
Economia e mercado 07 Abr
08 de abril de 2022 2
Apesar de todos os esforços para retirar conteúdo prejudicial da plataforma, o Instagram não consegue proteger mulheres de sofrerem assédio em mensagens privadas, segundo um estudo.
Recentemente, a plataforma reduziu o pagamento de recompensas no Reels e criadores reclamaram.
Um novo estudo revela que a rede social falha em agir em 9 de 10 casos de assédio contra mulheres na plataforma. Além disso, centenas de agressores continuam a utilizar a plataforma meses após serem denunciados pela plataforma.
A pesquisa foi intitulada “Hidden Hate”, que em tradução direta seria “Ódio Oculto”. Ela foi conduzida pelo The Center for Countering Digital Hate (CCDH), uma organização não governamental que visa combater comportamento abusivo e a desinformação.
Mesmo utilizando um pequeno grupo para o teste, formado de pessoas famosas, os resultados são alarmantes. Durante um mês, as cinco participantes do estudo receberam 8.712 mensagens abusivas no privado e destas, 1 a cada 15 violavam as políticas da plataforma sobre conteúdo inadequado, um total de 567 equivalente a um percentual de 6,5%.
Além disso, 253 usuários foram denunciados por ferramentas da plataforma, mas apenas 26 foram punidos. Os outros 227 continuam a utilizar a plataforma livremente e repetem o comportamento abusivo.
O CEO do CCDH, Imram Ahmed, falou sobre o estudo:
O Instagram escolheu ficar do lado dos abusadores, perpetuando a cultura de que eles poder agir sem consequências, impedindo que mulheres possam utilizar espaços digitais sem assédio.
Há uma epidemia de comportamento abusivo e misógino nas mensagens privadas. A Meta e o Instagram deveriam colocar os direitos das mulheres antes do lucro.”
Para gerar informações suficientes, o CCDH escolheu pessoas populares na plataforma. As cinco mulheres possuem 4,8 milhões de seguidores, no total. Uma delas é a famosa atriz Amber Heard, estrela de filmes blockbuster como “Aquaman” e “Liga da Justiça”.
Há também Rachel Riley, apresentadora do programa “Countdown” do Reino Unido, Jamie Klingler, uma das fundadoras do Reclaim These Streets, Bryony Gordon, jornalista premiada e autora, e Sharan Dhaliwal, responsável pela revista Burnt Roti.
Algumas pessoas podem afirmar que pessoas famosas estão mais propensas a sofrer assédio, mas as mensagens recebidas por elas vão muito além, indo desde conteúdo sexual explícito, abuso e ameaças de morte.
Amber Heard foi a maior vítima do experimento, recebendo grande volume de mensagens com ameaças de morte contra ela, sua família e sua filha bebê. A atriz levou os casos para a polícia diversas vezes e então, decidiu abandonar o Instagram.
A chefe de segurança das mulheres na Meta, Cindy Southworth, emitiu um comunicado oficial e disse que a companhia discorda de muitas das conclusões do estudo conduzido pelo CCDH.
No ano passado, o Instagram lançou uma funcionalidade para silenciar palavras-chave específicas em DMs. Em teoria, ela deveria filtrar mensagens privadas com discurso de ódio e assédio. Entretanto, o CCDH revelou que o recurso é ineficaz, tanto tecnicamente quanto psicologicamente, já que requer que as vítimas sejam expostas às mensagens abusivas para ativar a função.
Há também a questão das mensagens autodestrutivas, que somem após um tempo e impedem o Instagram de recolher dados para tomar atitudes contra os episódios.
Recentemente, o Instagram iniciou testes com funcionalidade para responder Story com mensagens de voz.
Desenvolvedor: Instagram, Inc.
Preço: Grátis
Tamanho: varia de acordo com o dispositivo
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