
21 Julho 2023
E temos em mãos o Poco M4 Pro 5G, o sucessor do Poco M3 Pro 5G que fez bastante sucesso em 2021. O novo traz tela maior com melhor qualidade, câmeras aprimoradas, recarga mais ágil e som estéreo; e o melhor de tudo, ainda mantendo o preço bastante competitivo. Será que a Xiaomi definiu um novo padrão para o conceito de celular custo-benefício? Vamos descobrir.
O Poco M4 Pro vem em embalagem amarela e traz os seguintes acessórios:
A Xiaomi normalmente aposta em design único para a linha Poco, mas no M4 Pro 5G vemos que a fabricante chinesa decidiu reaproveitar parte do projeto do Redmi Note 11. Claro, algumas pequenas diferenças foram feitas para garantir a própria identidade do novo aparelho.
Um exemplo disso é o largo bloco preto que toma boa parte da traseira, indo muito além do bloco tradicional de câmeras e estampando o nome da subsidiária de forma bem evidente. Toda a carcaça é feita de plástico, mas a traseira tem um toque fosco que passa boa qualidade. O M4 Pro pode ser encontrado em três opções de cores: cinza, azul e amarela.
A tela cresceu e as bordas encolheram, mas ainda assim temos um celular um pouco maior. A câmera frontal continua alocada em furo central na tela e o vidro frontal possui a mesma proteção Gorilla Glass 3 da geração anterior.
As laterais são levemente curvas e possuem acabamento fosco para uma pegada segura. No topo há um alto-falante, microfone e emissor de infravermelho; do lado oposto há mais um alto-falante e microfone, além da entrada para fones de ouvido e USB-C. A gaveta híbrida para dois chips e microSD fica sozinha do lado esquerdo, enquanto na lateral direita há a tecla de volume e o botão de energia com biometria bastante ágil.
Na parte de conectividade não houve evolução: Wi-Fi AC para redes 5 GHz, Bluetooth 5.1, NFC e conectividade 5G.
A tela do Poco M4 Pro possui 6,6 polegadas, painel IPS LCD com taxa de atualização de 90 Hz e resolução Full HD+. O sensor de toque responde a no máximo 240 Hz, o que ajuda a ter melhor resposta nos jogos. O brilho máximo é baixo para a categoria e complica o uso fora de casa em dias ensolarados. Também não há suporte a HDR.
Os pontos em que houve avanço foi na calibração de cores, muito mais precisa do que vimos no Poco M3 Pro, e o maior contraste que garante preto mais profundo, mas ainda não no nível de uma tela AMOLED. A atualização dinâmica da tela reduz para 50 Hz em conteúdo estático, o que ajuda a economizar um pouco de bateria.
O som estéreo é uma boa adição comparado ao som mono do antecessor. Temos três saídas de som no total, incluindo o alto-falante de chamadas e os dedicados em cada extremidade do aparelho. Isso contribui para entregar um som potente, mas a qualidade sonora poderia ser melhor. Os graves saem abafados e os médios são quase inexistentes, especialmente com o volume no máximo.
De qualquer forma, o Poco M4 Pro ainda é uma boa pedida para quem curte ver filmes no celular, pois terá uma boa imersão.
O Poco M3 Pro não era de impressionar em desempenho com o Dimensity 700 e agora com o Dimensity 810 temos o salto esperado em velocidade? A boa notícia é que o novo é mais rápido, mas ainda não chega a impressionar para a categoria. Ele tende a recarregar aplicativos abertos na RAM com frequência, especialmente jogos.
Em benchmarks temos números dentro da média com o M4 Pro chegando próximo dos 300 mil pontos no AnTuTu, o que resulta em um salto de 15% comparado ao antecessor. E jogos?
No Call of Duty tivemos bom desempenho com os gráficos no médio e filtros desativados. No PUBG foi possível boa fluidez na opção HD com o anti-aliasing ativado em 2x. A tela de 90 Hz pode até não ser bem aproveitada em todos os jogos, mas a resposta do sensor mais ágil faz diferença.
A Xiaomi decidiu não mexer na bateria de 5.000 mAh e a autonomia segue a mesma de antes. O M4 Pro é capaz de render o dia todo mesmo na opção de tela em 90 Hz e fica acima de muitos rivais neste aspecto.
A evolução mesmo fica para o tempo de recarga graças ao novo carregador mais potente que vem na caixa, entregando no máximo 33W. Agora é preciso esperar pouco mais de uma hora para ter a bateria em 100%.
Precisa dar uma carga rápida antes de sair de casa? Terá quase 30% recuperado em 15 minutos na tomada ou metade da bateria em meia hora, o que já rende bastante.
Em câmeras tivemos boas mudanças: a Xiaomi trocou as câmeras macros e de desfoque do anterior por uma ultra-wide. Você pode pensar que ter apenas duas câmeras é inferior ao modelo de antes com três, mas o que importa é que a nova câmera é muito mais útil.
A principal agora tem sensor de 50 MP, que virou o novo padrão em celulares intermediários, sendo o mesmo encontrado no Redmi 10 e realme 8i. As fotos capturadas apresentam boas cores, contraste sem exagero e alcance dinâmico dentro do esperado para a categoria.
A nitidez pode não impressionar, mas os ruídos são quase inexistentes quando há boa luz. E se você curte cores mais saturadas, há um atalho para a IA que turbina a imagem a depender do cenário. Também há um atalho para zoom de 2x, mas ele é puramente digital e acaba cortando e esticando a imagem, o que reduz ainda mais a nitidez.
A ultra-wide realmente se destaca para um celular desta categoria, com imagens ricas em detalhes, com cores vibrantes, poucos ruídos e sem distorção aparente nas bordas. As fotos saem um pouco mais escuras devido à menor abertura focal desta câmera e isso fica bastante nítido à noite, mas ainda chega a ser usável.
É aqui onde fica claro que uma câmera dedicada para desfoque é inútil. Mesmo sem um sensor dedicado para isso, o Poco M4 Pro faz um ótimo recorte com poucos erros e efeito acima da média. Já para macros temos uma maior limitação por falta de foco automático na ultra-wide.
A câmera frontal subiu de 8 para 16 MP. Temos o mesmo sensor usado em celulares mais caros da Xiaomi e a qualidade realmente empolga para a categoria. Podem não ser as selfies mais nítidas que você verá, mas as cores, contraste e alcance dinâmico são ótimos. O modo retrato é bacana, apesar de ter algumas falhas visíveis.
O Poco M4 Pro 5G consegue gravar vídeos apenas em Full HD. Com a principal será possível filmar a 60 fps, mas terá que abrir mão da estabilização eletrônica. Demais câmeras ficam limitadas a 30 fps, incluindo a frontal. A qualidade dos vídeos é boa, mas o foco poderia ser mais ágil e a captura de som menos abafada.
O Poco M4 Pro 5G ainda está com Android 11 e MIUI 12.5. Para piorar, o pacote de segurança ainda é do ano passado, mostrando um atraso de vários meses. Fica claro que a Xiaomi não dá muita atenção para este modelo, então se você se importa com atualizações do sistema, esteja ciente que ficará para o fim da fila.
A tela vem por padrão em 60 Hz, então para ter maior fluidez com as animações da interface vale a pena mudar para 90 Hz e sacrificar um pouco de bateria. Os recursos são os mesmos de outros da linha Poco, sendo possível estender a RAM para melhorar o desempenho.
O Poco M4 Pro é uma melhor escolha que intermediários 5G da Samsung e Motorola? O Galaxy A52s tem melhor tela e desempenho, mas perde por pouco em bateria e tempo de recarga.
Se busca uma alternativa no mercado local na mesma faixa de preço do M4 Pro importado, então o Moto G50 seria uma opção. Ele tem desempenho um pouco melhor no multitarefas e sua bateria dura quase o mesmo. O que decepciona é a falta de som estéreo e as câmeras mais limitadas.
Tem um custo-benefício interessante para o modelo importado
Embalagem traz capinha de silicone e adesivos da Poco, mas nada de fone de ouvido
É um celular grande e escorregadio, mas pelo menos vem capinha na caixa
É a mesma MIUI presente em outros da Poco com boa fluidez graças às animações ágeis
Tela e som são decentes, mas poderia ter brilho mais forte e áudio mais equilibrado
O Poco M4 Pro 5G tem bom conjunto, mas não se destaca diante rivais
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Poco M4 Pro 5G