No começo do ano, a Netflix começou a bloquear o acesso de usuários que utilizavam VPN para assistir ao catálogo de outros países. De maneira geral, o serviço de streaming começou a impedir qualquer um que tentasse mascarar seu local de origem de assistir filmes e séries. Apesar disso, o CEO da empresa, Reed Hastings, já declarou que esses usuários são uma minoria e não representam nenhum problema para a empresa.

Em resposta ao bloqueio, o grupo canadense de advocacia Open Media redigiu uma carta aberta à Netflix exigindo o fim do bloqueio às VPNs. Entitulado "Minha Netflix, Minha Privacidade", o texto, assinado por Laura Trible, especialista em direitos digitais, alega que consumidores que pagam pelo conteúdo não podem ser impedidos de acessá-lo por preferirem usar VPN como um meio de proteger sua identidade.

Nós amamos a Netflix. Somos consumidores porque amamos seus serviços e amamos apoiar os criadores. Assistir conteúdo de qualidade e saber que os criadores serão recomenpensados no processo é ótimo. Mas também amamos nossa privacidade. E ultimamente, como seus assinantes, vocês não têm nos tratado bem.

A carta lembra a declaração do CEO sobre a quantidade de usuários VPN ser pequena e não prejudicar a empresa. Mas Trible discorda desse ponto. E diz que são mais de 45 mil pessoas apoiando a causa:

Não somos poucos, e não somos insignificantes - mas uma coisa você acertou: nós somos barulhentos. E achamos importante que nossas vozes sejam ouvidas. Até agora, 45 mil pessoas se juntaram a nossa campanha pedindo que vocês não bloqueiem nossa tecnologia VPN pró-privacidade.

O grupo Open Media ainda cita a segurança do acesso VPN, "seja contra atividades criminosas maliciosas, vigilância e censura de governos, ou simplesmente conectar à rede Wi-fi pouco segura de um hotel". E convida Hastings a um debate para buscar soluções para o atual modelo de catálogo baseado na localização. Resta saber se ele vai topar.

E você, assinou a carta aberta do Open Media? Usava o acesso à Netflix via VPN? Deixa o seu comentário aí embaixo.