O WD_BLACK P40 é um SSD externo portátil gamer de última geração, que busca trazer um corpo mais compacto que o antecessor P50, com o diferencial de vir com LEDs RGB. Ele conta com capacidades de 500 GB, 1 TB e 2 TB. A Western Digital cedeu ao TudoCelular a versão intermediária para este teste, e a gente te conta todos os detalhes nesta análise completa.

Começamos pelo design ressaltando o avanço da marca para tornar o produto mais compacto que a geração passada. Agora, são apenas 13 mm de altura e 78 gramas de peso. O acessório literalmente cabe na sua mão.

Ele tem uma construção reforçada com tampa superior de alumínio, para resistir com facilidade a impactos. A fabricante diz que é possível sobreviver a uma queda de até dois metros. Não chegamos a testar a durabilidade, mas esta unidade sofreu uma queda acidental de quase um metro, e não tivemos qualquer dano.

Para o P40, a Western Digital resolveu tirar as aberturas de ventilação na parte inferior. Agora, a dissipação de calor é toda feita apenas na camada metálica do SSD. Mas não encontramos grandes problemas aqui. Ele até fica um pouco morno enquanto roda algum jogo, só que não chega a esquentar acima do aceitável.

A porta USB-C fica localizada em uma das extremidades e contém um encaixe profundo em relação ao corpo, devido à moldura que fica em volta e protege o produto de impactos laterais. Apesar de toda essa durabilidade, vale destacar que ele não é à prova d’água.

Outra novidade neste produto consiste na iluminação RGB. Ela é feita pelas faixas localizadas na parte de baixo da peça, uma de cada lado. As luzes são acesas assim que você conecta o SSD na porta USB.

No geral, fica nítido ao pegar este produto que é bastante robusto e apresenta uma aparência premium, apesar do tamanho reduzido.

Na caixa, você encontra o dispositivo, o cabo USB com conector Tipo-C nas duas pontas, um adaptador para ligar em porta USB Tipo-A e os guias de usuário.

Este SSD portátil conta com a tecnologia USB 3.2 Gen 2x2, mas também possui suporte aos demais padrões, como o USB 2.0. A diferença é que tecnologias mais antigas não permitirão explorar a sua velocidade total, que pode chegar até 2.000 MB/s.

Uma qualidade é que ele funciona plug and play. Ou seja, basta conectá-lo em uma porta compatível para começar a usar. Mas antes de pensar em ligar em algum console, recomendamos abrir o P40 primeiro em um computador. Isso porque ele vem com um executável para instalar o seu software de gerenciamento.

Dentro do programa chamado Dashboard, o usuário pode verificar os status da unidade, além de atualizar o firmware e verificar como está a performance dela no momento.

Mas o destaque mesmo fica por conta da escolha dos LEDs RGB. É aqui que você seleciona as cores ou o tipo de transição da iluminação. Por padrão, ela vem no formato arco-íris, que alterna constantemente entre as tonalidades. Você ainda pode escolher opções que deixam apenas uma cor e outras que inserem alguns efeitos extras.

Sentimos falta aqui de algum recurso de segurança. Visto que estamos falando de um produto durável na sua parte externa, ficou ausente uma ferramenta que garanta a proteção dos arquivos.

Seja uma trava externa ou uma solução de criptografia em seu próprio software, essa funcionalidade seria muito bem-vinda, pois evitaria problemas como corrompimento, perda e deleção de algum arquivo dentro dele.

Passando para a parte de desempenho, como o WD_BLACK P40 funciona na prática? Primeiro, fizemos um teste de velocidade nele por meio do programa CrystalDiskMark em um Dell Alienware M15 R7.

O que tivemos fica bem abaixo dos prometidos 2.000 MB/s. Talvez a porta USB aqui resulte em alguma limitação, porém os resultados são satisfatórios para uma utilização sem grandes problemas.

Afinal, é possível usar este SSD externo como armazenamento adicional de um console? Testamos em um Xbox Series S para saber. Assim que você pluga o dispositivo no videogame, ele imediatamente reconhece a unidade e pede para escolher como deseja aproveitá-la.

Se você quiser apenas para mídia, não precisa limpar o armazenamento. Já para instalar jogos, será necessário formatar para poder curtir os títulos. Este é um dos motivos que recomendamos conectar primeiro no PC, já que você precisará da instalação do Dashboard que vem junto com o produto.

Após o processo, dá para copiar jogos do armazenamento interno para o SSD, ou escolher que os novos títulos sejam instalados diretamente na unidade externa. Aqui já vimos uma performance melhor que os testes no computador, porém ainda não chegam no nível máximo.

As cópias ficam em torno de 1,30 GB/s até 1,50 GB/s. De qualquer forma, é o suficiente para copiar um jogo de pouco mais de Vinte Giga em cerca de três minutos. No processo inverso, o SSD interno do Xbox mostra mais velocidade e fica estável acima da barreira dos 2,00 GB/s.

Na geração mais recente de videogames, as fabricantes travam a reprodução dos jogos otimizados em dispositivos externos. Isso significa que você até pode copiar os games para o P40, só que vem uma mensagem de erro na hora de reproduzi-los.

Por outro lado, os títulos das gerações antigas, como os da linha Xbox One, podem ser rodados direto pelo SSD externo sem dificuldade. Testamos alguns para ver o desempenho e nos surpreendemos com a rapidez para inicializar. Dá para abrir o jogo em cerca de dois segundos, praticamente no mesmo tempo que temos com o armazenamento interno. Afinal, estamos falando de SSDs aqui, independente do método.

Em Forza Motorsport 6, não somente a fluidez acompanha o máximo que o Xbox Series S permite, mesmo em alta velocidade, como a qualidade gráfica das pistas se mantém sem qualquer queda.

Crash Bandicoot N. Sane Trilogy é outro exemplo de game executável pelo SSD externo. Notamos aqui que os movimentos não sofrem qualquer tipo de demora na resposta ao explorar o P40 para isso.

Dados os pontos já citados, recomendamos ao jogador deixar todos os jogos retrocompatíveis no SSD externo, e poupar o armazenamento interno apenas para os títulos otimizados.

Caso a unidade nativa fique cheia, dá para mover os games que você não joga há um tempo para o P40 apenas para guardar e depois transferir de volta ao disco interno na hora de jogar. É mais prático e rápido do que ter que baixar tudo de novo.

O que podemos concluir do WD_BLACK P40? Bom, ele certamente foi pensado para atender ao gamer mais exigente. No seu design, vemos itens importantes que não ficaram de fora. Desde a sua resistência reforçada, até a presença das luzes RGB, um dos requisitos básicos deste mercado.

E por falar nelas, a possibilidade de gerenciar as transições pelo programa Dashboard se trata de uma qualidade deste produto. Uma pena que não há algum recurso de segurança para manter a proteção interna dele.

Pelo menos, a ausência das saídas para ventilação não foi sentida. A parte interna metálica da conta do recado na hora de manter o SSD sem esquentar durante a jogatina. Não sentimos um aquecimento fora do normal em qualquer momento, e isso é um ponto positivo que a fabricante conseguiu.

Quando falamos de desempenho, apesar das limitações em consoles da nova geração, ele se trata de uma boa opção para quem deseja guardar os games lá e evitar de ter que fazer download de tudo de novo quando quiser jogar; ou ainda explorar o produto na totalidade em títulos retrocompatíveis.

Mesmo sem ter a mesma taxa de transferência que o SSD interno de um console, a alta velocidade que oferece não fica muito atrás na prática. Provavelmente, essa queda não será sentida durante a jogatina.

O WD_BLACK P40 está previsto para chegar ao Brasil neste final de setembro de 2022. Até o momento, a Western Digital ainda não confirmou os preços sugeridos para o mercado nacional.

Caso prefira um SSD que não tenha tanto reforço no acabamento, mas conte com solução de criptografia nos arquivos, a saída pode ser o Lexar SL 660 Blaze Game. Ele tem uma performance semelhante, apesar de não oferecer uma alternativa com 2 TB.

O que achou do WD_BLACK P40? Para você, compensa ter um dele como armazenamento extra do seu console? Pode falar à vontade aí no espaço abaixo.