29 Agosto 2024
O Redmi 12 chegou recentemente ao mercado como a mais nova opção acessível da Xiaomi. Ele chega com visual reformulado para se alinhar com o queridinho Redmi Note 12, mas economiza em alguns pontos para cobrar um preço mais baixo. Será que o Redmi 12 é a melhor compra? Vamos descobrir.
O Redmi 12 4G vem em caixa clara com a ilustração do aparelho na tampa. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:
- Carregador com 22,5W de potência
- Cabo USB no padrão C
- Guia do usuário
- Capa transparente de silicone
- Chavinha da gaveta do SIM Card
A Xiaomi caprichou no design e acabamento do Redmi 12. Ele é um celular com visual moderno e minimalista que deixa de lado aquele bloco de câmeras e traz os sensores de forma independente. Além disso, o celular é praticamente plano, o que está alinhado com a tendência atual do mercado.
A parte mais interessante é que o Redmi 12 vem com traseira em vidro, enquanto muitos celulares mais caros da Xiaomi ainda trazem corpo de plástico. Esse pequeno diferencial passa mais requinte para um aparelho que vai se destacar no segmento de entrada.
Outra diferença está na parte frontal. Enquanto muitos celulares de entrada ainda trazem entalhe em formato de gota, aqui temos um pequeno furo no topo para a câmera de selfies. As bordas também são mais finas do que normalmente vemos nessa categoria. As laterais são feitas em plástico fosco com pintura metálica e também são planas.
Esse que testamos é na cor azul. Também encontrará o Redmi 12 nas cores prata e preta. Há certificação IP53 para resistência contra respingos e poeira. Poder não ser o desejado para todos, mas já é melhor que muitos básicos que não possuem qualquer proteção.
Cada câmera na traseira vem envolta por um aro cromado, sempre na mesma cor independente de qual tonalidade do aparelho escolher. Há flash duplo em LED e uma pequena menção ao recurso de inteligência artificial estampado na traseira.
No topo temos a entrada para fones de ouvido e emissor de infravermelho. Do lado esquerdo a gaveta híbrida para dois chips e um microSD. O leitor biométrico vem integrado ao botão de energia, que pode não ser dos mais ágeis, mas funciona bem.
O Redmi 12 não é um celular 5G. Ele traz Wi-Fi de quinta geração para redes 5 GHz e Bluetooth 5.3. Assim como em outros celulares de baixo custo da Xiaomi, também existem duas versões do Redmi 12: uma com e outra sem NFC.
O Redmi 12 traz uma tela gigante de 6,8 polegadas, enquanto 6,5 polegadas normalmente é o padrão do segmento. Neste modelo temos um painel LCD com taxa de atualização de 90 Hz com brilho decente quando no modo manual, porém não tão brilhante ao deixar no automático.
Como é um painel de entrada, não espere por suporte a HDR ou qualquer tecnologia avançada que turbine a qualidade da imagem. A boa notícia é que o nível de contraste está acima da média, o que garante cores vívidas com preto bem definido. O ângulo de visão é amplo e garante boa visibilidade de qualquer posição.
O perfil nativo de cores não é dos mais apurados, porém há uma outra opção que resolve o problema e elimina o tom azulado da cor branca. A taxa de atualização vem em modo dinâmico por padrão que alterna entre 60 e 90 Hz a depender da demanda.
O som do Redmi 12 é apenas mono, o que é decepcionante se lembrarmos que modelos anteriores da linha vieram com áudio estéreo. A potência está abaixo de outros do segmento e a qualidade sonora também não empolga com médios praticamente inexistentes.
O básico da Xiaomi vem equipado com o Helio G88, um hardware antigo da MediaTek lançado em 2021 e que tem processo de fabricação defasado, o que deve afetar o rendimento da bateria. E o desempenho?
Ele não foi dos mais rápidos em nosso teste de velocidade focado no multitarefas e ficou abaixo de muitos que testamos do mesmo segmento. O grande problema da Xiaomi está no gerenciamento de RAM falho que sofre para manter os apps abertos em segundo plano. Em benchmarks também não temos números surpreendentes no AnTuTu e ficamos na média dos 200 mil pontos.
E jogos? Testamos Call of Duty e tivemos bom desempenho na qualidade média com anti-aliasing ativado. No PUBG é possível jogar em HD com tudo ativado.
O Redmi 12 vem com bateria de 5.000 mAh, mesmo tamanho que encontramos na maioria dos modelos do segmento. A má notícia é que o hardware antigo aliado à tela grande acabou pesando no rendimento e tivemos autonomia abaixo da média.
Em nosso teste padronizado conseguimos alcançar 23 horas de duração em uso moderado com alguns jogos inclusos. Para muitos deve ser suficiente para um dia inteiro de uso, especialmente para aqueles que não jogam com frequência.
Ele vem acompanhado de um carregador de 22,5W na caixa que leva mais de 2 horas para recarregar. É curioso ver a Xiaomi incluir um carregador com tal potência, sendo que o celular não tem suporte para isso e acaba limitando a carga. Com 15 minutos na tomada ele recupera apenas 16% e chega a 29% em meia hora.
E por fim, temos o conjunto fotográfico. O Redmi 12 traz três câmeras na traseira com a principal incluindo um sensor de 50 MP, a secundária um de 8 MP com lente ultra-wide e uma terceira de 2 MP para macros.
O Redmi 12 pode não ter as melhores câmeras da categoria, mas consegue capturar boas fotos em dias ensolarados. Há nitidez decente, assim como contraste na medida para garantir cores vibrantes. O problema fica na faixa dinâmica limitada e o HDR que nem sempre ajuda a reduzir o excesso de luz de fundo.
Principal | Ultra-wide
Celulares básicos nunca empolgam com fotos registradas com a câmera ultra-wide. Apesar de termos um sensor simples de 8 MP, até que o Redmi 12 faz boas imagens com pouca perda de qualidade comparada à principal. Apenas o contraste mais exagerado deixa as sombras mais escuras, mas ainda temos ótimas cores.
Essa câmera mais ampla sofre bastante em locais escuros, como é de se esperar de um sensor simples. O Redmi 12 conta com modo noturno dedicado na câmera principal que ajuda a deixar as fotos mais claras, em troca de ruídos mais evidentes. É uma pena que este modo não esteja disponível na câmera secundária.
Noturno
O zoom é puramente digital e a Xiaomi incluiu dois atalhos no aplicativo para zoom em 2x e 5x, com esse segundo apresentando grande queda na nitidez, o que torna as imagens capturadas dispensáveis. A câmera macro peca em definição por conta do sensor de baixa resolução e não há foco automático. O desfoque é feito via software e deixa falhas bastante aparentes.
Zoom
Macro
A câmera frontal vem com sensor de 8 MP e faz selfies bacanas em locais bem iluminados, mas poderia ter um pouco mais de contraste. À noite terá fotos com nitidez inferior e ruídos mais aparentes, mas nada que tornem as selfies descartáveis. O desfoque de fundo apresenta bom efeito.
Selfies
A filmadora grava em Full HD com a câmera traseira e frontal. A qualidade dos vídeos é decente, porém não há estabilização para lidar com os tremidos. O foco é ágil para a categoria, mas a captura de som é apenas mono e peca em detalhes. A ultra-wide sofre para filmar à noite e faz vídeos bastante escuros.
O Redmi 12 sai da caixa com Android 13 modificado pela MIUI 14. O software vem com boa parte dos recursos vistos em modelos superiores, porém aqui temos menos opções para não pesar no hardware mais simples.
A Xiaomi vem prometendo pelo menos duas atualizações do Android em seus celulares mais básicos, então podemos esperar ver o Android 15 algum dia nesse aparelho e atualizações de segurança até 2027.
Há o recurso de extensão de RAM que por padrão usa 2 GB do armazenamento para aprimorar o multitarefas, mas como visto em nosso teste de velocidade não adiantou muita coisa. É até possível roubar 4 GB de memória interna para ter um total de 8 GB de RAM. Só não espere por milagres no desempenho.
Esperava mais do Redmi 12? Se não faz tanta questão de ter um celular de 2023, o Moto G32 pode ser uma boa alternativa. Ele vem com o mesmo conjunto fotográfico e também faz boas fotos com a filmadora capturando som mais limpo. Ele entrega desempenho multitarefas mais ágil, sua bateria dura mais e recarrega mais rápido, enquanto há som estéreo para melhor experiência multimídia.
Se busca uma alternativa 5G com preço próximo, vai encontrar o Galaxy A14. Ele também vem com câmera de 50 MP e faz fotos melhores. Seu desempenho é mais ágil e a bateria dura mais. O conjunto multimídia não apresenta um grande avanço, já que o som também é limitado. Por outro lado, vem com software mais completo e também receberá várias atualizações.
Pontos fortes
- Design caprichado e traseira em vidro
- Tela grande com bom brilho e cores
- Registra boas selfies
Pontos fracos
- Som mono pouco potente
- Desempenho abaixo da média
- Bateria poderia ser melhor
- Lento tempo de recarga
O custo-benefício é inferior a rivais da Samsung e Motorola, mas é um celular com bons atrativos
Embalagem vem com capinha de silicone e carregador com boa potência
É um celular grande e escorregadio, mas pelo menos vem capinha na caixa
MIUI 14 flui bem apesar do gerenciamento de RAM decepcionante; recursos são os mesmos de outros lançamentos recentes da Xiaomi
A tela LCD tem boa qualidade e brilho alto, porém deixa a desejar na parte sonora
O Redmi 12 não traz muitas novidades comparado ao Redmi 10 de 2021
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Redmi 12