado com Exynos 1280 que entrega desempenho superior, enquanto a bateria rende menos e demora mais para recarregar. O intermediário da Samsung ainda tem melhor resistência contra água.
O Moto G82 também é uma boa alternativa, sendo mais opção 5G, como o Galaxy A53. Aqui temos a plataforma Snapdragon 695 que traz maior poder e garante melhor desempenho comparado ao Reno 7. Na parte multimídia há tela de 120 Hz e som estéreo para boa experiência com filmes e jogos, enquanto a bateria dura menos, mas não fica tão abaixo do modelo chinês.
O preço cobrado no Brasil está bem acima do que realmente vale
Embalagem vem com potente carregador e capinha de silicone
O Reno 7 é um celular fino e leve, o que o torna confortável de segurar
A ColorOS não é uma interface lotada de recursos e responde bem aos comandos do usuário
Tela tem bom nível de brilho, mas ficou devendo um potente som estéreo
O Oppo Reno 7 é um celular bacana para o segmento intermediário e pode ser uma boa compra em promoções
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