13 Junho 2019
Segundo informações divulgadas nesta semana, o observatório ALMA (Atacama Large Millimeter Array) conseguiu localizar traços de oxigênio em uma galáxia distante que recebeu o nome de MACS1149-JD1. Essa descoberta marca a existência de oxigênio "mais distante encontrada até a data".
Pesquisadores do observatório também descobriram que a formação de estrelas nessa galáxia começou muito cedo. Takuya Hashimoto, autor principal do artigo publicado na Nature e pesquisador da Universidade Osaka Sangyo e do Observatório Astronômico Nacional do Japão, comentou:
[Essa galáxia] começou a formar estrelas de forma inesperadamente precoce, apenas 250 milhões de anos depois do Big Bang. Emocionou-me muito ver o sinal das moléculas de oxigênio mais distantes
Além dessa descoberta, outra equipe constatou a existência de um sinal mais fraco de emissões de hidrogênio neutro, cuja distância coincide com a das observações do oxigênio. Essa informação é um tanto revelante, uma vez que muitos cientistas acreditavam que após o Big Bang não havia oxigênio em nosso universo.
Segundo estudos, o oxigênio só se formou posteriormente nas estrelas, que foram liberando-o à medida que iam morrendo. A detecção desse elemento na MACS1149-JD1 indica que houve uma geração de estrelas que produziu oxigênio antes do período observado.
Modelos computacionais usados pelos pesquisadores revelaram que essas estrelas começaram a liberar oxigênio no espaço mais ou menos 500 milhões de anos depois do nascimento do Universo.
a população madura de estrelas na MACS1149-JD1 indica que elas se formaram muito mais cedo, além do que podemos observar hoje com telescópios
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