15 Março 2024
O Galaxy A23 ganhou uma versão 5G que chegou ao mercado nacional no início de 2023. Ele vem com tela grande, Snapdragon 695, boa quantidade de memória, câmera de 50 MP e bateria com a promessa de render o dia todo. Nesta análise do TudoCelular você vai conferir tudo o que ele tem a oferecer e em que se diferencia da versão mais antiga.
O Galaxy A23 5G vem em caixa branca tradicional no mesmo estilo dos demais lançamentos da Samsung. Além do celular, você recebe:
- Carregador de 15W de potência
- Cabo USB no padrão A em uma ponta e C na outra
- Chavinha da gaveta do SIM Card
- Guia do usuário
O Galaxy A23 é visualmente idêntico em suas duas versões. Temos mesmo tamanho, espessura e peso. Até mesmo as opções de cores são iguais, estando disponíveis em azul, preto e branco. Essas semelhanças podem acabar confundindo os consumidores na hora da escolha.
Como o Galaxy A23 5G é um lançamento de 2022 que chegou ao Brasil apenas esse ano, ele ainda traz o design mais antigo da Samsung com bloco saltado que abriga todas as câmeras, diferente dos modelos mais atuais com as câmeras organizadas de forma independente na traseira.
O seu corpo é feito de plástico com acabamento fosco, o que torna o celular menos escorregadio, mas em troca acumula mais marcas de dedo, especialmente na cor preta. A traseira tem leve curvatura nas bordas, assim como as laterais. A parte frontal é composta por vidro plano com proteção Gorilla Glass 5 contra impactos e riscos.
O A23 não traz nenhuma proteção contra água e para quem busca tal resistência terá que investir no Galaxy A33 com certificação IP67. A qualidade de construção é boa para a categoria, enquanto as bordas, apesar de não serem das mais finas, estão dentro do esperado para o segmento. Há entalhe em formato de gota com borda inferior mais larga do que as demais.
A Samsung vem removendo a entrada para fones de ouvido em seus intermediários, mas como aqui ainda temos um projeto mais antigo, há o conector na parte inferior do aparelho. Na lateral esquerda temos uma gaveta tripla para uso de dois cartões SIM e um microSD ao mesmo tempo. O leitor biométrico fica integrado ao botão de energia e está sempre ativo para reconhecer a digital ao encostar o dedo.
Na parte de conectividade o que muda é que este traz suporte a redes móveis da nova geração e uma versão mais atual da tecnologia Bluetooth. Ainda temos Wi-Fi de quinta geração e NFC para completar o pacote do intermediário coreano.
O Galaxy A23 5G vem com tela de 6,6 polegadas com resolução Full HD+ e painel PLS LCD de 120 Hz. A taxa de atualização é o único avanço comparado ao modelo 4G com tela de 90 Hz. Isso garante maior fluidez de navegação no modelo mais recente, mas não espere ver os jogos aproveitando a taxa de atualização superior.
O nível de brilho não é dos mais altos, porém está na média do que vemos no segmento em celulares com tela LCD, como é padrão da Xiaomi e Motorola. É neste ponto que o A23 fica abaixo do A33 que traz painel AMOLED com brilho, contraste e ângulo de visão superiores. Ainda assim, o A23 apresenta contraste acima de outros do segmento com tela LCD.
A calibração nativa está bastante próxima do considerado ideal, com a exceção do branco ser levemente azulado. Não há as opções de calibração como temos em modelos mais caros da linha. A taxa de atualização vem em modo dinâmico por padrão que alterna a velocidade entre 60 e 120 Hz a depender da demanda. Há o modo padrão que trava o painel na velocidade inferior.
Há apenas uma saída de som na parte inferior do aparelho, o que limita a áudio mono. Apesar de frustrante ver a Samsung ainda lançando intermediários sem som estéreo, a potência sonora e o bom equilíbrio entre graves, médios e agudos acabam compensando.
O A23 vem equipado com o Snapdragon 695, um chip bastante popular entre celulares intermediários 5G. Aqui temos dois núcleos da série A78 com mais seis da linha A55 para um bom equilíbrio entre desempenho e consumo. O intermediário da Samsung traz 4 GB de RAM para lidar com o multitarefas, mas seu desempenho com vários apps abertos não é dos melhores.
O modelo 5G ficou um pouco acima da variante 4G em nosso teste de velocidade. Também vimos o mesmo acontecer em benchmarks com uma diferença de quase 100 mil pontos no AnTuTu. E nos jogos?
Como visto em outros com Snapdragon 695, este também roda com tranquilidade qualquer game disponível para Android. No PUBG é possível ter boa experiência na opção HD com extras ativados. No Call of Duty poderá deixar as configurações no muito alto e com demais recursos gráficos habilitados.
O Galaxy A23 5G é mais um intermediário da Samsung com bateria de 5.000 mAh, mas acabou rendendo menos que os modelos A23 4G e o M23, que também possuem a mesma capacidade energética.
Ainda assim terá autonomia para o dia todo com uso moderado. Caso jogue por horas ou use muito a câmera terá que fazer uma nova recarga no final do dia. O carregador que vem na caixa entrega até 15W de potência, apesar de o aparelho ter suporte oficial de no máximo 25W.
É basicamente o que foi visto na versão 4G do A23 e este também demora 1 hora e 40 minutos para ter sua bateria completamente recarregada. Com uma carga rápida de 15 minutos terá 17% recuperados e 34% com meia hora na tomada
O conjunto fotográfico do Galaxy A23 5G é o mesmo do modelo 4G. Temos câmera de 50 MP com estabilização óptica, ultra-wide de 5 MP e duas câmeras de 2 MP, sendo uma dedicada para macros e outra para desfoque de cenários. A frontal de 8 MP também é a mesma nos dois modelos.
A câmera do intermediário da Samsung registra boas fotos em dias ensolarados com cores sem saturação exagerada e contraste correto com ampla faixa dinâmica. O HDR funciona bem em fotos no fim de tarde com o sol de fundo e evita que a pessoa saia ofuscada, o que é comum em celulares desse segmento.
Principal | Ultra-wide
Há atalho para zoom 2x no app de câmera que faz apenas um corte na imagem padrão sem usar qualquer técnica avançada para reduzir a perda de qualidade. Ao aproximar algo que está distante terá imagens com baixa nitidez e praticamente descartáveis. O desfoque de fundo acerta, desde que evite ficar próximo à vegetação.
Zoom
A ultra-wide captura imagens com definição inferior por conta do sensor ser de baixa resolução. Ao ampliar uma foto verá que a mesma fica pixelada e as bordas apresentam suavidade excessiva. A qualidade cai ainda mais ao usar essa câmera à noite. Temos fotos escuras, borradas e tomadas por ruídos.
Desfoque
Macro
A câmera principal faz fotos decentes à noite sem sofrer muito com ruídos. O modo noturno ajuda a recuperar detalhes perdidos nos pontos mais escuros e ajusta cores e contraste para algo mais próximo da realidade. Em troca, os ruídos ficam mais aparentes, assim como as texturas mais distantes com qualidade inferior.
Noturno
Não espere muito da câmera macro, o sensor de baixa resolução e a falta de foco automático limitam os detalhes que podem ser capturados. A frontal registra selfies decentes e dentro do esperado quando há boa iluminação. À noite terá fotos escuras e com poucos detalhes, então tente ficar próximo de alguma fonte de luz.
Selfies
A filmadora grava em Full HD a no máximo 30 fps com a câmera principal, ultra-wide e frontal. Há estabilização óptica apenas na mais avançada, enquanto a mais ampla conta com estabilização eletrônica. Ambas as implementações conseguem reduzir bem os tremidos, o foco é ágil e a captura de som estéreo tem boa qualidade.
O intermediário coreano foi lançado com Android 12 e recebeu a versão 13 do robozinho no começo do ano com a nova interface One UI da Samsung. No momento em que testamos, ele estava com pacote de segurança de janeiro, o que mostra um certo atraso por conta da Samsung Brasil.
O software reserva 4 GB do armazenamento para expandir a RAM e buscar melhorar o desempenho multitarefas. Como vimos em nosso teste, essa configuração não ajuda tanto e talvez por conta da má otimização de software não da quantidade de memória em si.
A One UI do A23 apresenta bom desempenho e está dentro do que se espera de um intermediário mais acessível. Há vários recursos para customização, mas não espere ver todos os extras da Samsung presentes nos modelos mais caros.
O Galaxy A23 5G é mais uma boa opção de celular intermediário com suporte a redes da nova geração, mas a Samsung tem outras opções com preço similar que podem acabar valendo mais a pena, como é o caso do Galaxy M23 que tem o mesmo tamanho, traz processador mais potente, entrega melhor desempenho multitarefas, sua bateria dura mais e a câmera ultra-wide é melhor.
Da Motorola temos o Moto G53 como alternativa também com 5G. Ele é um celular mais compacto que também traz tela de 120 Hz. Seu hardware é um pouco inferior, mas se saiu melhor em nosso teste de velocidade focado no multitarefas. A bateria dura menos e também demora para recarregar. E para quem curte fotos com cores mais vibrantes, vai gostar da câmera do Moto G53.
Pontos fortes
- Conectividade 5G a baixo custo
- Tela de 120 Hz
- Bom desempenho em jogos
- Bateria para o dia todo
- Câmera com estabilização óptica
Pontos fracos
- Tela inferior aos concorrentes
- Desempenho abaixo da média
- Câmera ultra-wide fraca
Há opções melhores no mercado na mesma faixa de preço, mas pode ser interessante para quem faz questão do 5G
Embalagem traz apenas o básico, incluindo um carregador de 15W
O Galaxy A23 é um celular grande escorregadio; ele não vem com capinha na caixa
É o mesmo Android de outros aparelhos, mas fica devendo alguns recursos comparado aos superiores da linha
Tela LCD tem brilho decente, mas peca na calibração de cores; o som tem boa qualidade, apesar de ser mono
O Galaxy A23 5G é um bom celular acessível com a nova rede móvel
Onde Comprar
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