Supostas informações sobre os planos da Apple para o futuro do Vision Pro foram divulgados, com indícios de que a marca deve seguir um cronograma cauteloso. Ao que parece, a Maçã deve apostar em uma atualização do modelo original antes de expandir seu portfólio com soluções que poderia competir com concorrentes como o Meta Ray-Ban, que chegariam apenas em 2027.

As novidades são do analista e leaker Ming-Chi Kuo, cujo histórico de vazamentos relacionados à Apple se mostrou confiável até o momento, e sinalizam que o próximo grande lançamento da empresa no mercado de XR ocorre ainda em 2025, mas sem grande agitação — o aparelho seria uma versão atualizada do Vision Pro com o aguardado chip M5, bom upgrade em relação ao M2 usado no modelo original.

O dispositivo continuaria focado em ser uma alternativa de nicho, com uma produção baixa entre 150 mil e 200 mil unidades. Sua proposta seria de manter a presença da gigante no segmento, reduzir o estoque de componentes e expandir o ecossistema para aprimorar os apps e recursos de Realidade Estendida.

Apple Vision Series and Smart Glasses Roadmap (2025–2028): Smart Glasses Set to Drive the Next Wave in Consumer Electronics

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— 郭明錤 (Ming-Chi Kuo) (@mingchikuo) June 29, 2025

O segmento ganharia então uma variante de menor custo, identificada por Kuo como "Apple Vision Air", no terceiro trimestre de 2027, já especulado por diversas vezes. A opção adotaria um novo visual com corpo 40% mais leve ao substituir o vidro e alumínio por plástico e uma liga de magnésio, ao mesmo tempo em que empregaria um processador de iPhone e seria "substancialmente mais barata", apesar de não haver estimativas de valores.

A segunda geração do Vision Pro padrão chegaria então na segunda metade de 2028 totalmente redesenhado, com corpo mais leve e preço mais baixo, mas sem abandonar o processamento equivalente ao de um Mac.

Os detalhes mais interessantes estão relacionados às outras apostas da Maçã, para óculos em formato convencional. Kuo reforça que a companhia está de fato trabalhando em um concorrente para o Meta Ray-Ban, mas há uma má notícia: só veríamos o projeto sair do papel no segundo trimestre de 2027.

Com isso dito, a marca estaria desenvolvendo uma lista robusta de recursos, que incluiria múltiplas opções de construção e controle por voz e gestos, e seguiria a proposta sem tela do rival da Meta, para trabalhar como uma espécie de alternativa inteligente para fones de ouvido TWS. A gigante estaria confiante no modelo ao pretender fabricar entre 3 e 5 milhões de unidades.

Os investimentos não parariam por aí, e mais dois dispositivos estariam na fase de planejamento: um par de óculos XR ao estilo do "Google Martha", com corpo convencional e tela embutida, e um par que deve ser conectado a um dispositivo para exibir imagem, ao estilo de modelos como os Legion Glasses da Lenovo.

O primeiro mira uma estreia na segunda metade de 2028, com controles por voz e gestos, e tecnologia de display LCoS (Cristal Líquido no Silício) que seria embutida na lente e ofereceria cores, mas dependeria do sucesso dos esforços de IA da Apple. Já o segundo estava previsto para chegar em 2026, mas teve o desenvolvimento colocado em pausa para receber refinamentos, por aparentemente não ter configurações competitivas o suficiente.

As propostas diversas reforçam outro ponto mencionado por Kuo — a Apple enxerga o formato de óculos e visores como a próxima grande tendência no mundo dos eletrônicos, com o total de 7 projetos, incluindo dois desconhecidos, em desenvolvimento. As dúvidas que restam estão na competitividade, já que pelos próximos dois anos, diversas marcas também devem apostar em soluções próprias.

Com isso dito, o analista acredita que o hardware e o ecossistema robustos da Maçã, aliados ao estado de nicho do segmento, possam trazer vantagens à empresa de Cupertino. Devemos saber mais dos esforços da gigante para o setor nos próximos meses.