No final de abril de 2022, a Microsoft lançou no Brasil o Ocean Plastic Mouse, um acessório feito com produtos recicláveis como um novo “passo da empresa em sua jornada de sustentabilidade”.

Será que este mouse consegue atender bem ao usuário nas características principais em que entrega? O TudoCelular testou uma unidade dele nas últimas semanas e conta os detalhes a você nesta análise.

Um dos principais pontos deste produto está na sua construção ecológica. A Microsoft utilizou 20% de plástico marítimo retirado do fundo dos oceanos. Esses materiais são recuperados, higienizados e processados para conter uma textura padronizada.

Sentimos um design bem agradável. A superfície polida agrada na pegada, enquanto a cor acinzentada as bolinhas de plástico reciclado – característicos desse tipo de produto – mesclada com os detalhes do logo e da barra de rolagem em um verde que busca referência dos oceanos torna o visual bastante elegante.

Por falar na rolagem, ela consiste em uma roda rígida, fina e alta. A sua construção é bem firme e tem um clique bem suave e silencioso – diferente dos outros dois botões, que fazem um barulho mediano.

Ele ainda tem um botão na parte de baixo, que serve para ligar ou desligar, ao ser pressionado de forma simples, ou para parear com o dispositivo, ao segurar por alguns segundos.

Com uma altura de 38,3 mm, ele tem um formato mais casual e pode não agradar tanto a quem possui uma mão muito grande. Mas ao menos o seu layout permite ser usado tanto por destros quanto canhotos. Já os 84 gramas de peso garantem que o acessório seja leve o suficiente para você usar sem incômodo.

A caixa também é minimalista e tem sua construção inteira em materiais recicláveis. Nela, não há grandes itens. Apenas vem o mouse – com a pilha dentro, protegida por um lacre na ponta – e o guia de usuário.

O Ocean Plastic Mouse tem uma resolução máxima do sensor de 1.800 dpi, mas assim que você começa a usá-lo, vai perceber que essa quantidade não é alcançada por padrão. Você precisará instalar o Centro de Mouse e Teclado da Microsoft manualmente para poder personalizar o número.

É por meio do programa que dá para alterar a ordem dos botões – caso você seja canhoto – ou mudar o nível de dpi, que vem em 1.000 por padrão. A quantidade de personalização fica bastante limitada, porém está dentro do esperado para uma interface da marca a um produto mais básico.

A conexão acontece por meio do Bluetooth 5.0, com a tecnologia Low Energy. Ela permite que o consumo energético seja bastante baixo, para ampliar a autonomia do produto. Mas esse é um assunto para logo mais.

No geral, vemos uma ótima estabilidade na conexão dele e não sentimos qualquer dificuldade no uso dessa tecnologia sem fio para o uso do mouse. É importante destacar que o Bluetooth LE se trata na única forma de conexão deste produto. Ele não vem com algum receptor USB nem tem opção de ligar por cabo.

O sensor dele funciona de maneira eficiente e permite que você utilize mesmo em superfícies mais claras, sem estar tão próximo assim ao PC ou ao notebook. Também não vimos qualquer atraso durante a utilização do acessório.

É claro que este produto está longe de atender a um público mais exigente, como os gamers. O Ocean Plastic Mouse agrada mais quem deseja uma unidade para tarefas mais básicas, como trabalho, estudos e entretenimento.

Ele ainda tem tecnologia Swift Pair, que permite trocar o dispositivo pareado com facilidade. Algo útil, caso você precise de um mouse em mais de uma máquina, com alternância rápida.

Este produto é alimentado por apenas uma pilha AA. Ele não possui qualquer bateria interna para ser recarregado ou uma alternativa cabeada – como já falamos acima. A Microsoft promete uma autonomia de 12 meses com a carga completa dessa única pilha. Será que chega a tudo isso?

Testamos em um uso praticamente constante por algo entre 12 e 16 horas diárias, nas últimas três semanas. De acordo com a sinalização de bateria da ferramenta de conexão nativa do Windows, este acessório ainda está em 100% da carga. Isso significa que a tendência é durar o período prometido pela fabricante.

O Ocean Plastic Mouse tem como principal público o usuário que quer uma unidade para tarefas mais essenciais, como uso para trabalhar ou navegar normalmente na internet. Não é o caso do público gamer, que exige botões extras, uma sensibilidade maior e LED RGB, itens ausentes neste modelo.

A Microsoft conseguiu deixar este produto com um visual bonito e elementos que remetem à sua construção sustentável. Além do apelo ecológico, ele traz bom desempenho no dia a dia e uma autonomia que promete muitos meses de uso sem precisar trocar a única pilha AA exigida.

Apenas não recomendamos o acessório para quem possui uma mão muito grande, pois as dimensões não favorecem uma pegada mais ampla. Ao menos, o sensor é capaz de funcionar sem dificuldade em qualquer tipo de superfície, e o peso fica leve o suficiente para não tornar o uso cansativo – sem contar a facilidade se precisar transportá-lo, por exemplo.

Vale a pena?

Este mouse foi lançado no Brasil pelo preço sugerido de R$ 169. Ele está na mesma faixa do modelo na cor preta – sem os materiais recicláveis –, que não passa de 1.000 dpi. Porém, fica acima do Logitech M535 – também Bluetooth e com a opção de receptor USB, só que ainda limitado a 1.000 dpi.

Uma opção mais econômica com uma resolução um pouco melhor é o Rapoo 8050T, que chega a 1.300 dpi, mas ele não agrada em desempenho em todas as superfícies. Já se você não ligar para Bluetooth nem dpi e quiser algo pela metade do preço do Ocean Plastic Mouse, a melhor alternativa é o Logitech M170.

E aí, qual é a sua avaliação sobre o Ocean Plastic Mouse da Microsoft? Diga para a gente!