O TudoCelular já realizou uma análise completa do Galaxy A16 na versão 5G, e agora temos em mãos o modelo 4G. Embora ambos compartilhem várias semelhanças, a versão 4G faz alguns cortes para oferecer um preço mais acessível ao consumidor. Vamos descobrir se esta versão é uma boa opção de compra e quais são as principais diferenças em relação ao A16 5G.

O Galaxy A16 vem em caixa branca tradicional no mesmo estilo dos demais lançamentos da Samsung. Além do celular, você recebe:

• Carregador de 15W de potência
• Cabo USB no padrão A em uma ponta e C na outra
• Chavinha da gaveta do SIM Card
• Guia do usuário

Vamos começar por um ponto em comum entre as duas versões do Galaxy A16, que é o seu design. Ambos os modelos são visualmente quase idênticos, com algumas variações no acabamento da traseira e nas opções de cores disponíveis no mercado nacional. A versão 4G pode ser encontrada nas cores cinza, preta e verde claro. Apesar das pequenas diferenças, alguns ainda podem acabar se confundindo na hora da compra.

O corpo do dispositivo é feito de plástico, com acabamento fosco, tanto nas laterais quanto na traseira. O que se destaca é a sensação de pegada confortável e segura, mesmo sendo um aparelho plano.

Embora o vidro da tela não conte com nenhuma proteção especial contra riscos, a Samsung fez questão de incluir a certificação IP54, o que confere ao A16 uma resistência básica à água e à poeira. Isso significa que o celular consegue suportar chuvas leves, mas não é adequado para ser submerso em água.

O design em si é bem característico e não apenas semelhante ao da versão 5G, mas também lembra outros dispositivos da linha de entrada da marca. Os botões na lateral estão dispostos em uma ilha mais elevada, o que facilita o acesso e os torna mais visíveis.

A parte frontal adota o tradicional entalhe em formato de gota, com borda inferior mais larga que as demais. Já o conjunto fotográfico possui um layout minimalista, com aros individuais para as câmeras, que garantem um visual ainda moderno.

A Samsung decidiu retirar a entrada padrão para fones de ouvido, uma tendência que tem sido seguida por muitos modelos. O Galaxy A16 possui uma gaveta híbrida, que permite o uso de dois chips ou a substituição de um deles por um cartão microSD de até 1,5 TB, de acordo com a própria Samsung.

O sensor de digitais, incorporado ao botão de energia na lateral, se destaca pela sua rapidez e precisão, proporcionando um desbloqueio ágil ao simples toque do dedo.

Em termos de conectividade, o Galaxy A16 não decepciona, oferecendo Wi-Fi AC, com suporte a redes de 5 GHz, Bluetooth 5.3 e NFC, garantindo uma boa experiência de uso para as necessidades cotidianas do usuário.

A parte frontal do aparelho abriga uma tela Super AMOLED de 6,7 polegadas, com resolução Full HD+ e taxa de atualização de 90 Hz. O nível máximo de brilho impressiona, superando a maioria dos celulares básicos, atingindo 1.200 nits no modo automático e cerca de metade desse valor com o brilho ajustado manualmente.

Embora o brilho elevado proporcione uma experiência visual agradável em ambientes com luz intensa, ainda falta suporte a HDR, o que limita a exploração de conteúdos de serviços de streaming ou vídeos compatíveis no YouTube.

A taxa de atualização vem por padrão em 90 Hz, mas não se ajusta automaticamente em conteúdos estáticos, como ocorre nos modelos mais avançados da Samsung. O usuário precisa optar entre ter animações mais fluidas o tempo todo ou priorizar a duração da bateria, ao escolher a taxa de atualização de 60 Hz.

A tela vem com as cores calibradas para um tom mais vibrante, mas oferece uma segunda opção com cores mais realistas. Também é possível ajustar a temperatura do branco conforme a preferência pessoal, um recurso que nem sempre está disponível nos modelos de entrada da marca.

O modelo básico da Samsung conta com um único alto-falante na parte inferior, o que limita a experiência sonora a um áudio mono. A potência sonora é boa, posicionando-se entre os melhores da categoria, mas há uma leve distorção quando o volume está no máximo.

Não há um equilíbrio sonoro ideal entre as frequências, com os médios sendo ofuscados pelas outras. No entanto, os vocais ainda são nítidos nas músicas, e as notas altas são bem reproduzidas.

A equalização de áudio é simplificada, oferecendo dois perfis baseados no Dolby Atmos. Um deles é otimizado para jogos, e ambos só podem ser ativados quando fones de ouvido estão conectados.

A principal diferença entre as duas versões do A16 está no chipset utilizado. Enquanto a versão 5G conta com o Exynos 1330, o modelo 4G é equipado com o Helio G99 da MediaTek, um processador comum em celulares de entrada.

Realizamos o teste na versão com 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, mas também está disponível no mercado nacional uma versão com o dobro de ambas as memórias, o que deve proporcionar um desempenho superior em multitarefas. A versão testada, no entanto, apresentou o problema de recarregar os aplicativos e não impressionou em nosso teste de velocidade.

Nos benchmarks, as pontuações ficaram um pouco abaixo da versão 5G, com uma média de 300 mil pontos no AnTuTu. E quanto ao desempenho nos jogos? Call of Duty Mobile rodou de maneira satisfatória na qualidade Média, mas com todos os extras desativados. Já PUBG apresentou bom desempenho na qualidade HD, com taxa de quadros no Alto.

Assim como na outra versão, este modelo também vem equipado com uma bateria de 5.000 mAh. Isso significa que ambos oferecem autonomia similar, ou a diferença no desempenho da bateria é significativa devido ao chipset de cada dispositivo?

A versão 4G obteve 3 horas a mais em nosso teste padronizado, totalizando 29 horas de uso moderado, incluindo alguns jogos. Esse é um ótimo resultado para um celular de entrada, que pode facilmente garantir dois dias de uso mais leve com uma única carga.

O A16 oferece suporte a carregamento de até 25W, mas a Samsung inclui na caixa um carregador de 15W. Ele leva quase 2 horas para carregar completamente a bateria. Com apenas 15 minutos na tomada, você consegue 18% de carga, e em 30 minutos, pode alcançar até um terço da bateria.

É bom ver que a Samsung não capou a parte fotográfica no A16 4G para reduzir o seu custo. Temos aqui as mesmas câmeras da versão 5G, que incluem um sensor de 50 MP, uma ultra-wide de 5 MP e uma macro de 2 MP.

A câmera principal captura fotos com resolução de 12,5 MP por padrão ao comprimir quatro pixels em um. As imagens são razoáveis para um dispositivo de entrada, com cores naturais e agradáveis. O alcance dinâmico agrada e o HDR ajuda a compensar o excesso de luz de fundo.

Principal | Ultra-wide

O modo retrato apresenta resultados aceitáveis, embora o desfoque de fundo acabe limitando o HDR e deixando as fotos com luz estourada. É possível forçar a câmera principal a capturar imagens em sua resolução total de 50 MP, o que resulta em fotos com mais detalhes. Apesar disso, o processamento é similar ao modo padrão, mas com alcance dinâmico e contraste limitados.

A câmera ultra-wide é bem básica e sem recursos avançados como foco automático. A qualidade da imagem não agrada, com fotos suaves e borradas, sem muitos detalhes, além de uma suavização agressiva nos cantos da imagem. O alcance dinâmico e o contraste são fracos, mas as cores são agradáveis e ficam próximas às da câmera principal.

Macro

A câmera macro é uma adição interessante, mas sem grandes destaques. Embora seja possível capturar fotos razoáveis para redes sociais, a experiência não é tão fácil devido ao foco fixo e plano de foco estreito. Para quem deseja explorar um lado artístico, ela pode ser útil, mas não se deve esperar grandes resultados em termos de nitidez e detalhes.

O zoom de 2x é apenas um recorte feito pela câmera principal e resulta em fotos decentes. O processamento geral é eficiente, com boa preservação de detalhes e cores, mas ainda apresenta uma leve suavização. O contraste e o alcance dinâmico não são perfeitos, mas o resultado é aceitável para um modelo de entrada.

Noturno

A câmera do A16 não empolga à noite. O contraste e o alcance dinâmico ficam abaixo do ideal, e há uma quantidade visível de ruído nas imagens. Há modo noturno dedicado que funciona apenas nas câmeras principal e de selfies. Quando ativado, há uma melhora na nitidez, enquanto a ultra-wide sofre com fotos suaves e com poucos detalhes registrados.

Na parte frontal temos uma câmera de 13 MP que oferece um amplo plano de foco e boas imagens em locais bem iluminados. A nitidez cai bastante à noite com selfies suavizadas e escuras. Usar o flash de tela ajuda a contornar o problema, apesar de deixar as falhas mais evidentes.

Selfies

A filmadora grava em Full HD com a traseira e a frontal. A qualidade dos vídeos agrada, apesar de apresentar inconsistência na fluidez e muitos tremidos por falta de um sistema de estabilização. O foco também não é dos mais ágeis, mas a captura de som é estéreo com qualidade decente.

O grande diferencial do Galaxy A16 está no seu extenso suporte ao Android. Enquanto muitas fabricantes oferecem apenas uma atualização para seus modelos básicos, a Samsung se destaca ao prometer seis atualizações para o A16, garantindo um dispositivo atualizado até 2030 e prolongando sua vida útil de forma significativa.

O modelo conta com a interface One UI 6.1 sobre o Android 14, trazendo boa parte dos recursos encontrados em dispositivos mais avançados da Samsung. Dentre as funcionalidades mais interessantes, destacam-se a personalização total da interface por meio de temas e o uso do botão de energia para atalhos como câmera ou app favorito.

Embora o Galaxy A16 não inclua recursos de inteligência artificial — uma limitação comum em aparelhos de entrada devido às exigências de hardware — ele mantém funcionalidades clássicas. A interface é fluida, permitindo o uso de aplicativos em modo janela ou com a tela dividida, o que melhora a multitarefa.

O maior concorrente do Galaxy A16 4G é o Redmi Note 14, que vem equipado com o chipset Helio G99 em sua versão Ultra. Em nosso teste de velocidade focado no multitarefas, o modelo chinês se mostrou mais ágil. Embora a bateria do Redmi tenha um desempenho ligeiramente inferior, ela compensa com recarga mais rápida. O Xiaomi também se destaca pela tela de 120 Hz, com brilho intenso, e pelo som estéreo de qualidade superior. No quesito câmeras, ambos os aparelhos fazem boas fotos, mas apresentam limitações em ambientes com pouca luz.

O realme C61 seria uma alternativa entre os modelos 4G? Embora também ofereça uma tela grande, seu painel IPS LCD de 90 Hz possui brilho inferior. O chipset é mais básico, o que impacta no desempenho em multitarefas, e a bateria tem um rendimento ligeiramente abaixo, embora ainda ofereça uma boa autonomia. Apesar de produzir boas fotos, a câmera do C61 também enfrenta dificuldades em ambientes com pouca luz, e a câmera frontal não se destaca para selfies.

Pontos fortes

• Tela com boas cores e brilho forte
• Bateria para o dia todo
• Atualizações do Android por muitos anos

Pontos fracos

• Multitarefas limitado
• Faltou som estéreo
• Filmadora limitada