Como é padrão da Xiaomi na linha Redmi Note, sempre temos vários smartphones com todo tipo de configuração para alcançar o maior público possível. Este ano não poderia ser diferente e entre os vários lançamentos temos o Redmi Note 12 4G como a opção mais básica. A Xiaomi também lançou uma variante 5G com preço similar, o que pode acabar dificultando ainda mais na hora escolha. E para te ajudar a acabar com suas dúvidas, o TudoCelular preparou essa análise completa para conferirmos os pontos fortes e fracos do Redmi Note 12 4G.

O Redmi Note 12 4G vem em caixa clara com a ilustração do aparelho na tampa. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:

• Carregador com 33W de potência
• Cabo USB no padrão C
• Guia do usuário
• Capa transparente de silicone
• Chavinha da gaveta do SIM Card

As duas versões do Redmi Note 12 são bem parecidas quando se olha de frente. Temos furo para a câmera de selfies no topo e borda mais larga abaixo da tela. Eles são do mesmo tamanho, com espessura e peso similares.

A traseira traz algumas diferenças para ajudar a reconhecer o aparelho na hora da compra. O Redmi Note 12 4G tem design mais plano, tanto na traseira quanto nas laterais. Apesar de ambos contarem com conjunto fotográfico triplo, a disposição dos sensores e flash muda entre as duas versões.

O acabamento na traseira e laterais é feito em plástico fosco, o que ajuda na ergonomia para tornar o celular menos escorregadio. Há certificação IP53, o que garante resistência contra respingos d’água e poeira. O vidro frontal vem com proteção Gorilla Glass 3, o que pode parecer defasado, mas ainda é comum intermediários básicos sem qualquer resistência a riscos.

O Redmi Note 12 4G foi lançado nas cores preta, verde e azul. Esta última é a que testamos e por ser um tom claro não vemos a traseira acumular marcas de dedo com facilidade. A pintura em todas as opções de cores possui efeito metalizado que tenta imitar metal e passa a sensação de celular premium.

A Xiaomi segue mantendo a entrada padrão para fones de ouvido, pelo menos nos celulares mais baratos. Aqui encontrará o plug P2 no topo, juntamente com o emissor de infravermelho. Há gaveta tripla na lateral esquerda que permite usar dois chips e um cartão microSD ao mesmo tempo. O leitor biométrico vem integrado ao botão de energia na lateral direita e funciona bem.

Em conectividade temos Wi-Fi de quinta geração com suporte a redes de 5 GHz e Bluetooth 5.0. Existem duas variantes do Redmi Note 12 4G, com a diferença que uma tem NFC e a outra não. Isso acaba mudando por cada região, então fique atento na hora de comprar ou importar.

Tanto o Redmi Note 12 4G quanto 5G trazem a mesma tela AMOLED de 6,67 polegadas com resolução Full HD+ e taxa de atualização de 120 Hz. É bom ver que a Xiaomi não economizou em tela e temos um display capaz de alcançar alto nível de brilho, superando muito celular intermediário caro.

Ficou faltando suporte a HDR para tirar melhor proveito de serviços de streaming, mas para a faixa de preço do aparelho, não podemos reclamar da ausência. Também ficou faltando um modo automático para a taxa de atualização que dá apenas duas opções ao usuário: deixar a tela sempre a 60 Hz para economizar bateria ou travar em 120 Hz para melhor fluidez.

A calibração nativa não é das melhores, as cores saturadas possuem uma tendência para tons frios que deixa o branco e cinza com aspecto azulado. A boa notícia é que há o perfil Padrão que corrige grande parte do problema. De resto, temos uma tela com bela imagem, contraste profundo e amplo ângulo de visão.

Se a Xiaomi caprichou na tela, não podemos dizer o mesmo da parte sonora. Há apenas uma saída de som na parte inferior do aparelho. A potência máxima é boa, porém está abaixo do antecessor. Falta um pouco de graves, enquanto agudos e médios estão dentro do aceitável. Ficou faltando também um equalizador completo com suporte a Dolby Atmos.

O intermediário da Xiaomi estreia o Snapdragon 685, um hardware recente lançado no começo de 2013 que entrega desempenho similar ao Snapdragon 480 Plus, sendo a maior diferença entre os dois a conectividade 5G. O modelo que testamos possui 4 GB de RAM, porém é possível encontrar o Redmi Note 12 com até 8 GB de memória.

Talvez seja melhor investir em versões com mais RAM, já que o mais básico sofre para segurar muitos apps abertos e foi um pouco lento em nosso teste de velocidade. Em benchmarks temos números dentro do esperado para o segmento com média de 250 mil pontos no AnTuTu.

Testamos Call of Duty no Redmi Note 12 e tivemos bom desempenho na qualidade gráfica Alta com taxa de quadros no Médio. É até possível usar o anti-aliasing, mas demais extras ficam desativados. No PUBG é possível ter uma boa experiência na opção Balanceada com tudo ativado.

O Redmi Note 12 vem com bateria de 5.000 mAh. Colocamos à prova sua autonomia em nosso teste padronizado que simula uso moderado com alguns jogos inclusos. O intermediário da Xiaomi foi muito bem ao passar das 28 horas de autonomia, o que indica que ele é capaz de sobreviver dois dias longe de tomadas em uso leve.

Ele vem com carregador de 33W na caixa. Esta é uma boa potência para o tamanho de bateria e está acima de muito celular do segmento. O resultado disso é que ele demora pouco mais de 1 hora para ter sua bateria completamente cheia, enquanto há muito celular intermediário que leva o dobro do tempo.

Mesmo que você esteja com pressa e faça uma carga rápida de 15 minutos terá 30% da bateria recuperada, o que já é suficiente para muitas horas de uso. Com meia hora na tomada será capaz de ter mais da metade da bateria.

No conjunto fotográfico temos uma câmera de 50 MP acompanhada de uma ultra-wide de 8 MP e macro de apenas 2 MP com foco fixo. É um conjunto bem simples, porém até melhor que outros do segmento que deixam a ultra-wide de lado.

A câmera principal captura imagens dentro do esperado para a categoria. O Redmi Note 12 4G consegue boas fotos desde que você tenha iluminação favorável. Nitidez e detalhes estão dentro do esperado, assim como as cores próximas da realidade acabam agradando. O que poderia ser melhor é a faixa dinâmica e o HDR limitado que não resolve o problema de excesso de luz de fundo.

Principal | Ultra-wide

O contraste está um pouco além do ideal e isso acaba destruindo os detalhes de sombras. Esse problema é ainda mais agravado quando usamos a ultra-wide. Essa câmera traz um sensor mais simples e com isso apresenta nitidez inferior, além de ter ruídos mais visíveis mesmo em fotos diurnas. Pelo menos as cores estão a par da câmera principal.

O zoom digital é bastante limitado e conseguirá fotos decentes se não tentar fotografar algo muito distante. O mesmo podemos dizer da câmera macro que dificilmente registra uma boa imagem. O desfoque é feito via software e apresenta bons resultados, mesmo em cenários mais complexos.

Zoom

Macro

Não espere muito das fotos tiradas à noite com o Redmi Note 12. A faixa dinâmica fica ainda mais limitada, a nitidez é comprometida e o contraste continua exagerado. Há modo noturno que resolve parte do problema, mas ao prolongar a exposição para capturar mais luz, vemos que os ruídos ficam bem aparentes.

Noturno

A câmera frontal traz um sensor simples de 13 MP e faz selfies decentes em boa situação de luz. Assim como a câmera principal, essa também sofre para lidar com excesso de luz. À noite será comum ter selfies borradas, então é preciso ter um pouco de paciência.

Selfies

A filmadora fica limitada à resolução Full HD a 30 fps com a câmera principal, ultra-wide e frontal. Há estabilização eletrônica para lidar com tremidos e a qualidade geral é decente em filmagens diurnas. A câmera do Redmi Note 12 sofre bastante para gravar à noite e captura vídeos bastante escuros. O som registrado é estéreo e tem qualidade mediana.

O Redmi Note 12 4G vem com Android 13 modificado pela MIUI. A Xiaomi é completamente aleatória com a versão sistema, já que testamos recentemente celulares mais caros que ainda estão com Android 12. Então é bom ver que este está menos defasado que os demais.

A interface desse modelo vem com alguns recursos a menos, como o equalizador mais simples. Porém, há toda a parte de customização com direito à lojinha da Xiaomi. A tela vem configurada por padrão em 60 Hz com foco em economizar bateria. O sistema rouba por padrão 2 GB do armazenamento para expandir a RAM. Você pode tomar até 4 GB de memória, mas não espere que isso deixe o celular mais rápido.

O Redmi Note 12 é o melhor celular 4G do segmento? Da Motorola temos o Moto G23 que vem com tela IPS LCD de 90 Hz, perdendo em brilho e fluidez. Para compensar há som estéreo com suporte a Dolby Atmos. O intermediário da Motorola é mais ágil e um pouco melhor em câmera. O da Xiaomi ganha em bateria e tempo de recarga.

Da Samsung há o Galaxy A24 que também traz tela AMOLED como seu rival, porém com taxa de atualização de apenas 90 Hz. O Galaxy também peca por ter som mono, mas compensa com melhor desempenho, maior autonomia de bateria e câmeras superiores ao fotografar à noite.

Pontos fortes

• Tela de 120 Hz com brilho forte
• Bateria dura muito
• Rápido tempo de recarga
• Faz boas fotos diurnas

Pontos fracos

• Som apenas mono e abaixo da média
• Desempenho fraco para o segmento
• Frontal sofre para selfies noturnas