
10 Julho 2014
Nas prateleiras de lojas, nós encontramos uma centenas de smartphones que contam com o sistema operacional Android. Dificilmente eles agregam alguma função extra para a parte externa. A LG aposta sozinha no 3D sem óculos, por exemplo, e a Samsung resolveu lançar um aparelho da linha Galaxy que traz consigo um pequenino, mas potente, projetor.
Por dentro o aparelho não é dos mais potentes, ele conta com um processador Cortex A9 de dois núcleos, rodando a 1 GHz cada, acompanhado de 768 MB de memória RAM e 8 GB de memória interna para o usuário. Porém, o foco aqui é o projetor de 15 lumens, em um só LED. Será que vale a pena?
A caixa é pequena, e conta com o aparelho deitado, deixando de lado os recursos mais tradicionais e apontando exatamente para o projetor. A única foto do gadget de pé está em sua lateral. Abrindo o pacote, encontramos o aparelho, dua baterias de 2.000mAh, um carregador de tomada com porta USB, cabo microUSB, carregador exclusivo para a bateria - como nos celulares antigos, que carregavam a bateria do lado de fora - e fones de ouvido intra uriculares.
Este smartphone não é o mais fino e leve que a Samsung já produziu, mas devemos lembrar que ela conseguiu instalar um projetor dentro de um celular, sem aumentar muito o espaço que o celular ocuparia sozinho. Na frente a empresa colocou uma tela TFT de 4 polegadas, com 800 x 480 pixels de resolução - aproximadamente 233 pontos por polegada de densidade de pixels. Junto da tela, encontramos o botão de home, físico, dois virtuais para voltar e menu, o alto-falante e a câmera frontal de 1,3 megapixel.
Na parte superior há apenas o projetor, que toma conta de quase metade de todo o espaço disponível.
Do lado esquerdo, foi instalada a entrada para fones de ouvido, que deve atrapalhar bastante quando o gadget está no bolso, botões de volume e entrada para o SIM card da operadora.
Virando o aparelho, podemos notar o botão que liga e desliga a tela e o aparelho, outro botão para ligar e desligar o projetor e uma entrada para um cartão microSD, de até 32 GB. No fundo, só há um pequenino orifício para o microfone principal.
A tampa da bateria tem uma textura emborrachada, que não consegue aumentar a aderência do smartphone em superfícies lisas, mas dá uma sensação de robustez maior na mão. A câmera por aqui é de 5 megapixels - que filma em 720p - e também é visível o flash LED.
A bateria é de 2.000mAh, o suficiente para algo próximo de 3 horas de exibição do projetor, ou um dia inteiro de uso do aparelho - ligando o projetor por alguns minutos.
Como já disse, este smartphone não é dos mais finos, nem dos mais leves. Suas dimensões são: 124 milímetros de altura, por 64,2 milímetros de largura e 12,5 milímetros de espessura. Tudo isso é somado com o peso de 145,3 gramas, já com a bateria inserida. Mesmo com um "caroço" na parte traseira, o gadget não fica balançando quando apoiado em uma mesa, ou qualquer superfície reta.
A textura emborrachada da tampa da bateria não serve para deixá-lo mais firme na mesa, mas sim para dar uma sensação de robustez ao conjunto, que fica bem travado nas áreas onde pode ser aberto. O conector de fone de ouvido foi transferido do topo para a lateral, lembrando assim a configuração do Nokia N95. Com o fone do lado, o aparelho acaba ocupando mais espaço no bolso. Este problema seria eliminado com o fone de ouvido na parte inferior, assim como são os iPods.
Suas cores, amarelo no meio com preto, são chamativas demais para alguns executivos. O projetor aqui poderá chamar mais atenção por seu lado cool, do que produtivo. Ele é muito útil em trabalhos de escola ou faculdade, já que você não depende de conexões de um projetor ligado ao computador.
A Samsung instalou o Android 2.3.6, que é uma versão bem atualizada do sistema operacional móvel do Google. Mas, se você ficou com uma sensação de estar atrasado, fique tranquilo. Ele receberá o update para o Jelly Bean, só não sabemos quando. Enfim, a interface do usuário é extremamente similar ao que encontramos em outros modelos da marca.
Há cinco telas iniciais que podem ser recheadas com uma grande variedade de ícones, atalhos e widgets, todos com muita cor e contraste, principalmente se você utilizar algum dos papéis de parede que estão carregados no sistema. Esta personalização do Android vai até o menu de configuração, que está com ícones grandes e coloridos, chamando mais atenção do que o texto que fala de sua função.
De fábrica você já leva uma versão completa do Polaris Office, que edita e cria documentos de texto, planilhas e apresentações de slides. Há também alguns jogos de demonstração bem simples, que são tão simples quanto os jogos em Java que existem para celulares mais baratos. Além disso, a empresa colocou um app que permite organizar as pastas da memória interna de 8 GB.
Para controlar o projetor, há um app chamado "Projetor" - criativo o nome, não? Dentro dele, é possível ajustar o foco da lente, a rotação da tela, inserir um ponteiro do mouse, desenhar no que é projetado, abrir o modo lanterna (onde somente uma cor é projetada) e configurar a quantidade de brilho do LED do projetor.
O navegador é o mesmo que encontramos em outros aparelhos da mesma marca, ou seja, há suporte nativo para o plugin do Flash, navegação em abas e um gerenciador de downloads. A navegação é fluida e as páginas carregam com boa velocidade.
O processador do Galaxy Beam não é dos melhores para rodar games pesados. Ele conta com um Cortex A9 de dois núcleos, rodando a 1 GHz e 768 MB de memória RAM. Isso é bom o suficiente para rodar jogos simples como o Angry Birds, mas em nossos testes ele também se saiu bem na hora de rodar o pesado Dead Trigger. Há alguma redução de partículas, mas o jogo funcionou sem travadas.
O player de música conta com algumas modificações da Samsung, como um emulador de 5.1 canais para fones de ouvido, barra de progresso maior e possibilidade de passar as músicas ao arrastar a capa do álbum para os lados. O tocador reproduziu todos os arquivos MP3 que enviamos para lá.
Para reproduzir vídeos, o hardware não suportou a resolução Full HD do trailer, apenas a versão em 720p e 480p. Como a resolução projetada não é de 1920 x 1080 pixels, esta limitação pode passar desapercebida pelos usuários.
O projetor é capaz de enviar tudo que está na tela, como faz a saída de vídeo que existe em alguns aparelhos. Você pode jogar, assistir filmes, navegar na internet e até reproduzir fotos. Além disso, é possível exibir um ponteiro de mouse ou anotações feitas em tempo real, na tela.
Com um projetor deste tamanho, ocupando tanto espaço no aparelho, a Samsung não deu tanta atenção para a câmera. O sensor conta com 5 megapixels de resolução e os problemas de fotos em celular se repetem aqui: fotos noturna de baixa qualidade. Muito ruído e pouco detalhe, algo comum em aparelhos criados para gadgets de médio custo.
As fotos com boa luminosidade ficam ótimas, mas as noturnas nem tanto. Já com a parte da filmadora, o sensor é capaz de registrar clipes de até 720p, com 30 quadros por segundo. É o suficiente para um aparelho, já que pixels extras para pular para o Full HD resultariam apenas no tamanho da imagem, não na qualidade. A qualidade de gravação é razoável, e a captação de áudio está acima da média, quando pensamos na nitidez do som.
Pontos fortes
Pontos fracos
Se você procurava uma forma de não ser obrigado a reservar o projetor na faculdade, ou na escola, ele é - sem dúvidas - uma ótima pedida. Porém, se você apenas pensa no lado cool de ter um projetor dentro do celular, pode sair caro. Pelo preço que é cobrado, você leva um smartphone mais parrudo, como o Razr i, e ainda sobra dinheiro. Ou ainda, leva um Galaxy S III, que está custando a mesma coisa.
A Samsung fez mágica ao instalar um projetor em um espaço tão pequeno, junto de tudo que estava do celular. A inovação é interessante, mas talvez fique solitária como a LG está com seu 3D.
Projetor barato e de boa qualidade, dentro do smartphone
Tudo organizado e com seu espaço delimitado. Bateria extra é necessária se você for dar aulas e quiser continuar falando com o celular
Leve, mas nem tão leve quanto concorrentes
Simples de entender e usar, como qualquer smartphone Samsung
Não rodou vídeo em 1080p, mas o restante reproduziu sem problemas, mesmo na tela projetada
Só vale a pena se você realmente necessitar do projetor. Se este não é seu caso, pense num Galaxy S III, que custa a mesma coisa
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Samsung Galaxy Beam I8530