22 Fevereiro 2024
O Galaxy M33 foi lançado em alguns mercados ainda na primeira metade de 2022. A novidade até chegou a ser homologada pela Anatel para o lançamento aqui no Brasil, mas a espera ainda continua por aqueles que desejam um bom intermediário da coreana com aposta no custo-benefício. Enquanto o Galaxy M33 não desembarca oficialmente por aqui, o TudoCelular já está em mãos com o aparelho para fazer nossa análise e dizer se ele é uma boa compra.
O Galaxy M33 vem em embalagem convencional da Samsung com uma ilustração do aparelho na parte superior. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:
- Carregador (modelo importado não vem)
- Cabo USB no padrão C
- Chavinha para abrir a gaveta do SIM/MicroSD
- Manual do usuário
Assim como aconteceu no Galaxy M32, o novo também foi lançado em duas versões: uma global e outra voltada para o mercado indiano. A diferença é que o modelo lançado em mais países tem bateria menor. Isso acaba impactando um pouco no design, já que o modelo indiano é mais espesso e pesado por conta da bateria mais generosa.
O modelo que testamos é a versão global, mas caso você decida importar, a maior parte da nossa análise se aplicará a qualquer versão. Assim como a aparência que é igual nos dois modelos e bastante parecida com o que temos na geração anterior.
A Samsung decidiu manter o bloco quadrado para as quatro câmeras na traseira, seguindo o clássico estilo cooktop que vem sendo abandonado pelas fabricantes. O intermediário coreano cresceu, por conta da tela que ficou maior, enquanto a traseira perdeu as linhas verticais e agora tem acabamento completamente liso.
A parte frontal ainda traz entalhe em formato em gota, o que é decepcionante para um segmento que começa a se importar mais com o design. A borda inferior é consideravelmente mais larga que as demais e não vimos uma evolução no aproveitamento frontal.
O leitor biométrico segue integrado ao botão de energia na lateral direita. Ele faz bem a sua função e não demora no reconhecimento da digital. Logo acima temos o botão para controle de volume, enquanto do lado oposto há a gaveta para dois chips e cartão microSD. Na parte inferior há a entrada USB-C, o único alto-falante, microfone de chamadas e conector para fones de ouvido.
Em conectividade temos de novo o Bluetooth 5.1, uma versão um pouco mais atual do que a 5.0 presente no modelo anterior, e também o suporte a redes 5G. O Wi-Fi continua como o de quinta geração e há NFC para pagamentos.
Em tela temos avanços e retrocessos comparado ao seu antecessor. A Samsung decidiu ampliar o display e agora temos 6,6 polegadas, apesar da resolução ser a mesma Full HD+ de antes. O que mudou é o painel adotado, saindo o Super AMOLED de 90 Hz e entrando um LCD simples de 120 Hz. Ou seja, você perde contraste e ângulo de visão e ganha maior fluidez ao navegar.
O nível de brilho é apenas decente. Para um aparelho deste segmento já encontramos celulares com tela com brilho forte para garantir boa visibilidade em dias ensolarados. O nível de contraste também não é dos melhores, então não espere um nível de preto próximo do que é visto no Galaxy M32. A calibração de cores está longe da ideal, mas há algumas opções para customizar.
Se a tela do Galaxy M33 não empolga, então não espere muito da experiência multimídia. O som é apenas mono por ter uma única saída de som. Além disso, não é dos mais potentes da categoria e ainda peca na calibração entre graves, médios e agudos. Estes últimos se destacam mais do que as demais frequências e geram distorção quando o volume está no máximo.
É neste ponto que o Galaxy M33 fica muito abaixo do seu primo, o Galaxy A33. O modelo mais nobre da Samsung traz tela AMOLED com bom nível de brilho e som estéreo de qualidade.
Enquanto o Galaxy M32 chegou ao mercado com hardware da MediaTek, no M33 temos o Exynos 1280, mesmo chip da Samsung que equipa outros intermediários, como os modelos Galaxy A33 e A53.
Aqui temos 6 GB de RAM para lidar com o multitarefas e o intermediário da Samsung consegue segurar uma boa quantidade de apps abertos em segundo, apesar de não ser dos mais ágeis na abertura e carregamento do conteúdo. Ele foi mais lento em nosso teste de velocidade comparado ao Galaxy A33 com o mesmo hardware.
E nos jogos? Call of Duty rodou tranquilo na qualidade gráfica média com taxa de quadros em muito alto com demais recursos desativados. No PUBG terá uma boa experiência na opção balanceada mesmo com os demais recursos habilitados.
O modelo que testamos traz bateria de 5.000 mAh e entrega ótima autonomia para um dia inteiro de uso sem se preocupar em ter o carregador por perto. A versão com 6.000 mAh vai render ainda mais e durar dois dias tranquilamente.
O Galaxy M33 tem suporte a carregador de até 25W. Em nosso teste usando uma unidade desta potência tivemos uma pequena vantagem comparado ao antecessor com carregador de 15W.
Para ir de 0 a 100% é preciso esperar 1 hora e 25 minutos, algo em torno de meia hora a menos do que antes. Uma carga rápida de 15 minutos recupera 25% e chega a 47% com meia hora na tomada.
O Galaxy M33 segue com quatro câmeras na traseira, assim como o seu antecessor, mas o sensor principal teve resolução capada de 64 MP para 50 MP, não que isso seja algo ruim, já que o novo sensor é mais avançado. A ultra-wide, por outro lado, só teve perda e agora traz sensor simples de 5 MP. As demais são as mesmas de antes com uma macro e uma de desfoque com 2 MP ambas.
Era esperado ver um salto em qualidade na nova geração, mas parece que a Samsung decidiu que câmera não é o forte da linha Galaxy M. É aqui onde o aparelho perde para o Galaxy A33. Isso não quer dizer que o M33 seja ruim na hora de registrar uma foto, só poderia ter um conjunto mais competente do que antes.
Principal | Ultra-wide
As fotos estão menos saturadas nesta geração, o que passa uma impressão de menor vivacidade. O contraste poderia ser melhor e o HDR não faz um ajuste preciso em cenários com excesso de luz e temos fotos estouradas. Em cenários mais abertos terá boas fotos e até poderá usar o zoom digital sem grande perda de qualidade, desde que evite ampliar demais.
A ultra-wide exibe fotos menos nítidas do que antes, o que já era esperado diante da perda de resolução do sensor. As fotos apresentam borrões nas bordas e o software de correção de distorção de lente não faz um trabalho primoroso. Fotos noturnas saem bastante escuras e com muitos ruídos, o que está dentro do segmento.
Noturno
A principal registra fotos decentes à noite, mas quando o modo noturno é ativado temos imagens mais nítidas e com menos ruídos. Aqui realmente vemos o Galaxy M33 se destacar e até superar o seu antecessor.
Macro
A câmera macro continua como o ponto mais fraco do aparelho e peca não apenas em detalhes como sofre com ruídos excessivos e texturas de baixa qualidade. A de desfoque faz bem o seu trabalho sem comprometer o HDR ou o contraste.
Desfoque
E então temos a câmera frontal. A Samsung decidiu trocar o sensor de 20 MP por um mais simples de 8 MP. O resultado disso é que o novo intermediário coreano registra selfies menos nítidas e tem imagens mais granuladas à noite. É uma pena, já que este é um dos pontos fortes do Galaxy M32.
Selfies
Para compensar, agora temos uma filmadora capaz de gravar vídeos em 4K com a traseira. Porém, se pretende se livrar dos tremidos terá que se contentar em filmar em Full HD. A frontal continua limitada à mesma resolução de 1080p de antes. A qualidade das filmagens é boa para o segmento e a frontal até supera alguns modelos mais caros. O foco é ágil com a traseira e a captura de som estéreo tem boa qualidade.
O Galaxy M33 foi lançado com Android 12 e já recebeu a versão 13 modificada pela interface One UI 5.0 da Samsung. No momento em que testamos o aparelho, ele estava com pacote de segurança relativamente recente.
O sistema do M33 traz todos os recursos presentes em outros da linha, como o Tela Edge para acessar seus apps favoritos de qualquer lugar e o grande potencial de customização da interface.
O que fica devendo é na otimização de software. A impressão que temos é que o Galaxy M33 tem uma interface mais amarrada do que vimos em outros recentes lançamentos da Samsung e passa a impressão de termos um celular inferior em mãos. Vamos torcer para que isso seja resolvido em alguma atualização.
O Galaxy M33 ainda não é vendido oficialmente no Brasil, mas já pode ser encontrado no varejo por preço acima dos R$ 2 mil. Vale a pena?
Com esse valor você pode levar o Galaxy A33 que te dá como extra proteção contra água, tela Super AMOLED com melhor brilho e cores, desempenho mais veloz, bateria que dura um pouco mais e câmeras mais refinadas.
O Moto G82 também pode ser uma melhor alternativa com sua tela AMOLED de 120 Hz e som estéreo para uma melhor experiência multimídia. O intermediário da Motorola é mais ágil, sua bateria dura mais, recarrega mais rápido e registra melhores selfies com sua câmera frontal.
Pontos fortes:
- Boa autonomia de bateria
- Filma em 4K
- Software com bom suporte
Pontos fracos:
- Tela abaixo do segmento
- Som mono estridente
- Desempenho abaixo do antecessor e rivais
- Câmeras apenas decentes
Há opções mais interessantes na mesma faixa de preço e também não vale a pena ser importado
Embalagem traz apenas o essencial e na versão importada vem sem carregador
É um celular grande e um pouco escorregadio e não traz capinha de proteção de brinde
É a mesma One UI presente em lançamentos recentes da Samsung, mas peca um pouco em fluidez
Tela é apenas decente, enquanto o som mono estridente limita bastante a experiência sonora
O Galaxy M33 se mostra um celular inferior ao Galaxy A33 e com os dois brigando na mesma faixa de preço, fica difícil recomendá-lo
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Samsung Galaxy M33