
10 Novembro 2023
Temos em mãos o Redmi Note 11 Pro em sua versão 5G para analisar tudo o que ele tem de bom e ruim e saber se vale o investimento. É bom lembrar que este que estamos em mãos é a versão global, enquanto há a variante indiana chamada de Redmi Note 11 Pro Plus 5G e o modelo chinês Poco X4 Pro 5G, sendo todos idênticos nas especificações técnicas, mas com pequenas mudanças no design.
O Redmi Note 11 Pro 5G vem em caixa branca com nomes na cor dourada. Além do celular, você recebe os seguinte acessórios:
E por falar em design, é bom lembrar que a Xiaomi também lançou a versão 4G do Redmi Note 11 Pro na China, que tem mesmo visual por fora, mas vem com hardware da MediaTek ao invés do Snapdragon da Qualcomm. Pois é, a gigante chinesa adora fazer essa confusão na cabeça dos consumidores todos os anos. Então tenha cuidado para não comprar o modelo errado.
O design está mais atual comparado ao antecessor e segue o mesmo adotado nos demais da linha Note 11. O bloco de câmeras se divide em dois na traseira com a principal sendo maior que as demais. As laterais são feitas de plástico e a traseira é de vidro, ambas com acabamento fosco.
O Redmi Note 11 está ainda mais plano que o antecessor, seja nas laterais ou traseira, o que pode passar a sensação de maior desconforto inicialmente. As medidas não sofreram mudanças consideráveis, apesar do novo ser um pouco mais pesado. A tela tem proteção Gorilla Glass 5 e a certificação IP53 foi mantida para proteção contra respingos.
A frente exibe poucas bordas e furo central para a câmera de selfies. Na lateral direita encontramos a tecla de volume e o botão de energia com leitor biométrico incorporado. Ele fica sempre ativo e reconhece rapidamente a sua digital ao mais leve toque. No topo do celular encontramos a entrada para fones de ouvido, uma saída de som, um microfone e o emissor de infravermelho. A parte inferior abriga outro alto-falante, um segundo microfone, entrada USB-C e a gaveta híbrida para chips e microSD.
Na parte de conectividade não há novidades comparado ao antecessor e temos aqui Wi-Fi no padrão AC para redes 5 GHz, Bluetooth 5.1 e NFC. O destaque para esse modelo fica para o suporte a 5G.
A Xiaomi decidiu não mexer em time que está ganhando e traz no Redmi Note 11 Pro a mesma tela AMOLED fabricada pela Samsung do modelo anterior. É um painel Full HD de 120 Hz com brilho forte, que exibe cores vibrantes e tem amplo ângulo de visão. Só faltou ter suporte a HDR10 para uma experiência completa.
A calibração nativa tende para tons mais frios, porém é possível alterar a temperatura das cores nas configurações. O painel vem por padrão no modo 60 Hz, sendo possível travá-lo em 120 Hz, mas sem opção de taxa dinâmica, então espere uma queda considerável na autonomia se fizer questão de maior fluidez no uso.
A parte sonora do Redmi Note 11 Pro impressiona para a categoria, não apenas pela potência acima da média, mas por ter excelente equilíbrio entre graves, médios e agudos. O Redmi Note 10 Pro também mandava bem neste ponto, porém a Xiaomi conseguiu melhorar ainda mais, sendo agora possível notar mais detalhes nos médios e com notas altas mais nítidas.
Há ainda suporte a Dolby Atmos compatível com os apps nativos da MIUI, assim como vídeos em serviços de streaming. O recurso ajuda a deixar o som mais tridimensional e pode fazer uma boa diferença a depender do que você estiver assistindo.
O Note 11 Pro vem equipado com Snapdragon 695, uma plataforma mais recente do que o Snapdragon 732G presente no antecessor, sendo o mesmo hardware encontrado no Moto G71 da Motorola. O modelo que testamos possui 6 GB de RAM e foi capaz de segurar muitos apps abertos em segundo plano e entregar um bom resultado em nosso teste de velocidade.
Ele foi um pouco mais rápido que o seu grande rival da Motorola e também ficou um pouco acima em testes de benchmarks. No AnTuTu tivemos média de 370 mil pontos para o Note 11 Pro, o que representa um salto de 30% comparado ao antecessor.
Pudemos jogar Call of Duty na qualidade Alta com boa fluidez, mas sem os filtros extras ativados. No PUBG conseguimos bom desempenho na opção HDR com o antialising em 2x. Jogos mais casuais rodaram a 120 fps, mostrando que uma tela de 120 Hz fez falta no rival da Motorola que roda esses mesmos jogos a 60 fps por causa da tela de apenas 60 Hz.
A bateria possui 5.000 mAh e foi suficiente para mais de 28 horas de uso em nosso teste padronizado, o que coloca o Redmi Note 11 Pro entre os melhores. Mas tenha em mente que o teste foi realizado em modo 60 Hz, como ele vem por padrão. Ao mudar para 120 Hz terá uma queda considerável e deve render o mesmo que o seu antecessor, o que ainda é muito bom.
A Xiaomi dobrou a potência do carregador que vem junto com o celular; no Redmi Note 11 Pro temos 67W, o que faz o aparelho ir de 0 a 100% em apenas 49 minutos. É realmente notável ver intermediários com recarga mais rápida que alguns top de linha que chegam a custar quatro vezes mais.
A recarga rápida garante 40% da bateria com apenas 15 minutos na tomada e chega a 71% com 30 minutos de espera.
O conjunto fotográfico do Redmi Note 11 Pro é bastante familiar. As câmeras principal e ultra-wide são as mesmas do seu antecessor, enquanto a macro sofreu cortes e agora tem resolução de apenas 2 MP e perdeu o foco automático. A Xiaomi decidiu cortar o sensor de profundidade nesta geração, enquanto a frontal é a mesma de 16 MP do Note 10 Pro.
O antecessor registrava boas fotos e o novo segue o mesmo, o que já era esperado. O Note 11 Pro é o tipo de celular que não impressiona em riqueza de detalhes ou captura cores realistas, mas acaba suprindo bem a necessidade daqueles que apenas publicam fotos nas redes sociais. Agora se você é do tipo que amplia as imagens e curte editá-las profundamente, ficará decepcionado com a baixa nitidez para um sensor de 108 MP.
Há atalho para zoom de 2x que amplia a foto tirada pelo sensor principal e depois corta as bordas. O resultado é apenas decente e temos fotos com ruídos mais evidentes e falhas aparentes.
A ultra-wide é mais limitada e sofre para registrar pequenos detalhes, tem cores mais apagadas e sofre bastante em locais escuros. É melhor ficar limitado a usar apenas a câmera principal que captura boas imagens à noite e não tem um modo noturno muito agressivo que prolongue demais a exposição e deixe as fotos cheias de ruídos.
A câmera macro tem as mesmas limitações de celulares de entrada da Xiaomi e possui foco fixado em 4 cm. É uma pena que o sensor melhor do antecessor com foco automático tenha sido cortado neste.
O Note 11 Pro faz boas selfies e acerta no tom de pele e cores no geral. As fotos saem um pouco suavizadas por conta do sensor simples e do pós-processamento agressivo que tenta reduzir ao máximo os ruídos. Pelo menos as selfies não saem tão granuladas à noite, apesar da nitidez ser reduzida. O modo retrato faz um bom desfoque e apresenta poucos erros.
A filmadora grava com qualidade decente e a frontal segue limitada à resolução Full HD como é padrão da Xiaomi. Há estabilização eletrônica que consegue filtrar bem os tremidos e não compromete o foco. A qualidade das filmagens é boa durante o dia, mas os vídeos ficam bastante escuros à noite. A captura de áudio é estéreo e tem qualidade decente.
O Note 11 Pro sai da caixa com MIUI 12.5 baseada no Android 11 e até o momento em que testamos o aparelho ele ainda não tinha recebido a nova interface baseada no Android 12. Para piorar, o pacote de segurança ainda estava no de outubro de 2021, o que mostra que a Xiaomi não vem se importando em manter seu intermediário em dia.
Por padrão, ele reserva 2 GB de armazenamento para estender a memória RAM. Talvez isso tenha ajudado o aparelho a segurar os apps abertos e ter alcançado um bom resultado em nosso teste de velocidade, já que outros da Xiaomi com os mesmos 6 GB falharam em segurar os aplicativos em segundo plano.
O software é o mesmo de outros recentes lançamentos da marca com muitos recursos e boa resposta com engasgos esporádicos.
O Redmi Note 11 Pro 5G é um celular bacana, mas que tem preço bastante salgado no Brasil e acaba compensando mais investir em rivais da Samsung ou Motorola.
Do lado da coreana temos o Galaxy A72, que até pode perder em desempenho multitarefas, mas empata em bateria e tem câmeras melhores. Enquanto a Xiaomi não se importa com as atualizações do seu intermediário, a Samsung vem com a promessa de updates por muitos anos para o A72.
Da Motorola há o G71 com mesmo chipset, mas tem tela de apenas 60 Hz e som mono. Pelo menos fica próximo em desempenho e tem melhor bateria. As câmeras do G71 podem não impressionar, mas estão no nível do rival chinês.
O Redmi Note 11 Pro 5G é um bom celular, mas o preço salgado torna a compra complicada
Embalagem vem com capinha de silicone, mas nada de fone de ouvido
É um celular grande e escorregadio, mas pelo menos vem capinha na caixa
É a mesma MIUI 12.5 presente em outros aparelhos da marca
A tela AMOLED tem boa qualidade e brilho alto, além de som estéreo potente
O Redmi Note 11 Pro 5G poderia ter câmeras melhores, mas é um bom celular no geral
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Redmi Note 11 Pro 5G