Desde antes da disponibilização oficial do Android 13 para os dispositivos no início dessa semana, nós já sabíamos – graças ao evento do próprio Google – que a nova versão do robozinho não seria recheada de grandes novidades visuais ou de funcionalidades, mas sim, focada em pequenas mudanças em privacidade e segurança.

Como parte dessas mudanças, a empresa de Mountain View parece estar querendo colocar “ordem na casa”, estabelecendo algumas novas regras para os fabricantes que embarcam o Android nos seus dispositivos.

O Documento de definição de compatibilidade do Android (CDD) da nova versão do sistema estabelece que as fabricantes forneçam documentação pública de como suas restrições proprietárias são aplicadas aos apps de terceiros.

Essas restrições, normalmente, são as aplicadas por empresas como Samsung, Motorola, realme e várias outras OEMs aos aplicativos, definindo como esses apps devem se comportar no sistema a fim que cumpram aos requisitos das alterações estabelecidas por cada marca.

Esses requisitos podem ter sido estabelecidos sobre a justificativa de prolongar a autonomia dos dispositivos, por exemplo, mas apesar das boas intenções, podem prejudicar desenvolvedores e usuários, atrapalhando o funcionamento dos apps, atrasando notificações ou encerrando um processo em segundo plano antes do esperado.

Com isso, o CDD do Android 13 estabelece que as fabricantes anexem um documento com suas restrições proprietárias ao kit de desenvolvimento do sistema e deixem explícito quais as condições de acionamento para as restrições e como um app pode ser isento de tais limitações.

Assim, desenvolvedores poderão unificar melhor o funcionamento dos seus aplicativos entre as várias modificações do Android; e essa “novidade” – que já havia sido comentada no evento do Google esse ano – deve somar positivamente as atualizações recentes dadas ao JobScheduler (algo como “agendador de tarefas” em tradução livre) no Android 13.