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Xiaomi Redmi 2

Review
Custo - benefício
Embalagem e características
Comodidade
Facilidade de uso
Multimídia
Votação Geral
Introdução e unboxing

A Xiaomi é uma das empresas que muito provavelmente você nunca escutou falar, mas que cria tantos produtos na China, muito mais do que você imagina - tem desde celular, passando por tablets, Smart TVs, purificador de ar e até aparelho para medir a pressão do sangue. O Redmi 2 é o primeiro gadget que chega ao Brasil, com proposta de ser um smartphone baratinho e que nem por isso entrega uma experiência de baixa qualidade no Android. Por dentro dele, temos um processador Snapdragon 410 rodando quatro núcleos em 1.2 GHz, 1 GB de memória RAM e uma versão super alterada do Android 4.4.4, chamada de MIUI 6.

Cadê o fone de ouvido?

A embalagem é bem minimalista, com poucos detalhes do lado de fora e que lembra bastante o padrão de caixas da Samsung no Galaxy S5. Isso significa uma caixa com cara de papel reciclado e tinta que parece ser com base em soja. Abrindo, temos o celular, um pequeno envelope para guardar os manuais, carregador de tomada com porta USB e um cabo USB com ponta microUSB. Infelizmente o pacote não acompanha fone de ouvido, que é uma prática que vem ganhando mais e mais empresas, como a Microsoft que tirou o acessório de alguns Lumias.

Parte externa

Do lado de fora o Redmi 2 é bonito, mais esbelto e elegante do que seus principais concorrentes. O corpo é todo em plástico, mas sem linhas retas tradicionais de aparelhos de baixo custo. Na frente temos uma tela LCD IPS de 4.7 polegadas, com resolução de 1280 x 720 pixels, proteção do vidro feita com tecnologia chamada Dragon Trail (ainda longe de ser famosa como o Gorilla Glass, mas que faz com que riscos mais leves fiquem distantes do seu smartphone), densidade aproximada de 312 pixels por polegada e ótima qualidade no ângulo de visão, mas que não passa muito do que já existe em outros modelos concorrentes. Ainda na frente temos os botões do Android 4.x impressos em vermelho e que são sensíveis ao toque, num padrão que não segue o tradicional de fabricantes como Samsung, LG e Motorola. Isso significa que o botão voltar está na direita e não na esquerda (errei o botão por várias vezes). Por fim, temos aqui uma câmera frontal de 2 megapixels e um LED para notificações.

Tela IPS de 4.7 polegadas

Do lado esquerdo não há nada, enquanto do lado oposto estão os botões de controle de volume e um para liga/desliga. Acima fica a solitária entrada para fones de ouvido, com o microfone principal e entrada microUSB na parte inferior - num padrão quadradão, sem o desenho do microUSB e que ajuda na hora de errar o lado do conector. Nunca vi um aparelho assim.

Atrás de tudo está a tampa da bateria em linhas que lembram muito smartphones da Samsung, principalmente da linha A, mas sem a adição de metal por aqui. A câmera traseira entrega 8 megapixels de resolução, um flash LED acompanha a lente e o alto-falante está logo ao lado. A inspiração com a traseira da Samsung é tão grande que a câmera é levemente saltada para fora, mesmo em um corpo que não é nada fino - há espaço suficiente dentro do aparelho para a lente ficar por lá, certo? A tampa da bateria esconde, logo abaixo, as entradas para chips da operadora (micro-SIM que podem ser 4G), entrada para cartão microSD de até 32 GB e a bateria de 2.200mAh, suficiente para fechar um dia de uso moderado e levemente intenso. Em nossos testes, o smartphone foi capaz de reproduzir vídeos por 8 horas seguidas, navegar por aproximadamente 5 horas e suportar o dia inteiro, recheado com alguns minutos de jogos casuais, algumas fotos e navegação em redes sociais.

Traseira lembra, muito, a Samsung na linha Galaxy A
Dimensões, pegada e peso

Como o smartphone é pequeno, de proporções reduzidas para o padrão de 5 ou mais polegadas que temos nos phablets, mesmo naqueles que não custam tanto - como Zenfone 5 ou Moto G. A parte traseira não conta com linhas retas e o plástico é áspero, com tinta fosca e que resulta em uma pegada bastante confortável. A tela pode ser totalmente controlada apenas com uma mão e esta situação é possível até mesmo para pessoas com mãos não tão grandes.

Pegada confortável, mais do que seus concorrentes

Suas dimensões são de 134 milímetros de altura, por 67,2 de largura e outros 9,4 milímetros de espessura. Tudo isso somado aos 133 gramas, que entregam um aparelho não muito pesado - chega a ser mais leve do que alguns concorrentes - e que encaixa perfeitamente em um bolso de calça jeans mais apertado, mas deixa certa marca. Em uma bolsa feminina, que já é bastante recheada de todo tipo de coisa, o aparelho pode ficar confortável e o Gorilla Glass da tela protege o conjunto contra riscos que podem aparecer aqui dentro.

Desempenho do Android

O Redmi 2 roda acima do Android 4.4.4 KitKat, mas conta com uma interface tão customizada que raramente você lembra que está com o sistema operacional móvel do Google - falo disso mais para frente. A interface roda bem, quando não há muitos aplicativos rodando no fundo e isso é fruto do Snapdragon 410 que está debaixo da tela, com seus 1.2 GHz em quatro núcleos, acompanhados de 1 GB de memória RAM e 8 GB de memória interna - com aproximadamente 4,30 GB livres para o usuário. Números razoáveis e bem aceitáveis para um smartphone que custa R$ 499, que é semelhante em specs aos seus concorrentes, só que mais barato.

Falei que as animações são fluidas, né? Sim, elas são e adicionam uma beleza que não existe no Android padrão - até as cores chapadas que você encontra apenas no Android 5.0 Lollipop, estão por aqui. Infelizmente não há qualquer palavra sobre atualização do Android, o que faz com que este seja seu ponto negativo - já que seus concorrentes já estão com o Android mais recente. De fato, ter o Android KitKat rodando abaixo de uma interface tão alterada pela fabricante não chega a ser um ponto fraco forte, já que a interface, chamada de MIUI 6, é atualizada em intervalos curtos e adiciona mais recursos novos do que os updates do Google. Por outro lado, o Snapdragon 410 conta com instruções para 64 bits, que é suportado oficialmente apenas no Android 5.x ou superior, algo que não acontece aqui.


Ok, você entendeu que a interface é bastante alterada, que esconde bem o Android e que ela é atualizada constantemente, mas temos um problema por aqui: ela é extremamente semelhante ao que você encontra no iOS. As semelhanças passam pelos pontos de paginação da tela inicial, ausência de menu de aplicativos, área de notificações que separa notificações por aplicativos, cores para cada recurso do menu de configurações e, principalmente, a interface que está no aplicativo de câmera. Este ponto é negativo, ao meu ver, por saber que o Android já conta com uma interface bem agradável e bem elaborada, ao ponto de que copiar tanto a concorrência poderia ser deixado de lado. Se a fabricante está com pouco investimento na área de interface de usuário, no lado de parte visual, não seria mais bacana e menos "cópia" colocar o Android puro, ou tão puro quanto o utilizado nos smartphones mais recentes da Motorola?

Olhando para soluções da Xiaomi dentro da interface, temos algumas ideias bem elaboradas. Uma delas é a sincronização de imagens que estão no serviço de armazenamento em nuvem da marca, o Mi Cloud, e que ficam no mesmo aplicativo de galeria de fotos. Outra é a inclusão de um aplicativo para controlar o tema do aparelho, que pode tirar a cara de iOS que o Redmi 2 tem. Nos temas muito é alterado, como papel de parede, ícones e a tela de bloqueio. É possível trocar a animação de rolagem das telas iniciais, trocando por uma das oito variações disponíveis.


Partes do sistema operacional ainda não foram completamente traduzidas do inglês. É um erro bobo, mas que mostra que o trabalho de localização da Xiaomi deveria ser mais completo. Onde encontramos esta falha é na área de notificação, que exibe em inglês informações sobre a ausência de músicas no repertório do app. Um ponto que agradou bastante e que está presente em um de seus concorrentes, é que há possibilidade de alterar cor e saturação da tela - isso pode ser bastante útil quando você está assistindo algum filme, ou jogando um game e quer cores mais fortes do que o padrão do display.

Do lado de dentro das configurações, há uma área de "Configurações adicionais" e por aqui temos muita coisa interessante, começando pelo modo de uma mão. Neste modo a tela é redimensionada para emular um display de 4 ou 3,5 polegadas, o que faria mais sentido em dispositivos de tela maior, como o Zenfone 6. Dentro da opção de bateria você pode aumentar o desempenho do processador, em detrimento da carga restante da bateria, para fazer com que tudo rode melhor - em nossos testes, o smartphone ficou aproximadamente 20% mais esperto e veloz. Há opções para alterar a equalização de todo o áudio do aparelho com base no tipo de fone de ouvido que você tem, junto de alterar a função de cada botão impresso na tela.


Tudo roda bem, mas a fluidez que notei no Redmi 2 não é a mesma do Moto G, por exemplo, que conta com um processador pouca coisa mais simples (um Snapdragon 400 no lugar do 410 do Redmi 2) e mesma quantidade de memória RAM e memória interna. Ao rodar muitos aplicativos ao mesmo tempo, algo próximo de qualquer quantidade acima de quatro deles, é notória a lentidão que o smartphone começa a apresentar. O app de câmera foi o que mais sofreu com isso, aumentando muito o tempo em que o usuário precisa ficar segurando firme o aparelho para a foto.

Este não chega a ser um ponto negativo, já que o Redmi 2 é mais barato do que seus concorrentes e apresenta animações mais espertas - em condições semelhantes ao de outros aparelhos, como Moto E de segunda geração. Para melhorar o desempenho, é só alterar o modo de bateria para "Performance", que deixa tudo mais rápido e com menor quantidade de travadas.

Jogos e multimídia

Temos por aqui uma GPU Adreno 306, que lida bem com alguns títulos leves como Candy Crush, Clash of Clans, mas que engasgou bastante ao rodar jogos mais pesados. Nesta tarefam coloquei o nem-tão-pesado Asphalt Overdrive e engasgos eram notados de tempo em tempo. Deu para jogar, os travamentos não eram corriqueiros, mas não é bacana ver um desempenho não tão agradável. Apenas para comparação, todos os seus concorrentes rodaram melhor o jogo. Concorrentes como Moto G e o Zenfone 5.

Asphalt Overdrive ficou assim
E assim também

O reprodutor de músicas é bastante competente, com suporte para canções dentro do Mi Cloud e uma interface bastante limpa, que lembra bastante algo entre o Windows Phone e o player Walkman, da Sony. Nativamente você pode reproduzir arquivos em MP3, WAV, eAAC+ e FLAC. Para vídeos, que rodam até em Full HD, você conta com suporte nativo para MP4 e H.264.

Câmera

O Redmi 2 chega ao mundo com um sensor de 8 megapixels, um único flash LED e lente com abertura de f/2.2. Ao olhar para o aplicativo que controla o conjunto ótico, temos uma semelhança gigantesca com o que a Apple criou para os iPhones, iPods Touch e também os iPads. Há por aqui até a opção de controlar manualmente a compensação por exposição, logo depois de tocar para focar, mas em uma forma de ajustar um pouco diferente - no lugar de uma barra vertical, por aqui você roda uma bolinha. Há uma opção com controles manuais, mas que é limitada ao ISO e balanço de branco, sem qualquer controle fino para o foco ou então tempo do obturador.












O resultado do trabalho deste conjunto é de fotos com boa qualidade quando há muita luz e boas imagens em ambientes pouco iluminados. A parte de imagens com baixa luz é auxiliada pelo HDR e a qualidade é boa, mas você precisa segurar a respiração e ficar firme entre dois e três segundos, para que tudo ocorra bem e nada fique borrado. Em fotos bem iluminadas e com cores fortes, a câmera acabou exagerando nas cores e tornou tudo com um tom meio que de neon (olhe na foto da flor). A câmera frontal tira fotos em até 2 megapixels, mas a qualidade está muito abaixo da câmera traseira e o modo de embelezamento deixa tudo longe do natural. O app faz com que sua pele fique lisa demais, com cara de que é um boneco e não um humano - exagerou, mesmo no modo de embelezar no mínimo das alterações.

Pontos fortes e pontos fracos

Pontos fortes

  • Preço bem camarada
  • Interface com visual agradável e bastante esperta
  • Temas mudam muito e são todos gratuitos
  • Corpo com boa pegada

Pontos fracos

  • Interface é cópia do iOS em muitos apps e até em configurações
  • Desempenho inferior ao que esperava do hardware
  • Sem previsão de atualização para o Android
  • Cadê o fone de ouvido, Xiaomi?
Avaliação final do Tudocelular
Custo - benefício

Melhor custo-benefício, principalmente contra seus concorrentes que são, em média, R$ 200 mais caros.

Embalagem e características

Embalagem bem organizada, compacta e que deixa de fora o fone de ouvido.

Comodidade

Pegada confortável, construção robusta e que copia a Samsung na traseira.

Facilidade de uso

MIUI 6 é diferente dos Androids concorrentes, troca itens de local e não ensina como usar recursos abertos pela primeira vez.

Multimídia

Rodou bem o que testamos, mas o desempenho em jogos deixou a desejar.

Votação Geral

Vale quando seu dinheiro está mais apertado e quer um Android bacaninha. Se tem como comprar um Moto G ou Zenfone 5, não pense duas vezes.

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